Está cada vez mais claro que já na condução da Lava Jato Sérgio Moro tinha um projeto pessoal de poder. Prendeu Lula por um triplex que nunca deixou de pertencer à OAS do delator Leo Pinheiro e ao tirar de cena o favorito daquela eleição presidencial possibilitou a chegada de Jair Bolsonaro ao poder. Por uma dessas coincidências que só a política rasteira permite, acabou ministro da Justiça do novo presidente da república em 2019 e de cujo governo foi defenestrado tempos depois.
Moro tentou se eleger presidente em 2022 e foi barrado no baile pelo seu partido da ocasião, o Podemos. Aí voltou correndo com seu domicílio eleitoral para Curitiba, mas deixou o da esposa em São Paulo para que ela se tornasse deputada federal. E ele se elegeu senador pelo Paraná, o que prova que o oportunismo é uma ferramenta eficaz na tal política de resultado.
Agora, como líder estadual do União Brasil, articula pra ser candidato a governador do Paraná. Claro, se o cavalo passar encilhado ele monta para marchar em direção ao Palácio do Planalto. Atualmente, corre o interior do Estado para turbinar candidaturas do União às prefeituras e câmaras municipais, porque afinal de contas, 2026 é logo ali. Hoje me peguei pensando: quem será o candidato do ex-juiz a prefeito de Maringá?