A campanha eleitoral em São Paulo, capital, chegou a um nível tal, que os principais candidatos (Boulos, Ricardo Nunes, Datena e Tabata Amaral) estão se recusando a participar de debates. Tudo porque o kamikaze Pablo Marçal , que por incrível que pareça sobe nas pesquisas, tem como estratégia a baixaria. Ele não debate, só ataca, xinga e difama. Seu perfil criminoso exibido pelos adversários é ignorado pela justiça eleitoral e pelo próprio eleitor, tornando mais tóxico o ambiente da disputa eleitoral na maior cidade do país. O cara já foi condenado por roubo a banco em Goiás, tem uma vida pregressa de esgoto, e mesmo assim pontua como a grande novidade da disputa. Isso é triste, é preocupante.
A ascensão de Marçal projeta um futuro sombrio para a política brasileira, que passou por momentos traumáticos no governo Bolsonaro e no logo depois das eleições de 2022, cujo ápice foi a invasão das sedes dos três poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Tudo bem que a nossa democracia resistiu aos ataques , mas é bom as instituições tomarem as tentativas de golpe como exemplos a serem combatidos. O bolsonarismo está vivíssimo, com promessa de entrar de novo em erupção ante uma eventual vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. E tudo piora com a adição do pablomarçalzismo, que se tiver sucesso na disputa eleitoral da paulicéia , coloca nosso país definitivamente na mira do nazifascismo emergente. Estamos pois, diante de uma crônica, a crônica da tragédia anunciada.