A Internet é uma evolução fantástica, sem dúvida. Mas trás problemas extremamente graves para a convivência social e distorções insuperáveis ao processo político. Uma pesquisa recente mostra que 45% do eleitorado decide seu voto a partir de informações que obtém nas redes sociais. A propaganda eleitoral no rádio e na TV e o corpo-a-corpo dos candidatos ficam com 55%. Isso por enquanto, porque o poder da interação virtual vai num crescendo, sem que haja no Brasil mecanismos de controle, que consiga minimizar os efeitos deletérios do instituto da Fak News. Os danos seriam menores se houvessem mecanismos sólidos de moderação e campanhas massivas de conscientização do eleitor, cada vez mais vulnerável e propenso a comprar gato por lebre.
Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado aponta que as eleições municipais desse ano acende um alerta sobre a desinformação e a propagação de notícias falsas. De acordo com esta pesquisa, 81% dos brasileiros acham que as notícias falsas – as “fake news” – podem afetar significativamente o resultado eleitoral. É notória , pois, a degradação do ambiente político, provocada pela impessoalidade do processo de conquista do voto. O político que não tem história e possui uma biografia embassada conquista corações e mentes com mensagens de conteúdo duvidoso veiculadas pelas redes sociais. Este é o palanque mais eficaz nos dias de hoje. E é aí, exatamente aí, que mora o perigo. Tá okei?