O professor e pesquisador Matias Spektor resgata relato da CIA sobre uma reunião perturbadora entre o então presidente Ernesto Geisel e aquele que viria 4 anos depois a ser seu sucessor, o também general João Batista Figueiredo, chefe do SNI. Ocorreu em 1974 e nessa ocasião o que discutiam era a continuidade (ou não) de um programa de extermínio de adversários do Golpe de 1964. Relata Spektor: “O grupo de assessores informa a Geisel , recém-empossado presidente, da execução sumária de 104 pessoas no CIE durante o governo Médici, e pede autorização para continuar a política de assassinatos no novo governo. Geisel explicita sua relutância e pede tempo para pensar. No dia seguinte, Geisel dá luz verde a Figueiredo para seguir com a política, mas impõe duas condições. Primeiro, “apenas subversivos perigosos” deveriam ser executados. Segundo, o CIE não mataria a esmo: o Palácio do Planalto, na figura de Figueiredo, teria de aprovar cada decisão, caso a caso ”.
Consta que o relato da CIA foi endereçado a Henry Kissinger, então secretário de Estado. Kissinger montou uma política intensa de aproximação diplomática com Geisel. O governo Militar, todos sabem, virou vassalo dos Estados Unidos. E a vassalagem voltou com tudo a partir do momento em que Bolsonaro assumiu em 2019 , com, Donald Trump na Casa Branca. Hoje fora do poder no Brasil e prestes a ser preso, Jair Messias Bolsonaro e sua turma, Eduardo Bananinha à frente, está de novo beijando e babando nas mãos do fascista que retornou à presidência dos EUA.