Uma refrescada na memória nacional

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Estava devendo pra mim mesmo e hoje paguei a conta: assisti ao filme Ainda Estou Aqui, primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar um Oscar. Através de Eunice Paiva, magistralmente interpretada por Fernanda Torres, o Brasil que ainda adormece sobre as atrocidades da ditatura militar, está sendo despertado da letargia. E de uma forma  diferente, sem vociferação, mas com arte e muita sutileza. O filme dirigido por Walter Salles registrou 97% de aprovação do público. Os 3% que o rejeitam são ultradireitistas, a maioria bolsonaristas que forma a turma da lacração. Com muitos prêmios internacionais , Ainda Estou Aqui, mostra um exemplo de família unida, na alegria e na dor provocada pela truculência de um regime de exceção”. O Brasil civilizado, penhoradamente agradece,  a Sales, a Fernanda, a Selton e sobretudo a Marcelo Paiva, filho de Rubens e escritor talentoso.

3 COMENTÁRIOS

  1. Viva Marcelo Rubens Paiva. Viva Walter Sales. Viva Fernanda Torres, Selton Melo. Viva Ainda estou aqui. É na tristeza e agonia de uma família, que nasce um filme para nós lembrar que o passado não pode ser esquecido.
    Viva a Democracia.

    • Concordo plenamente com vc, o passado jamais pode ser esquecido.
      Contudo, ainda há pessoas que mesmo tendo vivido esse período tão triste, injusto, degradante da história do nosso país, teimam em fechar os olhos e acreditar que o que o país precisa nos dias de hoje é novamente um sistema militar, ditatorial e assassino, principalmente os arcaicos, sulfurosos, medievais e satânicos membros das seitas evangélicos pentecostais de satanás.

  2. Há os torturadores e assassinos e os torturados e assassinados. Não há como não observar a covardia e mera maldade dos torturadores que assassinaram um civil indefeso de tanto tortura-lo, com o requinte de crueldade de desaparecerem com o corpo, para não deixar provas. Tecnologia nazista. Sou professor de história e, eticamente, não é possível colocar no mesmo nível de igualdade a vítima e os agressores.
    O deputado Rubens Paiva era um cidadão perseguindo político por ter pertencido a um partido democrático de mesma ideologia que o Partido Trabalhista da Inglaterra, atualmente no poder. A extrema direita que governou o Brasil durante a ditadura militar (muitos deles com simpatias pelo nazismo) chamava tudo aquilo que não rezava pela cartilha de extrema direita de “comunistas”. Ridículos. Mas, no caso, assassinos e covardes.

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