Sempre gostei de box e nesse esporte tinha meus ídolos. No Brasil, Eder Jofre, o maior de todos, que vi lutar ao vivo no encerramento de um torneio de box amador em Maringá. Mas curtia muito os pesos pesados americanos. Gostava do lendário Cassius Clay. Mas quando era possível, não perdia também luta do Foreman, o Big George, que morreu ontem aos 76 anos. Não assisti ao vivo, mas vi depois em tapes (está no Youtube) o histórico confronto entre ele e Clay, no Zaire. Na ocasião, Clay estava desacreditado e ainda carregava o peso da sua negativa em integrar as forças americanas que foram ao Vietnã, onde o poderoso exército dos Estados Unidos levou uma surra dos vietnamitas. Isso, alguns anos depois de sair com o rabo ente as pernas da Ilha dos Porcos, quando o Governo americano tentou derrubar Fidel Castro.
A luta do Zaire foi um combate de ficar na história e com sua vitória sobre o jovem Foreman, Clay, então convertido ao islamismo e rebatizado com o nome de Muhammed Ali, recuperou todo o seu prestígio. Na história do box norte-americano e mundial, o ringue produziu dois monstros sagrados que, independente do resultado, viraram lendas após a “Luta na Selva”.

Uma lenda do Box