Por mais que se fale dele, por mais que se reconheça a sua dimensão humana e seu compromisso com a civilidade, ainda será pouco para definir e mensurar o brasileiro, profissão esperança, chamado Sebastião Salgado. O gigante da fotografia morreu hoje aos 81 anos, vítima de uma leucemia grave, provocada por uma forma particular de malária, contraída na Indonésia, em 2010. Para o Brasil, a perda foi irreparável. Retratando em suas lentes as mais graves crises humanitárias, Salgado ignorou a evolução tecnológica para manter-se fiel à sua câmera tradicional, cheia de recursos, é verdade, mas sobretudo, repleta de verdades , verdades que só suas fotos de ponto grande e em preto e branco, podem traduzir.
