Getúlio Vargas foi a síntese da contradição no poder. Flertou com o nazismo, legou ao país a CLT, que mesmo de inspiração fascistas, via Carta Del lavoro, transformou as relações de trabalho no Brasil, dando um mínimo de dignidade ao trabalhador. Foi considerado uma espécie de pai dos pobres e entrou para a história como o melhor presidente que o nosso país já teve. No mês que vem, mais precisamente dia 24, faz 70 anos que Vargas se matou, deixando como última frase da sua carta testamento a frase: “Saio da vida para entrar na história”.
Falo da morte de Vargas no momento em que me vem à memória a seguinte constatação: nenhum presidente da república que priorizou o pobre em seus programas de governo, deixou de sofrer perseguição, de alguma maneira. Nem Juscelino Kubitschek, que conquistou momentaneamente a elite com o dinamismo do seu arrojado programa “50 anos em 5 “ escapou da ira ideológica da direita sem noção. Por que haveria de ser diferente com Lula?
