A missa pelos 50 anos da morte do jornalista Vladmir Herzog na Catedral da Sé foi de uma simbologia muito forte. Deixou claro o recado da democracia aos que ela menosprezam. Lá estavam jornalistas, intelectuais, líderes religiosos, lideranças politicas e até o presidente da república em exercício, Geraldo Alckmin. Mas não apareceram o governador e o prefeito de São Paulo.
No caso específico de Tarcisio de Freitas, fica claro que temos um pré-candidato a presidência da república, que prefere se distanciar da luta democrática, saudosista que é do regime militar, período de trevas, de prisões ilegais, de tortura e assassinatos cometidos pelo estado.
Outro detalhe a ser considerado nesta cerimônio religiosa, conforme apontado pelo jornalista Juca Kfoury : “ Vlado, como se sabe, era judeu, mas nem a Conib nem a Federação Israelita de São Paulo mandaram representantes ao ato, assim como foram eloquentes as ausências do governador de São Paulo e do prefeito do capital, como se não coubessem em cerimônia contra a tortura, pela democracia e pela paz”.
Tarcísio de Freitas segue a cartilha de Jair Bolsonaro, devoto do coronal Carlos Alberto Brilhante Ustra, classificado por um cientista da Unicamp por ele torturado, de “verdadeira degeneração humana”.

