O Paraná pode ser palco de uma guerra encarniçada ente duas mulheres , na eventual disputa da vaga de Sergio Moro para o Senado, caso realmente ele venha a ter seu mandato cassado. Jair Bolsonaro está trazendo a esposa Michele para disputar a provável eleição extra , tendo a deputada federal Gleisi Hofmman, do PT, como grande e preferencial adversária. Acho, portanto, que a cúpula do Partido dos Trabalhadores, que tem Gleisi como presidente nacional, deve ouvir com atenção o experiente jornalista político Leandro Fortes.
Fortes acha que Michele Bolsonaro vem com tudo, para confrontar Gleisi nas pautas de costume, terreno em que a ex-primeira dama nada de braçada. Gleisi, portanto, não pode entrar na areia movediça do debate rasteiro que o bolsonarismo deverá propor. Fortes adverte em live na TV Forum, que a extrema direita navega com desenvoltura no campo da estupidez humana, se amalgama na escória da sociedade e se blinda nos púlpitos das igrejas pentecostais, onde a plateia é acrítica.
Caso Gleisi queira mesmo ganhar esse debate, se é que ele existirá de fato, terá que incursionar pelo terreno do Código Penal, explorando os crimes de que a ex-primeira dama era acusada e deixando de lado a questão da infidelidade insinuada peça petista.