O Instituto Brasil Transportes já quer melar a licitação do primeiro lote do programa de concessão de rodovias do Paraná. Pra isso, entrou ontem com pedido de impugnação do edital que prevê o leilão dos trechos de rodovias a serem pedagiados. O leilão está programado para sexta-feira, 25, na Bolsa de Valores de São Paulo. O argumento do presidente Acir Mezzadri, do IBT, é este: “Existem ilegalidades, irregularidades e obscuridades que maculam o devido processo licitatório, em patente contrariedade aos ditames impostos pelos princípios gerais de direito, pelas Leis 8.987/95, 8.666/1993, 14.133/23, que regem as concessões públicas, licitações e contratos administrativos”. O instituto questiona também o que chama de degrau tarifário de 40% após as duplicações e sua aplicação imediata em trechos já duplicados. Ou seja, nem bem o pedágio foi implantado e já querem aumento de 40%. Pára, ô!
Dou-lhe uma, dou-lhe duas…
Sexta-feira tem leilão na Bolsa de Valores, de 473 quilômetros de rodovias federais no Paraná, por onde o pedágio deve recomeçar no Estado. O consórcio ou empresa que vencer deverá investir R$ 7 bilhões em obras de melhoria nas BRs 277, 373, 376, 476, 418 e nas PRs 423 e 247. A grande expectativa dos paranaenses é se o novo sistema de pedágio terá tarifas mais civilizadas do que o anterior.
Ironia x xingamento
O deputado estadual Soldado Adriano, um dos nomes que Ricardo Barros estaria trabalhando para prefeito de Maringá, caso o irmão Silvio não aceite disputar, perdeu a estribeira hoje na Assembleia Legislativa. Segundo Celso Nascimento, do blog Contraponto, “num tom agressivo e com uso de palavra de baixo calão, o deputado do PP ocupou a tribuna para xingar o deputado estadual Renato Freitas (PT) que, momentos antes, havia denunciado uma ocorrência no município de Pitanga envolvendo dois policiais militares que espancaram e arrastaram “duas pessoas em situação de rua, de idade e visivelmente embriagadas”. Às agressões verbais do colega parlamentar, Freitas ironizou: “Ê, quinta série…”.
Caneta cheia
O diretor geral da Itaipu Binacional é hoje um dos gestores mais procurados por lideranças políticas do Paraná. Isso tudo porque o maringaense Ênio Verri implementou um programa de apoio financeiro aos municípios que apresentam projetos de desenvolvimento sustentável, sobretudo com políticas públicas voltadas para a questão ambiental. Esta semana, por exemplo, quem esteve com Verri foi o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano. Ele foi reivindicar aportes financeiros para os municípios que representa, principalmente Francisco Beltrão.
Algo em comum entre Lee e Bispo
Passados 60 anos da morte de John Kennedy ainda há nos Estados Unidos quem duvide que o assassinato foi coisa apenas de um maluco chamado Lee Oswald. Continuam as especulações, alimentadas pelo vice de Kennedy, Lyndon Johson, de que Fidel Castro teve tudo a ver com o tiro que atingiu o jovem presidente americano na cabeça, quando ele passeava em carro aberto pelo centro de Dallas.
Aqui, é a própria vítima de uma facada que a deixou na UTI e de lá saiu para o Palácio do Planalto, que alimenta a teoria da conspiração, insistindo até hoje que Adélio Bispo não agiu sozinho, que o atentado de Juiz de Fora foi coisa da esquerda. Essa tese, que a própria Polícia Federal desmontou ao longo do tempo, serviu para alimentar o ódio entre brasileiros nos últimos quatro anos e meio. Mas se nos Estados Unidos o tempo ainda não se mostrou senhor da razão, no Brasil, fatos graves e incontestáveis, como falsificação de carteiras de vacinação, trama para um golpe de estado e joias das arábias, se encarregam de conferir a Bispo um definitivo atestado de loucura.
Convite
Dia 25/8, sexta-feira que vem às 19 hs no Cac (antiga Biblioteca Municipal), lançamento do meu novo livro ORELHA DE JEGUE. É um livro de memórias em que, a partir do exemplo pessoal, conto e analiso, em linguagem literária, a diáspora nordestina do final dos anos 50 e início dos 60. Falo da longa e sofrida viagem que fizemos da Bahia para o sertão do Paraná, para trabalhar na lavoura de café. Era comum os colonos contraírem dívidas impagáveis com o patrão, numa relação de trabalho que não tinha dinheiro , nem direitos. A referência monetária era uma folha de papel rasgada aleatoriamente pelo fazendeiro e dada como autorização para compra de mantimentos no armazém de alguém da família ou de um agregado do fazendeiro. A essa autorização os baianos da fazenda onde moramos davam o nome de orelha de jegue.
Lava-Jato e FBI, tudo a ver
Reportagem do jornal francês Le Monde mostrou como os Estados Unidos usaram a Lava-Jato passe seus próprios interesses. Esta semana, o portal Consultor Jurídico divulgou relatório do próprio Sérgio Moro, com detalhes das tratativas que a Força Tarefa, liderada por ele e pelo procurador Deltan Dallagnol, teve com o FBI. E aí fica a pergunta: a Lava Jato surgiu mesmo para combater a corrupção no Brasil ou para prestar vassalagem ao governo norte-americano? A segunda hipótese fica mais ou menos clara na fala da procuradora-adjunta do DOJ, Leslie Caldwel: “A luta contra a corrupção estrangeira não é um serviço que nós prestamos à comunidade internacional, mas sim uma medida de fiscalização necessária para proteger nossos próprios interesses em questões de segurança nacional e o das nossas empresas, para que sejam competitivas globalmente.”
Procuradores da Lava-Jato nos Estados Unidos atuando como peões dos EUA
O cerca se fecha
A agência internacional de notícias Reuters distribuiu para jornais do mundo inteiro, reportagem sobre a situação do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Diz a matéria que “o cerco está se fechando contra o ex-capitão do exército de extrema-direita que, em alegações infundadas sustentou que houve fraude no sistema eleitoral”. A agência deixa claro que Bolsonaro seria o grande responsável pelo quebra-quebra de 8 de janeiro, quando golpistas depredaram as sedes dos três poderes da república em Brasília.
Em que casa?
Do blogueiro Zé Beto: “Bolsonaristas pretendem acampar em frente a residência do ex-presidente, mas não sabem em qual das 107 casas eles devem ir”.
Elas não abrem mão do protagonismo
O movimento MAIS MULHER NO PODER já reúne cerca de 15 partidos , se estrutura e se consolida para que a mulherada esteja encabeçando chapas na disputa das eleições majoritárias do ano que vem. Teremos muitas candidatas à Câmara Municipal e desde já, pelo menos cinco pré-candidatas a prefeita de Maringá. Focando no que as une e deixando de lado o que as separam, as mulheres querem conquistar cargos importantes no pleito de 2024. Entre as pré-candidatas, destaque para a vereadora Ana Lúcia Rodrigues, a professora Tânia Tait, a Coronel Edilene , a Secretária Municipal Mulher Terezinha Pereira (irmã do saudoso Zé Claudio) e a presidente do PMDB local, Adriana Santana. No próximo dia 30, elas começam a sistematizar suas propostas de poder em uma oficina de análise de conjuntura.




