Sinceramente, achei que o governo Lula foi injusto com o ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião, gostem ou não , mas um dos melhores quadros da esquerda paranaense. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, teria oferecido a Requião um cargo fantasma na Itaipu Binacional. Requião rechaçou de pronto, porque disse que não estava atrás de uma “boquinha”. Tudo bem que a diretoria geral seria exigir demais do presidente Lula. Mas pelo menos que Gleisi não fizesse tamanha desfeita ao homem que governou o Paraná por três vezes e honrou o Estado no Senado da República.
Ou Lula enquadra Lira ou Lira enquadra Lula
O presidente da Câmara Arthur Lira domina o centrão e o centrão bota banca no parlamento brasileiro como se fosse um poder paralelo. Lira fez Bolsonaro refém e atuou praticamente como primeiro ministro, inclusive manobrando o orçamento. Agora tenta emparedar o presidente Lula, mas Lula não tem, como Bolsonaro, vocação para rainha da Inglaterra e até onde se sabe, não curte cercadinho e nem motociata. Por via das dúvidas, é bom ficar esperto e colocar negociadores mais hábeis no Congresso, sobretudo na câmara baixa, porque a base parlamentar do atual governo parece tão firme quanto palanque em banhado.
Lira está meio fragilizado por conta do escândalo das robóticas, mas o homem é casca grossa e um bom discípulo de Eduardo Cunha. Não pensem que ele não está por traz dos pedidos de impeachment que começa a pipocar feito catapora na casa que preside. Lembrando que ele sentou em cima de quase 150 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, mas a chave do cofre do orçamento secreto estava em suas mãos. Se Lula falar fino com Lira como falava o capitão, aí a coisa fica perigosa…para Lula e para o Brasil.
A vida como ela é
Tony Garcia chamou Moro de analfabeto e Moro devolveu o insulto chamando Tony Garcia de patife. Nesse bate boca de nível de esgoto quem está com a razão? Acho que ambos.
Ligações com Maringá
Informa a leitora Renata:
“Para quem não sabe o Cristiano Zanin e sobrinho do Seo Zanin que teve mercado na Praça da Igreja Santo Antonio na Vila Santo Antonio em Maringá, hoje o Seo Zanin tem uma papelaria na Avenida Mandacaru no Parque das Laranjeiras.
Zanin é necessário para simbolizar o triunfo da virtude sobre a desonestidade.
Todo meu apoio. Zanin no STF agoraaaaa.
Precisamos, ter pessoas verdadeiramente comprometidas com as causas, que possam melhorar cada vez mais, a situação do nosso país!”
A vaga fica com Haully
O Supremo formou maioria agora há pouco sobre a vaga do deputado cassado Deltan Dallagnol. Contrariando a decisão do TRE do Paraná, a vaga não vai para o PL e sim para o Podemos. Dessa forma, quem assume é o londrinense Luis Carlos Haully, primeiro suplente do Podemos.
Holofotes ou ostracismo para Moro
O senador Sérgio Moro se articula com a oposição para rejeitar o nome do advogado Cristino Zanin , o indicado de Lula para o STF. Diante disso, o governo vai tentar isolar Moro no Senado, construindo uma base sólida para que Zenin passe com folga pela sabatina. O advogado já conta com 42 votos consolidados a seu favor, mas a liderança do governo trabalha por uma margem bem maior, já que a oposição só conta com 12 senadores, enquanto os 27 ainda indecisos se declaram independentes.
Só lembrando que o provável ocupante da cadeira de Ricardo Lewandowski tem apoio também de ministros do STF e até de senadores da oposição, que não são bobos de se indispor com um futuro ministro da mais alta corte de justiça do país.
Tony Garcia não deixa pedra sobre pedra
Vi e ouvi entrevistas do Tony Garcia na TV 247 e na TV Forum e nas duas ele diz as mesmas coisas. O que fala a respeito do modus operandi da Lava Jato sobre o comando do juiz Sérgio Moro é muito, mas muito grave mesmo. Garcia, que temendo ir para a masmorra , ficou 10 anos como informante da República de Curitiba, diz que a Lava Jato foi uma espécie de Mensalão 2, já que o 1 tinha naufragado após a reeleição de Lula em 2006. O objetivo sobretudo de Sérgio Moro e de alguns procuradores, caso de Dallagnol e Carlos Fernando de Souza Lima, seria acabar com o PT e principalmente com o seu líder máximo, que agora está no terceiro mandato de presidente da república.
Por conta dessa obsessão, delatores como Leo Pinheiro, Marcelo Odebrecht e Antônio Palocci, tiveram que inventar histórias, criar narrativas (expressão que detesto , mas está na moda) para alimentar a teoria que ficou conhecida como “ domínio do fato” . E com base no tal “domínio do fato”, Moro colocou muita gente na cadeia, inclusive Lula, seu principal alvo. Lamento informar aos que ainda nutrem alguma admiração pelo ex-juiz e agora senador, que em doses homeopáticas, o feitiço está virando contra o feiticeiro. Moro pode ser cassado e ficar barato se não for parar na cadeia.
É pacabá, né Dr.Ulisses?
O Podemos convidou o deputado federal cassado Deltan Dallagnol para coordenar a formação de novos líderes políticos do partido. Coisas desse tipo só reforça a profecia do velho e sábio Ulisses Guimarães, feita em 1988, ano em que ele mesmo promulgou a Constituição Cidadã. “Se acham que a composição do atual Congresso é ruim, esperem o próximo, será pior e pior …”, previu o Dr. Ulisses.
Um parlamento que teve o próprio Ulisses, Mário Covas, Tancredo Neves, Alencar Furtado, Freitas Nobre, Jarbas Passarinho, Josapha Marinho , Paulo Brossard e Pedro Simon, ter agora deputados e senadores como Eduardo Bolsonaro, Giacobo, Damaris Alves, Sérgio Moro e Marcos Duval, é pacabá, né não, Sr. Diretas?
A volta de quem não foi
O outrora intrépido Umberto Crispim de Araújo, ex- emedebista raiz e agora ricardista de quatro costados, está de novo na área, se articulando para as eleições municipais de 2024. Desconfortável no PSB, partido que pra ele se tornou radical, o solerte Crispim procura outro ninho, que não seja o tucano, de olho na candidatura de Silvio Barros II, para quem adoraria indicar o vice.
A biografia
Já está pronto o livro biográfico do ex-senador Álvaro Dias, contemplado recentemente com seu rosto tatuado nas costas do ex-colega de parlamento Jorge Kajuru. O autor do livro é o jornalista Luis Antônio Pedrialli, que já havia escrito as biografias dos ex-prefeitos de Londrina Dalto Paranaguá, Hosken de Novaes e Wilson Moreira. Pedrialli tem um texto muito envolvente. E por menos interessante que seja o biografado vale a pena ler Pedrialli.






