A Polícia Federal põe seu bloco na rua para investigar e desmontar células neonazistas, que pipocaram no Brasil a partir de 2019. A determinação partiu diretamente do ministro da Justiça Flávio Dino com base na Lei 7.716/89, que pune crimes resultantes de discriminação e preconceitos de raça, cor, religião , etnia , etc. Segundo um professor da UEM, existiria duas células em Maringá.
No contexto da atuação dos grupos neonazistas estão, sem nenhuma dúvida, a onda de violência nas escolas. Já foi detectado, por exemplo, que o massacre de uma escola de Suzano (SP) ocorrido há quatro anos e o recente assassinato de uma professora dentro da sala de aula na capital paulista, teriam ligação direta com a atuação desses grupos. A tragédia de Blumenau, onde quatro crianças foram mortas a golpes de machadinha, pode não ter tido essa influência direta, mas é certo que alguma influência sobre o jovem que cometeu as atrocidades na Creche Bom Pastor as ideias nazistas exerceram.
De acordo com investigações já em andamento, os autores da maioria dos crimes ocorridos em escolas brasileiras de 2019 para cá, eram ativos em fóruns da internet, onde predominam discursos de ódio de conotação claramente nazista. O Ministério da Justiça está de posse de um estudo que aponta para 16 ataques em escolas brasileira de 2000 para cá, dos quais, 4 ocorreram no ano passado , com mais de 30 mortes.