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Chegou a hora dos financiadores

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O alvo da Polícia Federal agora são os financiadores das aglomerações em frente os quartéis, onde foram plantadas e germinaram as sementes do 8 de janeiro. Ontem foram cumpridos mandados de apreensão e prisão em vários estados brasileiros, inclusive no Paraná. Há casos de empresários que gastaram fortunas para a manutenção das concentrações golpistas, bancando custos que iam da alimentação à instalação  de banheiros químicos. Só lembrando que no caso específico de Maringá, houve até ceia de natal com muitas iguarias e uma mesa farta que tomava toda a frente do Tiro de Guerra. Quem bancou? Eu não sei, você, caro leitor, também não sabe, mas a PF tem nome, endereço, CPF e digitais.

Homenageia Rouanet e não deixa barato

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O novo imortal Ruy Castro tomou posse na Academia Brasileira de Letras na cadeira que pertencia a Sérgio Paulo Rouanet. E, em homenagem ao autor da lei de incentivo à cultura, desceu a madeira nos críticos de ocasião, que usaram a Lei Rouanet como munição  na guerra insana (e ridícula) contra o financiamento público de projetos culturais.

A Lei Rouanet foi bombardeada durante os quatro anos do governo Bolsonaro. O próprio presidente disse coisas absurdas sobre renomados artistas brasileiros que recorreram à lei para tirar do papel projetos importantes. “A boca imunda desses agentes tentou fazer do nome Rouanet um palavrão. Quando tiraram seu nome da lei, pensando que assim o humilhavam, não imaginavam o alívio com que Rouanet recebeu a notícia”, disse o celebrado biógrafo de personagens da história recente do nosso país, como Garrincha, Carmem Miranda, Nelson Rodrigues e Assis Chateaubriand.

O programa do Huck pisou na bola

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O programa do Huck homenageou na estreia do quadro máquina do tempo o ator paranaense Tony Ramos. Uma bela história e uma galeria de personagens  por ele interpretados que não fica a dever nada aos maiores atores da história da televisão brasileira e também do cinema. Mas a produção do Domingão do Huck cometeu uma gafe imperdoável:  omitir os dois personagens mais marcantes (e relevantes) da longa carreira do ator. Refiro-me a Riobaldo, de Grandre Sertões: Veredas e Getúlio Vargas, no filme GETÚLIO. A dramaticidade da cena do suicídio só poderia mesmo ser interpretada por um ator do talento e da dimensão de Ramos, que nasceu em Arapongas.

Lembrando Tancredo

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Especula um blogueiro de Curitiba que o recém-eleito deputado Federal Beto Preto andou costeando o alambrado da transição para ver se conseguia um ministério no governo Lula. Foi um bom secretário de saúde do Paraná durante a pandemia e continuará sendo, à frente da pasta no segundo governo Ratinho Júnior. Mas o sonho do ex-prefeito de Apucarana seria o de ocupar um daqueles prédios da Esplanada dos Ministérios. Só lembrando que Beto Preto não é um estranho no ninho. Já foi filiado ao PT, mas virou as costas para o partido, migrando para o PSD do Kassab. De qualquer forma ele agradeceu a lembrança do seu nome para o ministério do ex-companheiro Lula.

Lembrança? Será que foi lembrado? É oportuno resgatar a historinha do Folclore Político (Sebastião Nery). Seguinte: “Um amigo do eleito governador de Minas Tancredo Neves, vivia dizendo pra todo mundo que seria secretário do novo governo. O governador anunciou seu secretariado num pacote só e lá não estava o nome do dito cujo. Ele foi tomar um café com o amigo e se queixou: “Dr. Tancredo, a cidade inteira tá comentando que eu seria secretário no seu governo. Não fui escolhido e nem tinha essa intenção. Mas fiquei feio na foto. O que eu digo para as pessoas?”. Tancredo,na sua sabedoria política mineira, deu a solução: “Responda a quem perguntar que eu lhe convidei mas você não aceitou”.

Um cisco no olho

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O deputado Ênio Verri é apontado pelo movimento Vem Pra Rua como o parlamentar que mais gastou verba de gabinete em janeiro, mês em que o parlamento ainda estava em recesso. O gasto de R$ 85,302,00 pode ser facilmente explicado. Ou não. Ênio, que vai deixar o mandato para assumir o comando da Itaipu, precisa vir a público dar satisfação ao seu eleitorado,  até como forma de evitar  desgaste desnecessário e  não produzir  munição para adversários em eleições futuras. Isso funciona mais ou menos como cisco no olho.

O fantasma vermelho e o vampiro brasileiro

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Sou tomado por um misto de perplexidade e riso sempre que ouço alguém manifestar preocupação com uma hipotética e ridícula ameaça comunista no Brasil. Vem logo à lembrança o discurso tosco do ex-presidente Jair Bolsonaro, que  mesmo quando era deputado do baixíssimo clero nunca deixou  de repetir a velha cantilena. Uma vez na presidência, usou  o medo do comunismo, inoculado na alma brasileira  por  uma certa intentona, para justificar mais uma vez, a armação de um golpe de estado em nosso país. Deu certo com Getúlio Vargas  em 1937 e com os militares em 1964. Mas com Bolsonaro e a direita descompensada que ele liderou, deu chabu em 2022/2023.

Não nos surpreendamos, porém. Esse fantasma, com cara de Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, ficará sobrevoando o Planalto Central ainda por muito tempo. E como dizia o personagem do impagável Chico Anísio, “se você não creu neu, azar o seu…se finou”.

Boa lembrança

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O leitor Marcos, lembra, a propósito da inundação daquela praça do Mercadão, que ali foi construída pelo então chefe do SAOP, Ivaldécio, um calçadão ecológico, que aliás, foi  prática comum na gestão petista do Zé Claudio e do João Ivo. Esse tipo de calçada facilitava a absorção da água da chuva pelo solo desimpermeabilizado. Mas nas gestões Silvio Barros II, o modelo de calçamento ecológico foi desmontado.  É claro que na área urbana  onde o solo é todo coberto por asfalto e cimento , o escoamento da água da chuva fica limitado às galerias, geralmente obstruídas pelo lixo jogado nas bocas de lobo. O resultado é sempre a inundação quando os índices de precipitação pluviométrica são muito elevados.

Olho no lance !!!

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Atenção, atenção: informa um atento leitor do blog que em Maringá existem postos vendendo gasolina a R$ 6,19, enquanto outros vendem a R$ 5,49.

Etimologicamente falando

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O que é ser progressista? Na definição de mestre Aurélio é ser favorável a transformações políticas, econômicas e sobretudo, sociais. O que essa definição tem a ver com o Partido Progressista? Se você achar uma explicação convincente para tal diatribe, dou-lhe uma cuia de sarapatel , uma porção de baião de dois e como sobremesa, mousse de quixaba.

Dois pesos e duas medidas

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O Ministério Público do Paraná quer a suspeição de Eduardo Appio, novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba. O magistrado fez críticas à sentença de Sérgio Moro contra Lula e teria, segundo a procuradora Carolina Bonfadini, até feito doação à campanha presidencial de Lula. Conforme notícia do jornal O Globo, a procuradora diz em seu pedido que Appio   “não está investido do necessário atributo da imparcialidade, o que inviabiliza a apreciação justa e prolação de decisão equânime pelo magistrado”.

A ser comprovada esta suspeita, está correta a procuradora. Não dá pra dizer o mesmo do MP quando não se atentou lá atrás para a parcialidade do então juiz da 13ª. Vara , quando ele  mandou o ex-presidente para a cadeia, tornando-o inelegível em  2018 e depois virando  ministro do candidato vencedor.