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O preço da incivilidade

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O que justificaria um alagamento na região central de Maringá como o regitsrdado na tarde dessa quinta-feira? Talvez nem os 40mm que seria normal chover em um dia e caiu em apenas uma hora. O que aconteceu, por exemplo, no Mercadão, deve servir de alerta para que a Prefeitura faça uma checagem geral das condições das bocas de lobo. Como toda água da chuva que cai no centro escore  das galerias pluviais para o Túnel Liner, é bem provável que  há muito bueiro obstruído pelo lixo que as pessoas jogam a todo momento nessas válvulas de escape.

Dia desses eu passava por uma avenida do Novo Centro e uma senhora de idade estava retirando  de uma boca de lobo uma marmita de isopor e uma garrafa pete. Parei para ajudar e ouvir o desabafo  daquela zelosa senhora: “Quem faz um negócio desse é criminoso,  você não acha?”. Respondi:  “acho, mas o problema da falta de conscientização  é uma questão cultural , que  pode ser minimizado com campanhas educativas, coisa que não temos visto por aqui”.

Não dá pra tolerar o intolerável

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A fala do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, de apoio ao trabalho escravo e de ofensa à Bahia, aos baianos e a todo o povo nordestino, é algo inaceitável. O mínimo que pode acontecer com o escroque é a cassação de seu mandato.

Little Big Man 

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“Ignorância é um terreno infértil, incapaz de germinar as sementes de que florescem os valores fundamentais da liberdade e da democracia”. A observação, quase em tom de desabafo , foi  da presidente do STF Rosa Weber durante solenidade de alusão aos 100 anos da morte de Ruy Barbosa, um dos fundadores da mais alta corte de justiça do país. O  busto do brasileiro ilustre foi brutalmente atacado pelos  vândalos nos episódios de 8 de janeiro, mas o máximo que eles conseguiram foi produzir um afundamento na testa do Águia de Haia. A parte danificada não será restaurada, porque segundo a ministra,  a obra de bronze deve permanecer  como está , pois servirá de lembrança de um dos momentos mais tristes da história do Brasil, que não deve ser esquecido. Até porque, tornou-se  prova cabal da fortaleza da nossa democracia .  Viva o pequeno grande homem (little big man) , símbolo maior da luta pelos direitos humanos, contra o racismo e todo tipo de intolerância.

Divaldo, Divaldo !!!

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O médium Divaldo Franco causou um tremendo mal estar na Bahia, sobretudo em Salvador, sua cidade natal,  ao explicitar seu apoio aos  golpistas do dia 8 de janeiro. Que espírito teria ele incorporado ao sair em defesa de criminosos? Responde o mendigo Batuta, de Itaberaba, que foi o espírito de porco.

A direita é sempre previsível

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Homero Marchesi passou dois anos na Câmara Municipal de Maringá liderando o “bloco do eu sozinho”. Não era o fato dele ser de extrema direita o que contava na sua condição de “espalha roda”. Ele fazia questão de estar sempre em confronto com os nobres pares, geralmente por picuinha ou no máximo, com um discurso falso-moralista. Homero se elegeu deputado estadual e se mudou para Curitiba. Não se reelegeu e está de volta a Maringá, trabalhando para se transformar numa espécie de  “outsider” nas eleições municipais do ano que vem.

Nessa missão, Homero não está sozinho. Até porque deixou uma substituta à altura no Legislativo Municipal. Cris Lauer, que sempre me faz lembrar  Carla Zambelli, age de acordo com uma cartilha que tem no neonazismo a sua grande referência. Não se surpreendam se ela e Marchesi fizerem uma dobradinha em 2024, com apoio incondicional do MBL do Kim Kataguiri. Nada mais previsível.

História pro Kajuru não dormir

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O avião levantou voo no Aeroporto Afonso Pena rumo a Brasília. A bordo, dois aliados políticos e hoje, adversários. Um  deles está com o coração até aqui de mágoa e o outro, no modo “tô nem aí”. O magoado atende pelo nome de  Álvaro Dias, o arrogante recebeu na pia batismal o nome de  Sérgio Moro. O primeiro ficou fã do segundo, por conta da sua ação justiceira na Lava Jato e depois foi por este traído.  Na aeronave estavam separados por apenas uma fileira. Um percebeu o outro e o outro fez que nem viu o um. O  que atende pelo nome de Álvaro Dias não escondia seu desconforto e o  batizado de Sérgio, continuou a viagem toda se fazendo de  samambaia.

O senador desceu na capital federal, passou perto do ex, que ele derrotou em outubro, e fez de conta que não o conhecia. O silêncio de Álvaro Dias, que defendeu com unhas e dentes  a Lava Jato, ao ponto de colocar o juiz  Moro num pedestal era ensurdecedor. O de Moro, cortante. Calados os dois estavam, calados e indiferente um ao outro, ambos desceram . Após pegarem as respectivas malas, tomaram direções opostas, deixando em quem os observava à distancia, a certeza de que realmente, dois bicudos não se beijam.

Lendo essa história no blog do Esmael Morais, que procurei enfeitar aqui com uma certa dramaticidade tragicômica,  fiquei pensando:  o que diria de Moro o senador Jorge Kajuru ?

Abandono criminoso

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Uma reportagem da RPC , exibida hoje no telejornal da noite, mostrou a situação caótica das rodovias federais do Paraná. Longe de mim defender o pedágio, mas o fim do contrato com as concessionárias , que parece ter sido coisa encomendada, foi determinante para a degradação total da malha viária do Estado. Os buracos que tomam conta das rodovia são a causa maior de grandes tragédias que a PRF tem registrado de um ano pra cá. Quem deve pagar a conta desse abandono criminoso, o ex-presidente Bolsonaro ou o governador Ratinho Júnior?  Eis aí um debate necessário.

Politica do perde, perde

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É oficial:  59,3 milhões de brasileiros estão no Serasa, de acordo com estudo da própria Experian. O que cresceu não foi apenas o número de negativados, mas o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente, que em janeiro de 2018 devia R$ 3.926,40 passou a dever em janeiro de 2023, R$ 4.612,30.  O que isto significa? Significa em primeiro lugar, que o desemprego explodiu e a massa salarial encolheu. Isso é ruim pra todo mundo, inclusive pra quem paga, porque há uma crise de demanda e dessa crise não escapam também quem produz e quem vende, ou seja, a indústria e o comércio. Vivemos uma política do perde, perde.

O Paraná, mal na foto

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O Paraná sempre teve protagonismo no Senado Federal. Houve um tempo em que ocupavam as três cadeiras pertencentes ao nosso estado, políticos do quilate de um Zé Richa,  Aciolli Filho,  Requião, Leite Chaves e até, porque não, Enéas Faria. Hoje temos Flávio Arns , Oriovisto Guimarães e Sérgio Moro. Aí , segundo o Zé Beto, vem um filósofo do Centro Cívico e crava esse ironia: “O Paraná está muito bem servido no Senado. Ninguém fala com o mais novo representante, eleito em outubro – e os outros dois, quando falam, ninguém ouve”.

Quando o exemplo vem de cima

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Informam colunistas curitibanos que mesmo com doses completas, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Troiano, está com suspeita de Covid. Ele é uma prova cabal de que o coronavírus ainda habita nosso meio e todo o cuidado é pouco. Exatamente por isso, julgo de extrema importância a vacina bivalente, que já chegou a Maringá e começa a ser aplicada hoje nas unidades de saúde da cidade. Por enquanto, serão  imunizadas pessoas de 70 anos acima, população que mora ou trabalha em instituições de longa permanência para idosos , indígenas com mais de 12 anos e pessoas imunocomprometidas. Lembrando que a bivalente protege contra a cepa original do coronavírus e suas subvariantes. Para reforçar na população a crença no poder da vacina, o presidente Lula foi o primeiro a tomar a bivalente, dose que nele foi aplicada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.