A crescente população de rua de Maringá é um problema social e policial, mais social do que policial. Mas no que diz respeito ao lado da criminalidade, falta policiamento ostensivo na cidade, principalmente no centro. Depois dos últimos acontecimentos, sobretudo da morte brutal do jovem trans Samanta, providencias paliativas estão sendo tomadas e já é possível ver a presença constante de viaturas da Guarda Municipal no entorno do terminal urbano.
Mas é estranho o fato de que é a GM que anda fazendo o policiamento ostensivo e preventivo no centro da cidade. Esse não é papel dela, e sim a PM. E por que a Polícia Militar está ausente das ruas, quando todo mundo sabe que viaturas e duplas de soldados circulando pelas áreas mais perigosas inibiria o crime? Elementar , meu caro Watson. Falta efetivo. Pelo que me informa um vereador, o 4o BPM tem hoje o mesmo efetivo que tinha há 20 anos. “A Câmara Municipal está preocupada com isso, temos cobrado o governador para que atualize o efetivo, pondo fim a essa defasagem inexplicável , mas nada acontece”, me diz o presidente do Legislativo , Mário Hossokawa.
Então, a pergunta que não quer calar é a seguinte: o que estão fazendo em Curitiba e Brasília nossos deputados estaduais e federais? Vamos lembrar que temos pelo menos três parlamentares na Alep que são da área de segurança – Jacovós, Do Carmo e Soldado Adriano e na Câmara Federal temos um, o sargento Fahur.
Por fim, ações isoladas, como as operações iniciadas esta semana , são importantes para dar tranquilidade à população, mas de nada adianta ficar uma semana ou um mês que seja e depois tudo voltar a ser como dantes do quartel de Abrantes.
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