Se fosse hoje o grande compositor de marchinhas de carnaval dos anos 50, Homero Ferreira, não adotaria o bordão “Me dá um dinheiro aí”. Pediria outra coisa:

Se fosse hoje o grande compositor de marchinhas de carnaval dos anos 50, Homero Ferreira, não adotaria o bordão “Me dá um dinheiro aí”. Pediria outra coisa:

O ex-governador Beto Richa expôs toda a mágoa que acumulou contra a lava jato em uma reunião da bancada paranaense na Câmara Federal esta semana. Olhando diretamente para Deltan Dallagnol, lançou a carapuça, que não foi vestida mas acertou o alvo. Falou do processo de reconstrução da sua vida pública e sempre olhando para o ex-procurador apertou o gatilho:”Fui vítima de perseguição implacável, fui injustiçado. Mas a verdade está vindo à tona e as máscaras vão cair”.
Ainda olhando para Dallagnol, bolsonarista de primeira hora, Beto continuou alfinetando: “Temos que respeitar o resultado das urnas, embora recentemente neste país vimos o desrespeito à democracia, a falta de apreço à democracia, com interferência nas eleições aqui no nosso país. E eu fui vítima disso, só para deixar aqui registrado o meu repúdio ao que fizeram recentemente no Brasil”. Vários parlamentares presentes olharam para Deltan Dallagnol, que fez de conta que não era com ele e sequer limpou a garganta para disfarçar. Mas há quem diga que acusou o golpe.
O ex-procurador da lava jato Deltan Dallagnol já começou o seu mandato de deputado federal detonando o novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba, antes ocupada por Sérgio Moro. O juiz Eduardo Appio criticou a sentença de Moro, que levou Lula para a cadeia. Dallagnol , o Robin, saiu em defesa de Sérgio, o Batamnn, atacando o pai de Eduardo, o ex-deputado estadual do Rio Grande do Sul, Francisco Appio. Dallagnol escreveu em suas redes sociais que Francisco Appio foi citado na Lava Jato por envolvimento no esquema de propina da Odebrecht. Agora senador, Sérgio Moro tem porta voz.
Pelo jeito o bispo Valdemiro Santiago não conseguiu arrecadar os R$ 10 milhões na campanha que fez em janeiro para, segundo ele, salvar da falência a “casa do Senhor”. Parte do dinheiro seria para quitar um passivo trabalhista e outra parte para zerar dívidas que o empresário evangélico tem com aluguéis e impostos. Alguns dos dos seus bens já estariam penhorados, inclusive esta mansão paradisíaca em Ilha Bela, que vale acima dos R$ 10 milhões que ele tentou recolher junto aos fiéis.
O delegado Fernando Francischini que teve seu mandato de deputado estadual cassado pelo TSE por propagar informações falsas sobre a urna eletrônica em 2018, está com os direitos políticos suspensos, mas estará elegível em 2026, quando pretende disputar uma cadeira no Senado. Ficou meio que no modo ioiô no governo Ratinho Júnior, que o nomeou em dezembro para um cargo na Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, depois o transferiu para a Secretaria da Mulher e da Igualdade Racial e diante da repercussão negativa o renomeou para a pasta da Justiça.
Agora, Francischini, que é delegado de carreira, quer voltar à Polícia Federal. Como será a recepção dos colegas, visto que ele sempre fez discurso de ódio, contra a democracia e com questionamentos duros à legitimidade da urna eletrônica ? Será que ele ainda tem ambiente dentro da corporação para atuar? Para onde o mandará o novo chefe da PF, aliado de primeira hora do ministro da Justiça Flávio Dino e, por conseguinte,do presidente Lula ? Tudo indica que é um sério candidato à geladeira.
Qual a parte do corpo humano que dói mais? Um doce de puba para quem acertar. Parabéns, você disse o bolso e garantiu a iguaria da colunária de Pintadas (Bahia), minha terra natal. Deixe seu endereço na rua Vai-e-Vem, número 0001 que lhe envio. E lhe informo, a título de antecipação, que se for aprovado na Assembleia Legislativa um projeto de lei do deputado Tito Barrichello (UniãoBrasil) , o torcedor paranaense que brigar dentro ou fora dos estádios por ocasião de jogos de futebol, terá que pagar multa pesada. Sábia decisão. Ademais ,o parlamentar quer, ao contrário do corredor Rubinho, chegar na frente.
Mesmo tendo o STF derrubado uma lei estadual de Rondônia, aqui no Paraná tem um vereador querendo proibir em seu município o uso da chamada linguagem neutra, ou não binária , na grade curricular e no material didático das instituições de ensino públicas e privadas. O vereador que propôs isso é o pastor Marciano Alves, do Solidariedade de Curitiba. Mas podem chamá-lo também de “Sem Noção”.
Só lembrando que a linguagem neutra usa outras vogais, consoantes e símbolos, nas palavras que identificam gênero masculino ou feminino. Isso com o objetivo de promover a inclusão e por meio da gramática combater a homofobia. Gostemos ou não, a sociedade não é estática e jamais estará no modo esfinge.
Está definido: PP e União Brasil vão juntar os trapos numa federação. A oficialização do casamento será em março, mas como eu intui na postagem anterior, Ricardo Barros alimenta a ideia de colocar a mulher Cida Borghetti como vice de Sérgio Moro na disputa pelo governo do Paraná em 2026. Ele, naturalmente, iria para senador, aproveitando a facilidade das duas vagas.
Nunca é demais lembrar que Barros detestava Moro quando este caneteava boa parte dos políticos de projeção nacional na lava jato. Até porque havia sempre especulação de que ele, Ricardo Barros, estaria na mira do magistrado. O mundo é pequeno e dá muitas voltas, porque afinal, a terra é redonda.
As eleições municipais são logo ali. As articulações já estão a todo vapor, os dados já estão rolando em Maringá, para ver quem sucederá Ulisses Maia, que por já ter sido reeleito não pode se candidatar. Do lado do atual prefeito fala-se muito em Scabora, mas em termos de voto poucos acreditam na viabilidade eleitoral do vice-prefeito. Uma fonte dessas que os jornalistas de antanho chamariam de fidedigna, me diz que é bem provável que o nome a ser trabalhado por Maia seria o de Flávio Mantovani, mais viável do que Scabora ou qualquer outro que o prefeito atual tire do bolso do colete.
Do lado do PT, alguém vai disputar, mas certamente nenhum dos Verri, porque a polarização da eleição presidencial desse ano mostrou que as chances do PT, mesmo sendo o partido do presidente eleito ficam próximas do zero. E ai surgem as especulações sobre o clã dos Barros. Dizem boas e más línguas que Silvio não quer e Ricardo pensa no Soldado Adriano. Por óbvio ele teria a esposa Cida como segunda opção. Mas isso é fora de cogitação, porque o projeto pessoal do deputado do PP é sempre muito ambicioso. Se ele já emplacou Cida Borghetti como vice do governador Beto Richa e ela acabou assumindo um mandato tampão, nada obsta que Ricardo tente uma nova vice, já que a cabeça de chapa para Cida não teria viabilidade eleitoral suficiente. Mas o nome dela é poderoso e atraente como vice de um candidato forte. Esse nome que já estaria definido na cabeça do astuto RB seria outro maringaense como ele. Se alguém disser que falei Sérgio Moro, eu nego.
Pesquisa do Ipea aponta que a população em situação de rua no Brasil cresceu 38% a partir de 2019. Maringá não conta ainda com uma pesquisa detalhada sobre a situação local, mas pelo que se vê no centro da cidade, principalmente na Rua Fernão Dias, onde fica a Guarda Municipal e o Albergue, o crescimento aqui deve ter passado dos 40%. A situação é dramática, por mais que o setor de assistência social da Prefeitura implemente medidas de acolhimento dessas pessoas. O acolhimento é um trabalho muito necessário, mas funciona sobre os efeitos. Atacar as causas só com políticas públicas de pleno emprego e qualificação dessa mão de obra que foi criminosamente ignorada nos últimos quatro anos.