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Bianco, o do barulho

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A oposição em Sarandi está fazendo um zumbizá danado nos ouvidos do prefeito Carlos Alberto de Paula Junior. Motivo: a taxa de iluminação pública aumentou muito, em alguns casos´, mais de 100%.  O lendário Bianco foi para as redes sociais botar a boca no trombone e mobilizar a população  contra os poderes Legislativo e Executivo, segundo ele, responsáveis pelo aumento descabido. “O bicho vai pegar” , promete o barulhento petista que, de tanto tentar, ainda vai acabar sentando na cadeira que já foi ocupada, salvo engano,   por Júlio Bifon, Hélio Gremis, o próprio De Paula, Cido Spada e Walter Volpato.

Lula põe o guizo no pescoço do gato

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O sindicalismo brasileiro estava atordoado com a reforma trabalhista de Temer, se viu num beco sem saída com Bolsonaro e com o retorno de Lula à presidência, voltou a sonhar com a com o realinhamento das relações de trabalho. Logo depois de assumir em 2023, Lula se reuniu com as centrais sindicais e recomendou “muita calma nessa hora”, considerando que depois de um longo período de inanição a reposição de nutrientes,  por via oral, tem que ser lenta e gradual. Agora, Lula volta a se encontrar com os sindicalistas e propor a eles um amplo debate sobre a nova realidade do mundo do trabalho e como a representação classista pode se fortalecer e voltar a ser protagonista nas relações capital-trabalho.  

O fortalecimento da negociação coletiva e da representação sindical requer a criação de um fórum tripartite, que envolva sindicatos, governo e empresariado. O resultado desse fórum será transformado em projeto de lei, a ser aprovado pelo Congresso Nacional. Importante destacar que Lula  pretende evitar o chamado “sindicalismo chapa branca”. E como líder sindicalista que foi, ele sabe do que está falando. Na verdade, é mais do que adequado (e necessário)  que o presidente da república lidere o processo de transformação das relações de trabalho, propondo formas que evitem confrontos desnecessários e que empregados e patrões convivam em harmonia, um respeitando os direitos do outro e ambos tendo a plena consciência dos deveres inerentes ao processo produtivo do país. Enfim, o presidente da república se mostra determinado a colocar o guizo no pescoço do gato, porque só aí o nosso país  organizará o seu processo produtivo e dará, como os tigres asiáticos deram recentemente, um grande e definitivo salto de qualidade. Bora lá, Brasil!

O mundo aguarda a fumaça branca

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Sepultado o bom e velho Chico, seguramente o mais popular e simpático Papa da história da igreja de Pedro, o mundo passa a viver a expectativa de vislumbrar pela televisão  a fumaça branca do chaminé da Capela Sistina. Quem será o novo  Papa?. O processo é longo, demorado, mas nas últimas décadas tem sido finalizado em semanas. Houve casos de 33 meses de duração. Isso foi lá  pelo século II, quando foi escolhido Beato Gregório X.

Entre os papáveis, podemos ter dessa vez o primeiro Papa negro da história, um cardeal do Kongo. Assim como o Vaticano pode voltar à sua rotina de eleger papas europeus. Também pode repetir o que ocorreu há 13 anos, quando fez de Dom Jorge Bergoglio (argentino) o primeiro Papa latino-americano. Se houver um segundo logo na sequência, pode até ser um dos seis brasileiros que fazem parte do conclave. E porque não, um cardeal que já esteve na arquidiocese de Maringá? O nome dele é Dom João Braz de Aviz, que sucedeu Dom Murilo Krugger , o sucessor do lendário Dom Jaime Luiz Coelho. Vamos aguardar.

A Papuda o quer com saúde

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Desde que foi submetido a uma cirurgia em Brasília, Bolsonaro tem aparecido na mídia e principalmente nas redes sociais, dando um verdadeiro show de martirizarão.  Quando surtou com a presença de uma oficial de justiça na UTI do hospital onde se recupera, ele já tinha feito live e atuado na venda de capacetes de grafeno. Dia sim e dia também, se deixa fotografar cheio de fios e exibindo cicatrizes, com o objetivo  claro e cristalino, de obter dividendos políticos. Quer saber? Eu e milhões de brasileiros torcemos pela recuperação plena do ex-presidente, porque queremos vê-lo cheio de saúde no longo período de férias que deverá passar na cadeia.

Papa Francisco bem que tentou

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Tivemos dois papas reformadores da Igreja Católica – João XXIII e Francisco. Frei Beto lembra que  “João XXIII convocou o Concílio Vaticano II, um concílio que pode ser comparado a uma assembleia constituinte. O Francisco, durante seu pontificado, convocou vários sínodos para implementar as decisões do Concílio, ocorrido entre 1962 e 1965. Muitas mudanças aprovadas no Concílio Vaticano II não foram implementadas porque, de João XXIII pra cá tivemos papas de moderados a conservadores, principalmente nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI”.  

Temos que reconhecer que a igreja de Pedro não avançou  numa série de medidas que segundo Frei Beto “ainda a  impedem  de refletir o Evangelho de Jesus Cristo. É o  caso do celibato obrigatório e o acesso ao sacerdócio por mulheres”. Ressalte-se ainda que Francisco foi o único papa na história da Igreja a convocar um Sínodo Indígena, que foi o Sínodo da Amazônia. Levou

Ao adotar o nome Francisco, Dom Bergoglio fez clara opção pelos pobres. Suas ideias e suas práticas franciscanas, fizeram dele um dos principais alvos da direita fascista no mundo todo, particularmente no Brasil. Aqui, teve muito troglodita comemorando a morte do Sumo Pontífice, numa clara demonstração de intolerância religiosa e incivilidade. O próprio líder da seita bolsonarista, tratou a morte do Papa Francisco com muita indiferença. Mesmo sabendo que apesar do crescimento do  número de evangélicos, o Brasil é um país majoritariamente católico, Jair Messias  Bolsonaro deu de ombro com a notícia  do falecimento , que comoveu o mundo na semana passada.

Começa o pega pra capar

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 O STF começa a julgar hoje um trecho da denúncia da PGR contra os golpistas. No banco dos réus nesse pontapé inicial, os envolvidos diretamente na elaboração da minuta do golpe, o decreto que anularia o resultado da eleição e os cabeças do plano “Punhal Verde Amarelo”, montado para matar  o Jeca (Lula), o Juca (Alckmin) e o Joca (Xandão). O plano do triplo homicídio estava num computador do general Mário Fernandes, que deve pegar uma cana dura e certamente fará companhia na Papuda ao mito.

Encíclicas de um grande Papa

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As encíclicas editadas pelo Papa Francisco foram verdadeiros manuais de esperança, esperança no ser humano e na fraternidade entre as pessoas que respeitam as diferenças.  Em “Fratelli tutti”, por exemplo, o Papa Francisco ressalta  a fraternidade e a amizade social como forma de construção de um mundo melhor, pacífico e com mais justiça. Com a encíclica “Laudato si’ o sumo pontífice   critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável , ao mesmo tempo em que defende o combate sem tréguas aos processos de degradação do meio ambiente.

Francisco foi o primeiro latino-americano a chegar ao mais alto posto da Igreja Católica e também o primeiro jesuíta Papa da história. Ele fazia questão de ressaltar a figura de São Francisco de Assis, cujos preceitos seguia com determinação. Sua humildade o fazia repelir qualquer tipo de ostentação e seu coração, tal qual o do santo e do próprio Jesus Cristo, batia sim do lado esquerdo do peito e a favor dos pobres e oprimidos. Era um sumo pontífice, como ele mesmo dizia, jesuíta-franciscano.

Candidatos à sucessão de Papa Francisco

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De acordo com a imprensa italiana o nome  de maior destaque para suceder Papa Francisco é o do cardeal Pietro Parolin, atual Secretário  de Estado do Vaticano. Na lista dos candidatos com chances estão também Dom Mateo Zuppi, arcebispo de Bolonha; o cardeal Pierbayyista Pizzabala, Patriarca de Jerusalém, que tem uma postura crítica contra o massacre que Israel promove na Faixa de Gaza;  Dom Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha (França)] Dom Péter Erdo, arcebispo de Esztergom-Budapeste, de perfil conservador; cardeal José Tolentino de Mendonça, de Portugual; Luis Antônio Tagle, das Filipinas; cardeal Fridolin Amdongo Besungu, da República Democrática do Congo; cardeal Mario Grech, de Malta;  cardeal Wilton Gregory, arcebispo de Washington e primeiro afro-americano a se tornar cardeal e cardeal Blase Cupich, arcebispo de Chicago, que defende uma Igreja mais inclusiva.

Ah, você deve estar pensando: nenhum bispo brasileiro nessa lista? Tem sim.  Aparecem Dom Leonardo Ultrich Styeiner, arcebispo de Manaus; Sérgio Rocha, arcebispo de Salvador e correndo por fora, Dom João Braz de Avis, Prefeito do Dicastério, órgão importante do Vaticano. Lembrando que Dom João foi arcebispo de Maringá e teve participação ativa no processo de implantação na cidade do programa Fome Zero, durante a gestão João Ivo Caleff, como prefeito. Quem o conheceu pessoalmente, como eu tive o privilégio de conhecer, não tem dúvida de que seria um Papa tão engajado nas questões sociais e na defesa das minorias quanto foi Papa Francisco.

Missa – O arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz, celebra missa de ação de graças pelo encerramento dos trabalhos legislativos deste ano.

“O Papa é argentino, mas Deus é brasileiro”.

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A frase foi dita pelo recém-eleito e empossado Papa Francisco, que na pia batismal recebeu o nome de Jorge Mario Bergiglio, quando fazia sua primeira viagem ao Brasil. Ele foi entrevistado no avião pelo jornalista Gerson Camarotti,  para o programa Fantástico. A partir dali, o mundo começou a conhecer e a admirar o novo pontífice, cujo comprometimento com as questões sociais se assemelhava a João XXIII. A morte de Papa Francisco nesta segunda-feira, dias 21 de abril, data em que o Brasil reverencia a memória de Tiradentes, deixa um vácuo enorme, para o Vaticano e especialmente para os dois continentes aos quais ele dedicava especial atenção: América Latina e África. Mais que um líder espirutual, Francisco entra para a história universal como um farol da humanidade, nesses tempos de temor pela ascensão da extrema-direita no Ocidente, e por óbvio, do nazifascismo. O argentino Dom Bergoglio, sacerdote da ordem franciscana, está sentado ao lado direito de Deus pai, e  já intercedendo pelos excluídos do capital no mundo inteiro. Saudade eterna, grande Papa Francisco

Um duro golpe no neoliberalismo

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A escalada protecionista protagonizada por Trump põe em xeque o neoliberalismo e o poderio americano.  Depois dessa tsunâme econômica provocada pelo principal ícone da direita aloprada, haverá fatalmente uma geopolítica com nova configuração. E o presidente dos Estados Unidos, cujo objetivo inicial  era  detonar a China, caiu literalmente do cavalo. Ou como diria meu amigo Antônio Moscardi, foi expelido do dorso equino. E  Lula, que não é bobo nem nada, se aproximou ainda mais de Xi Jinping , que está assim com o Brasil, especialmente encantado com o desempenho de Dilma Rousseff  à frente do banco dos Brics. Alguém esqueceu de avisar Donald Trump que a terra é redonda.