Faz hoje 169 anos da emancipação do Paraná, pedaço da Província de São Paulo até 1853. Foram os tupis que deram nome a este estado. Paraná significa rio caudaloso.
Mexeu com caixa de marimbondo
Lula comprou briga feia com a elite econômica do país ao dizer que pretende colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda. O consagrado economista Paulo Nogueira Batista deu a letra:”O Brasil é um paraíso fiscal para os bilionários, a tenebrosa turma da bufunfa. Essa turma não quer nem ouvir falar em tributação”.
Um golpe na chantagem
O ministro do STF, Gilmar Mendes, reduziu o poder de chantagem de Arthur Lira e seu centrão ao decidir que o dinheiro do Bolsa Família deve ficar fora do teto de gastos. Isso não dispensa a PEC da transição, mas alivia bastante a pressão sobre o presidente eleito, que estava emparedado pelo presidente da Câmara dos Deputados. Lira parece ter mais poder do que o presidente da república, pois manobra como manipulador de marionetes, o grupo de parlamentares (quase 300) que integram o centrão no Congresso Nacional. Compromisso com o país é tudo o que ele e seus políticos de resultado não possuem. Combater a fome não é com eles.
TC barra licitação do Detran-PR
O governo do Paraná fez uma licitação para entregar à iniciativa privada a tarefa de administrar os pátios de veículos recolhidos pelas polícias municipais de trânsito de 44 cidades. Os serviços a serem prestados incluem remoção de veículos apreendidos em operações militares, notificação de proprietários, liberação dos veículos após quitação dos débitos pelos proprietários e preparação de leilões . Valor da concorrência pública: R$ 324,3 milhões. A licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas por apresentar indícios de irregularidade. Só uma coincidência: o relator do processo que concedeu a medida cautelar foi Maurício Requião.
Jornalão demite quem mais lhe garantia credibilidade
A Folha de São Paulo demitiu um dos mais importantes articulistas políticos do país. Aos 90 anos e com incrível lucidez e capacidade produtiva, Jânio de Freitas é uma bandeira do jornalismo brasileiro, salvação nacional nesses tempos de fakenews. Jânio deu furos históricos como jornalista investigativo. Um deles, foi quando publicou um anúncio nos classificados da Folha, com mensagem cifrada. A mensagem revelava antes da abertura dos envelopes, o resultado da licitação para a construção a Ferrovia Norte-Sul, cujo processo foi denunciado como fraudulento.
Depois viu a casa cair sobre sua cabeça quando publicou que o presidente Figueiredo estava com grave problema cardíaco e que iria aos Estados Unidos fazer uma cirurgia de emergência. Os militares se enfureceram, disseram que Jânio mentiu e só faltou mandar prender o jornalista. Semanas depois, Figueiredo embarcou para os EUA para a tal cirurgia de emergência. Irônico, Jânio se vingou: “Desejo boa recuperação ao general-presidente e aos doentes que me desmentiram”.
No apagar das luzes
Depois de três anos de tramitação o senador Álvaro Dias teve aprovado um projeto seu, já no apagar das luzes do seu último mandato, que os paranaenses não quiseram renovar em outubro. Dias tinha proposto isenção tributária para lucros (ou resultado das empresas) para os trabalhadores com carteira assinada. Os acionistas já não pagam imposto sobre lucros e dividendos há muito tempo (se é que um dia pagaram) mas os trabalhadores pagam. Para deixar de pagar, o PL 582/2019 precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados e depois sancionado pelo presidente da república. Alguém tem dúvida de que Lula sancionará?
Ministro inaugura a era do pum
Depois de soltar Sérgio Cabral o ministro Gilmar Mendes manda avisar que prisão agora só se for de ventre.
Na vanguarda do atraso
Que a Gazeta do Povo é desde sempre um jornal conservador, isso nunca foi novidade para ninguém. Mas foi além e hoje não faz nenhum segredo quanto ao seu novo perfil de jornal da extrema direita. Basta ver quem são seus colunistas de destaque. Entre eles estão Alexandre Garcia, Luís Ernesto Lacombe, Rodrigo Constantino e Deltan Dalagnol. Cruz credo mangalô três vezes.
Se a farinha é pouca…
Presidente da Câmara e principal líder do centrão, deputado Arthur Lira, prescente a derrota do Orçamento Secreto no STF e tenta emparedar Lula. Endurece o jogo político e usa o seu poder para chantagear o presidente eleito, ameaçando torpedear a PEC da transição caso o governo que assume em 1º de janeiro não garanta as sinecuras dele e de seus aliados, até incluindo as emendas do relator na Proposta de Emenda Constitucional, se for o caso.
O governo Bolsonaro vai entregar o país quebrado, com um endividamento brutal, com quase R$ 1 tri de estouro no chamado teto de gasto. A farinha é pouca ? É, mas e daí? Para Arthur Lira e os mais de 200 deputados do centrão, entre eles o maringaense Ricardo Barros, dane-se, por que “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Privatizações inaceitáveis
A educação e a saúde são responsabilidades dos entes federativos. Municípios, Estados e União têm percentuais determinados pela Constituição Cidadã para serem gastos nos dois setores. Os governantes que não cumprirem incorrerão em crime de improbidade. Mas manter educação e saúde de qualidade vai muito além do dever constitucional. É dever humanitário , é compromisso com o futuro e demonstração de respeito para com o povo.
Dito isso, manifesto mais uma vez a minha repulsa pelo projeto privatista do governador Ratinho Júnior, que quer abdicar dessa responsabilidade e entregar tanto a saúde quanto a educação para a iniciativa privada. Principalmente em relação aos hospitais universitários, tirar isso das universidades estaduais é crime de lesa pátria. Nada contra as escolas particulares e muito menos contra a medicina de grupo. Mas tudo e mais um pouco, contra o governante insensível, despudorado e incapaz. Pronto, falei.