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Até quando?

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Os protestos de bolsonaristas contra o resultado das urnas continuam causando transtornos em Maringá. Hoje, o bloqueio localizado na saída para Astorga dificultou a chegada de estudantes que iriam fazer a prova do Enem na Uningá. Alguns chegaram atrasados e não puderam participar.

Do outro lado da cidade, a coisa se complica em frente ao Tiro de Guerra e atrapalha até a chegada de ambulâncias ao Hospital Universitário, agravando ainda mais o estado de saúde de pessoas socorridas no trânsito ou vítimas de crimes na região. A pergunta que não quer calar é a seguinte: até quando as autoridades de segurança vão passar pano para essa situação esdrúxula? E o Ministério Público, continuará batendo tambor pra louco dançar?

Meninos, eu vi !!!

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Na inauguração dos refletores do Estádio Wiilie Davids o cracaço Roderley estava estreando pelo Coritiba contra o Grêmio Esportivo de Maringá, clube onde ele havia se destacado nos anos 60. De repente, ele pega uma bola no meio do campo e solta um canudo daqueles de estremecer estádio. A bola bateu na trave com tal força que parecia que a “cidadela” ia desabar em cima dos repórteres de campo que estavam sentados atrás da rede. Todos se assustaram, inclusive eu, ainda garoto e trabalhando como puxador de fios para o Loreto, técnico da Rádio Cultura, onde Antônio Paulo Pucca era o narrador.

Recordar é viver

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Em 2006 o então ministro do planejamento Paulo Bernardo veio a Maringá e aqui emitiu a primeira ordem de serviço para as obras do Contorno Norte. No seu discurso ele cravou: “A obra custará cerca de R$ 176 milhões”. Ao final, custou R$ 420 milhões, fora o que foi gasto depois para construir a segunda perna dos chamados “Viadutos Sacis”. Quem falou em superfaturamento, eu? Aaara, sô!

É assim que a banda toca…

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Alguns veículos da mídia tradicional celebraram o “pito” do mercado em Lula, porque o presidente eleito disse que sua prioridade é combater a fome independente do teto de gasto. Um dos jornais que se mostraram entusiasmados com a baixa das bolsas e a alta repentina do dólar foi o paranaense Gazeta do Povo, da família Cunha Pereira.

De volta à cena política

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O presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva tirou seu ex-ministro Paulo Bernardo do limbo e o colocou na transição. Bernardo (ex de Gleisi Hoffmann) cumpre medidas restritivas por conta de condenação no âmbito da Lava Jato e precisará de autorização da justiça pra voltar a trabalhar na área pública. Como diz Leandro Mazzini, da Isto É, revista nacional que tem meu amigo Germano Oliveira como editor-chefe: “No Brasil o fundo do poço tem mola, com motor 3.0 biturbo”.

O negro que não é negro

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Ninguém entendeu até agora porque o deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR) mudou de cor. Não cor da bandeira, mas cor da pele. Ele foi incluído na lista de parlamentares que podem ter falsificado sua declaração de raça à Justiça Eleitoral. Segundo matéria do jornalista Rogério Galindo, do portal Plural, Diego faz parte de uma lista de 77 deputados eleitos em outubro, que se autodeclararam negros, sem ao menos  ter um pé na cozinha. Informa o site Alma Preta, que outro paranaense que entrou nessa foi o bolsonarista Paulo Martins, segundo colocado na disputa por uma cadeira no Senado da República.

Que Pintadas não nos ouça, grande José

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O coração da cidade tem, desde sempre, duas referências: a Banca do Massao e o Baianinho Engraxate. Passando pela esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Santos Dumont hoje, só vi uma: a banca. Aí pensei: “O baianinho deve estar curtindo a grana que ganhou no jogo do bicho”. Chegando na redação do Jornal do Povo liguei o computador e fui direto na pagina do GMC. Levei um baita susto ao ler a notícia principal: “Figura histórica das ruas de Maringá, morre Baianinho Engraxate”.

Depois de sentir as mortes de Gal e Boldrin, me vi enlutado com a partida do ministro plenipotenciário de Jacobina, com quem todos adoravam ter sempre um dedo de prosa. Ele era palmeirense, mas não me aborrecia em chamá-lo de campeão.

 Dia desses parei para apreciar seu batuque no sapato de um advogado amigo. Aí provoquei: “Desculpe, baiano, mas no meu tempo de engraxate sambava melhor do que você”. Ele deu um sorriso de Monalisa e me desmontou: “Desde quando um baiano de Jacobina fica a dever algo a um baiano de Pintadas?”. Quer saber? Dei razão ao celebrado cidadão benemérito de Maringá. Que Deus o tenha em bom lugar, grande José Xavier.

Trabalho? Só 4a.

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Quando o assunto é órgãos públicos estaduais, de hoje até terça-feira só funcionarão os serviços essenciais, como hospitais e delegacias de polícia. Isso ocorre em função do feriado do Dia do Servidor, transferido de 28 de outubro, antevéspera do segundo turno, para este 11 de novembro. Como ninguém é de ferro, segunda-feira será ponto facultativo e terça, feriado da Proclamação da República.

Calma, Lula tem o seu freio de arrumação

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Lula começa a encontrar já na transição muitas cascas de banana pelo caminho. O mercado reage com maus bofes ante um discurso do presidente eleito sobre combate à miséria; o centrão aceita votar a PEC da transição, para abrir espaço no orçamento do ano que vem visando a agenda social urgente e necessária, mas chantageia: quer incluir R$ 7,9 bilhões de emendas do orçamento secreto, uma trama urdida no Palácio do Planalto.

Lula vai precisar bem mais do que jogo de cintura para conseguir governar, recuperar a economia esfacelada e enfrentar o fantasma da fome que atinge mais de 30 milhões de brasileiros. É preciso muita calma nessa hora. O presidente sabe disso e deve sinalizar, já nessa sexta-feira, que responsabilidade fiscal é com ele mesmo. Como foi nos seus dois governos, quando acumulou quase  400 bilhões de dólares em reservas cambiais e terminou seu segundo mandato com crescimento de 7% e aprovação acima dos 80%.

Claro que isso é garantia, porque é o mesmo Lula e agora mais experiente. Portanto, o que o mercado, esse ser estranho, faz, é terrorismo. Para isso, invoca uma possível influência do governo Dilma na transição, por causa da indicação de nomes como Guido Mantega e Nelson Barbosa. Mas quem está no leme é o ultraconservador Geraldo Alckmin, o vice que Lula foi buscar no destroçado ninho tucano, para ser o seu freio de arrumação, como foi o megaempresário José de Alencar.

A lista

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A maringaense Mônika Ganem é a personagem central de uma extensa matéria no site BBC News sobre uma tal “lista de petistas”, que circula em Maringá e região. Segundo Mônica, uma cliente ligou para o seu salão de beleza e o funcionário que atendeu ouviu do outro lado da linha: “A Mônica está trabalhando para o Lula?”. O funcionário respondeu que não, mas mesmo assim o salão continuou na lista e perdeu muitas clientes, apesar da sua tradição de 30 anos na área e sendo uma referência do setor. “Fiquei me sentindo na fogueira da inquisição ou nos porões da ditadura militar”, revela a cabeleireira que continua perplexa com o que está acontecendo na cidade, onde é grande o número de bolsonaristas que continua não aceitando o resultado das urnas.