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Tudo certo, como 2 e 2 são 5…

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  Informa o Ângelo Rigon que Silvio Barros II manterá alguns CCs da gestão Ulisses Maia, cujos nomes teriam sido indicados pelo vice Edson Scabora. Isso apenas deixa claro que houve um acordo prévio durante a campanha eleitoral quando até os pombos da Praça Raposo Tavares sabiam que a capitania hereditária chamada Maringá iria ser reinstalada em 1º de janeiro.

Inimigo das ditaduras

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Jimmy Carter, que morreu hoje aos 100 anos,  teve papel fundamental na fragilização das ditaduras militares do continente sul americano, inclusive a do  Brasil. Como presidente dos  Estados Unidos adotou  uma política externa centrada na defesa dos direitos humanos. Não por outra razão ele atritou com o então presidente do Brasil, general Ernesto Geisel. O democrata  utilizou relatórios da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e de organizações não governamentais , para denunciar práticas de tortura, desaparecimentos forçados e repressão política no Brasil. Eu era fã de Carter.

O buraco é mais embaixo

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É a primeira vez na história que a Polícia Federal sobe ao “andar de cima” do Congresso Nacional para investigar irregularidades. Lá se vão três anos que o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira , enfiou goela abaixo do presidente Bolsonaro as tais emendas secretas, então chamadas de emendas do relator. De lá pra cá, bilhões de reais do orçamento da União foram distribuídos por parlamentares para suas bases, sem identificação do autor e nem do destinatário. Uma excrescência, que precisava de um ministro do STF porreta como Flávio Dino para colocar fim à  farra. Dino exigiu transparência  e bloqueou mais de R$ 4 bilhões das tais emendas secretas. Lira e  a tropa do centrão, que ele lidera, vão ter que se enquadrar. Com Dino e o Xandão o buraco é mais embaixo.

Dá-lhe, Dino!

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De um empresário que atua na área de projetos para prefeituras, em off, claro, sobre as emendas parlamentares: “ Essas verbas do orçamento secreto são uma farra desavergonhada. É uma espécie de cartão de crédito milionário que os deputados têm. Os  caras são descarados e dizem de cara limpa aos prefeitos: eu tenho tanto de dinheiro pra obras, mas preciso que me  devolvam tanto”.

Alguma dúvida de que o ministro Flávio Dino, do STF, está coberto de razão ao bloquear mais de R$ 4 bilhões de emendas parlamentares ?

2026 e o prenúncio de crimes de lesa pátria

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A questão é matemática, tão simples como 2 mais 2 é 4. A elite brasileira, hoje  sob inspiração da extrema-direita, faz o diabo e mais um pouco para evitar que Lula chegue forte em 2026. Os indicadores econômicos favoráveis , com desemprego baixo e crescimento do PIB da orem de 4%, causa urticária na Faria Lima e torna inevitável o ataque especulativo contra o real, comandado obviamente por granes fundos financeiros internacionais. No processo de fomentação o caos aparecem veículos da mídia  tradicional, caso da Folha de São Paulo que oxigenou uma onda e fake News sobre um inexistente rombo das estatais. “O PT está quebrando o Brasil” , diz o mantra repetido a cada esquina pelo bolsonarismo, que caminha para ser comandado em 2026 pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Qual a relação dessa estratégia criminosa com o ataque especulativo ao real? Tudo fica mais claro se tivermos a compreensão da lógica que move o Sr. Mercado, composto por especuladores sem rosto, que  compram títulos públicos na baixa para esperar de camarote as ondas de alta. Por isso, chantageiam qualquer governo que se meta a incluir o pobre no orçamento da União, aterrorizando com o mantra do descontrole das contas públicas.

Deixa pra lá

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Andei pensando em publicar uma lista dos malas da política maringaense desse ano eleitoral de 2024 mas desisti ante a constatação de que precisaria de muito espaço para relacionar os sem alça.

Se contra fatos não há argumento, o negócio é inventar

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Em editorial o Estadão de São Paulo ripa a madeira no governo Lula, culpando-o pela alta do dólar e criticando duramente o aquecimento da economia. O ministro Haddad celebra o ritmo de vendas desse final de ano e alguns economistas apontam os indicadores  como sinais de fortalecimento da nossa economia, o que estaria a justificar os ataques especulativos do senhor mercado. A lógica, mesmo do economês, diz que se o comércio vende muito, a indústria produz mais e os índices de emprego crescem.  É o que está acontecendo, a despeito do bombardeio de setores tradicionais da mídia corporativa. A gente sempre ouve a expressão “voo de galinha” para definir picos de demanda, onda passageira de crescimento. É hora de cunhar a expressão “voo de urubu”, para qualificar posições como a do jornalão dos Mesquita.

Mas não pára por aí. O alvo agora são também as estatais. A Folha de São Paulo publicou matéria dizendo que as estatais brasileiras operam no vermelho. O portal 360 foi pra cima da Itaipu Binacional e levou uma invertida do diretor geral, o maringaense Ênio Verri, com dados que desmentem categoricamente a fake news. Aloísio Mercadante exibe balanço altamente positivo do BNDES e o Ministério da Fazenda contra-ataca com dados positivos dos bancos estatais, Caixa Econômica à frente. A deterioração das estatais federais denunciada pelo jornalão dos Fria caiu no ridículo.

Pintadas, onde o relógio caminha lento

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Pintadas está no poema de Carlos Drumont sobre o tempo e sopra a orelha do calendário  no embalo da teoria da relatividade, porque  Einstein também não era de ferro. A cidade do meu tempo de menino era mais pacata, época em que o trânsito fluía bem , mas só com  cavalos e jegues nas ruas. Hoje tem momentos de estresse, com carros top e motos para todos os gostos e bolsos. Sinal do progresso,  ora veja. Progresso que deu as caras naquela bela cidade do Vale do Jacuípe, mas sempre respeitando  o espírito pacato , pacífico e calmo do seu povo. Um povo  que conta as horas e aprecia o caminhar lento do relógio. Em Pintadas o tempo não pára, mas às vezes parece parar no passo lento dos pioneiros e na fala mansa das mulheres e dos homens de meia idade.

Lá no meu torrão natal, onde estive por duas semanas para matar saudades de tios, primos e primas, que representam pelo menos 50% da população, o Sol se põe cedo e começa a emitir seus raios com o cantar do galo. Entrei no clima, cantando Renato Teixeira e Almir Sater, porque se o tempo é manhoso, dei um jeito de andar devagar, porque já tive pressa.

A calmaria que reina em Pintadas, outrora desconhecida mas hoje já merecendo grifo no mapa da Bahia, é típica de qualquer cidade do interior do Nordeste. Pra mim, porém, Pintadas é especial ,  faz parte da minha história, sendo portanto, responsável pela ativação, quase que permanente, da minha memória afetiva. Já estive lá outras vezes, mas desta feita  me surpreendi com o detalhamento que tio Daniel Mendes e irmã Velzi, me fizeram do Projeto Pintadas. Consistiu basicamente na implementação de um programa de construção de represas, cisternas e produção de silagens e feno, para alimentação de ovinos , caprinos e equinos em tempos de estiagem prolongada.  Assim, fica menos traumática a travessia dos longos períodos de seca.

Ah, pra não dizer que não falei das flores, o que me deixa ainda mais orgulhoso é saber que Pintadas é intensa nas atividades  culturais e tem uma juventude conectada com o mundo acadêmico. Hoje, é uma cidade de vários doutores, motivo de orgulho de muitos pais que não puderam estudar e agora  veem seus filhos serem graduados e pós-graduados em centros como Feira de Santana e Salvador. Por lá já passaram e passam políticos de grande projeção na Bahia e artistas consagrados, como é o caso de Chico Cesar e foi um dia, o de Zé Geraldo e Belchior.

Omi, seu minino, se Drumont se orgulhava da sua Itabira; se Ziraldo enchia a boca para falar de  Caratinga e Milton Santos exaltava sua  Brotas de Macaúbas, porque este modesto escriba não deveria estufar o peito  para dizer: SOU BAIANO DE PINTADAS, OXENTI !

caixeiro-viajante

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Todo mundo enaltecendo a figura de Ney Latorraca, que partiu hoje para o andar de cima. Homenagens mais do que merecidas, mas entre tantos personagens marcantes que fez na TV, Cinema e no Teatro, não vi ninguém falar de Seo Keké, o impagável caixeiro-viajante da série Rabo de Saia. .

Na mão grande

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Olha só: o Donald Trump diz que vai tomar na valentona o Canal do Panamá e a Groelândia. Me ocorreu um mau pensamento: se Bolsonaro tivesse ganho a eleição ou tido êxito na tentativa de golpe, certamente ofereceria o Brasil na bandeja para o topetudo que volta em janeiro a ocupar a Casa Branca. Deus sabe de todas as coisas