O governador do Paraná, Ratinho Júnior, está bem na fita. Bolsonaro o aponta como bom candidato presidencial em 2026, mas desde que não consiga emplacar o 01 (Flávio) ou o 02 (Eduardo), porque pra ele poder é um negócio de família. Quanto a Michele o mito já a descartou como candidata a sucessão presidencial, a menos que, uma vez eleita, ela se comprometa a nomeá-lo chefe da Casa Civil. O plano de Jair Messias para a esposa Michele é uma vaga no Senado pelo Distrito Federal. Ratinho seria a quarta opção, porque a família Bolsonaro não confia em Tarcísio de Freitas, nem em Zema e muito menos em Ronaldo Caiado. Chegando lá, qualquer um desses três tomaria dele Jair, o protagonismo que pretende manter até 2030, quando espera reverter a sua situação de inelegibilidade.
Seguro morreu de velho…
O parlamentar que se elege por um partido quando troca de sigla corre o risco de perder a cadeira. Foi por isso que o deputado estadual Requião Filho entrou com pedido de liminar na Justiça Eleitoral para garantir que continuará com o mandato com a saída do PT. E obteve. Requião Filho entrou no Partido dos Trabalhadores em 2022 junto com o pai, que já foi governador e senador. O velho, que sempre foi um líder nacional do “MDB velho de guerra” , também deixou o PT, mas não retornou para seu partido do coração, que segundo ele, está descaracterizado e poluído por liberais e direitistas. Bem, pelo jeito, não mais, porque o MDB deverá ser o novo destino do primogênito.
O tribunal que não julga, só orienta
O novo presidente do Tribunal de Contas do Paraná Ivens Linhares disse que a principal função do órgão hoje deve ser a de orientar o governo estadual e os municípios para que utilizem os recursos públicos da melhor forma possível. Nenhuma novidade nessa declaração, já que este sempre o papel dos tribunais de conta, que não têm poder de julgamento. Quando o TC rejeita conta de um prefeito, por exemplo, seu parecer não é veredicto, porque julgar o prefeito, rejeitando ou aprovando suas contas, é papel da Câmara Municipal. Ivens, por tanto, não descobriu a roda.
No meio do caminho tinha um Homero…
Mário Hossokawa está presidente da Câmara Municipal de Maringá há 12 anos, vai pra 14, caso consiga reverter a decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do STF, que acaba de afastá-lo da sétima gestão. Mendes decidiu cassar Hossokawa da presidência, para a qual foi reeleito agora em janeiro, com base em ação movida pelo ex-vereador e adversário histórico, advogado Homero Marchesi. Homero foi vereador de um mandato e deputado estadual, também de um mandato. Mas seu lugar no legislativo maringaense foi ocupado por Cris Lauer, reeleita em 2024. Ultradireita, como Marchesi, Cris é a nova pulga de cós na vida do Mário.
Que tudo não passe de bravata
O jornalista Reinaldo Azevedo (UOL e Band News) analisou o governo Trump, de fio a pavio, e falando sobre cada um dos principais assessores diretos do ultradireitista, concluiu que Tio Sam vem para os próximos quatro anos com a faca nos dentes, a fim de promover o caos social no planeta. A obsessão do trumpismo é afrontar a China e por tabela, tentar esmagar os governo de centro e centro-esquerda que se colocarem no seu caminho. O Brasil seria um dos alvos, porque para Donald Trump o importante é que nosso país tenha um presidente que lhe preste vassalagem. E precisa dizer mais alguma coisa?
Bem, de qualquer forma é preciso a gente alimentar um pouco de esperança, a partir da lógica da geopolítica, que não comporta mais maluco com superpoderes. No máximo, tolera bravateiro.
Verri pra governador
A CNB, corrente petista Construindo um Novo Brasil , lançou sábado último a pré-candidatura de Ênio Verri para governador do Paraná em 2026. Vários líderes petistas estiveram em Paranaguá para o evento, que pode ter sido o primeiro passo para o PT trabalhar uma candidatura forte a sucessão estadual. Por mais que o Paraná seja um dos estados mais antipetistas do país, só perdendo pra Santa Catarina, Verri tem tudo para romper a barreira ideológica, também conhecida como PTfobia.
O adeus ao “Coronel do Rancho”
Orlando Manin, que faleceu esta madrugada aos 85 anos, era a própria história do rádio maringaense. O conheci como “Coronel do Rancho”, apresentando programas sertanejos na Rádio Cultura (AM). Alternou com Nhô Juca (o saudoso Antônio Mário Manicardi) a era de ouro dos programas de auditório da Cultura, onde duplas nacionalmente famosas, caso de Tonico e Tinoco e Tião Carreiro e Pardinho, se apresentavam volta e meia. O próprio Tião Carreiro disse certa feita que a primeira vez que ele cantou Pagode em Brasília em público foi justamente num programa comandado pelo Coronel do Rancho, na Rádio Cultura de Maringá.
Tive o privilégio conviver com o grande “Coronel do Rancho”, quando a Agência Transpress, onde eu era officie boy, funcionava em uma sala nos fundos da Rádio Cultura, na Heval esquina com XV de Novembro. Que Deus o tenha em bom lugar, grande Coroné.
Foi bonita a festa, pá…
O Orelha de Jegue, meu segundo livro, continua circulando, graças a Deus. Restam-me poucos exemplares, porque levei quase tudo que eu ainda tinha para Pintadas, minha cidade natal na Bahia, onde fiz o segundo lançamento (o primeiro foi em Maringá em agosto de 2024). Lá, como diria o Chico Buarque, “ foi bonita a festa, pá, fiquei contente…”. Contente fiquei também com o autógrafo que dei no exemplar entregue semana passada ao casal Lelo-Fátima, da Lelo Imóveis. Dona Fátima, uma simpatia de pessoa, me pediu um livro, disse que gostaria de conhecer minha história e fui na imobiliária levar. Vai ler, com certeza, e isso é que vale a pena.
O recado do maringaense Ualid
O Presidente da FEPAL ( Federação Árabe Palestina do Brasil), maringaense Ualid Rabah, de quem me orgulho de ser amigo, é destaque nacional com suas falas duras contra o massacre do povo palestino promovido por Israel do carniceiro Benjamin Netanyahu e com apoio dos Estados Unidos. O que aconteceu na Faixa de Casa foi sim um genocídio e o primeiro ministro israelense é sim uma versão moderna de Hitler.Encerrando a entrevista, Rabah ressaltou que, apesar da tragédia, o conflito tornou visível a realidade vivida pelos palestinos. “Graças aos próprios palestinos, o mundo hoje sabe o que é Israel, o mundo sabe hoje o que é o sionismo, o mundo sabe hoje o que é apartheid”, concluiu.