O Angelo Rigon disse há pouco na Jovem Pan que o Ricardo Barros vai para o seu quinto mandato. Concordo em gênero, número e grau.
Com a palavra sua Excelência, o eleitor
Quem fez, fez, quem não fez , agora só daqui 4 anos. Se vamos ter segundo turno em Maringá, só depois com a marcha das apurações par saber. Esta foi uma campanha que caminhou na escuridão, sem pesquisas confiáveis e sem debate na televisão. O resultado que se apregoa, a decisão já neste domingo, terá sido fruto de articulações nada republicanas. O quadro de pré-candidatos a prefeito indicava uma eleição disputada, com inevitável segundo turno. Mas Ricardo Barros achava que se o irmão não vencesse no primeiro, poderia ter problemas para voltar à Prefeitura pela terceira vez. Por isso, sua ação pela desistência de quatro candidaturas foi avassaladora, segundo a voz rouca dos bastidores. Quem seriam esses candidatos que tirariam votos de Silvio Magalhães Barros II e foram jogados pra fora da bacia, com água e tudo? A saber:
Wilson Quinteiro, Jacovós, Do Carmo e Homero Marchesi. Quinteiro ficou pelo meio do caminho, iludido com a possibilidade de ser o futuro vice-prefeito de Maringá. Deixou o PSB, onde estava há vários anos, e pulou na garupa do PL, percebendo só depois que o cavalo estava mal encilhado. O delegado Jacovós recolocou sua arma no coldre e saiu por cima, emplacando a esposa como vice de Silvio. Do Carmo insistiu com sua candidatura e Ricardo jogou Sérgio Moro na parada. Moro, que RB odiava ao longo da Lava Jato, enquadrou o deputado estadual Do Carmo, que desistiu. Do Carmo continuou no União Brasil e declarou apoio ao irmão do algoz. Marchesi seria candidato, e candidato forte, que na disputa provocaria o segundo turno com toda certeza.
O quadro que se desfez nas convenções, deu lugar à produção de espinafre , que em nenhum momento da campanha faltou ao Popeye SBII. Ficaram na disputa Scabora, Humberto Henrique e Evandro. O segundo turno, então, não se inviabilizou, mas ficou mais difícil. Se houver surpresa, e espero que haja, quem irá para o confronto direto com Silvio? A palavra é do eleitor, claro.
No bico do corvo
Depois de tentar associar Guilherme Boulos ao uso de droga por meio de um laudo falso, usando o CRM de um médico já falecido, o ex-coach Pablo Marçal está no bico do urubu. Subiu nas pesquisas em São Paulo com pregações de falsa prosperidade e ganhou notoriedade atacando a honra dos demais candidatos a prefeito da capital paulista. Mas agora caiu do cavalo, ou, como diria um velho amigo meu, “foi expelido do dorso equino”. Boulos apresentou notícia crime contra o indivíduo, que anda levando pau até de Bolsonaro, seu guru. O dono da clínica usada para falsificar o documento é Luiz Teixeira da Silva Júnior, que que também será enquadrado pelo Ministério Público. Democracia é isso, permite toda a liberdade para quem sabe usá-la. Pablo, pelo que mostrou, não sabe. E deixou claro também, que não conhece limites.
Dia quente com a temperatura da campanha elevada
Foto: JÁ JORNAL
Protesto organizado por uma entidade de nome Abrace, presidida por um candidato a vereador do PP (Coligação Maringá Merece Mais) , agitou o centro de Maringá hoje pela manhã e emitiu sinais de beligerância na reta final da campanha. À frente, em cima de uma caminhonete, iam o prefeito Ulisses Maia e seu vice e candidato Edson Scabora. A interceptação da carreata foi na Av. Brasil esquina com São Paulo, onde o clima esquentou e a demonstração de incivilidade foi flagrante.
Ontem o Blog do Rigon antecipou o protesto: “ Proprietários e integrantes da Abrace, que foi embargada no mês passado, em Maringá, planejam um protesto contra a administração neste sábado, às 8h40, no cruzamento das avenidas São Paulo e Brasil. A Cooperativa Brasileira de Apoio aos Condutores de Aplicativos e Entregadores Autônomos é presidida por um candidato a vereador do PP, Natanael Brandão. Recentemente a Justiça Eleitoral determinou a retirada de adesivos da empresa em carros de aplicativos, mas nem todos obedeceram”.
…mas aqui é o Quartel de Abrantes
Barbosa Neto teve confirmada pelo TRE a cassação da sua candidatura a prefeito de Londrina, município que já governou, mas deixou o cargo cheio de processos e uma condenação. A candidatura de Barbosa havia sido indeferida por uma juíza de primeira instância, ele recorreu mas o Tribunal Regional Eleitoral manteve a sentença. Além disso está com direitos políticos suspensos por 8 anos. Nenhuma semelhança com Maringá, onde um candidato, que também já foi prefeito, tem vários processos, mas continua tudo como dante no quartel de Abrantes.
Passando dos limites
Depois de usar o processo de um homônimo para chamar Guilherme Boulos de cheirador de cocaína, Pablo Marçal divulgou um laudo falso para reforçar no eleitorado paulistano a convicção de que Boulos e viciado em droga. O atestado que ele anda mostrando nas redes sociais é comprovadamente falso, tanto que traz a suposta assinara de um médico que faleceu há dois anos. Revoltado, Boulos registrou boletim de ocorrência na Polícia e vai pedir através de seus advogados a prisão do vendedor de ilusões.
S. Paulo, Camaçari e nossa obviedade ululante
Assisti quase que simultaneamente ontem à noite os debates de São Paulo e Camaçari, na Bahia, onde um sobrinho, marido da minha afilhada Salma , é vereador e candidato a prefeito. Lá são três candidatos fortes , inclusive Flávio, do União Brasil. Foi um debate quente, mas de bom nível. O de São Paulo, com o regulamento engessado, não permitiu confronto e nem bate-boca. Mas no finalzinho, Pablo Marçal, que coçava o coldre a todo momento, acabou atacando Boulos e Nunes, naquele estilo esgoto que só ele sabe fazer. O apresentador Cesar Tralli, muito firme, conteve o ímpeto do pretenso Outsider.
Todas as redes nacionais de televisão fizeram debate. Os da Globo foram os últimos e o espaço estava na grade de programação da RPC, que no lugar exibiu filmes. Ora, se não teve na TV Maringá, que tem tradição nisso; não teve na Rede Massa e nem na RIC, que diabo aconteceu que negaram esse direito ao eleitorado maringaense? Alguém adivinha quem manobrou para que debates não ocorressem? E pesquisas? Nenhuma, a não ser essa da Paraná, que jogou Silvio lá pra cima e os concorrentes lá pra baixo, caso do Evandro de do Humberto Henrique. Mistério? Nenhum. As obviedades são tão obvias que chegam a ser ululantes.
A que ponto chegamos, ehim!!
Senhor Messias Mendes prudência e caldo de galinha não faz mal a ninguém, o senhor com estas criticas infundadas ao nosso futuro prefeito Silvio Barros II, não tem medo de ser preso?
. Reinado Cardoso
Minha resposta:
Não Renato, porque faço críticas políticas e não pessoais. Sou apreciador da democracia e da liberdade de expressão, porém não confundo o direito de me expressar com o cometimento de crime. Isso eu não faço, ao contrário, abomino. Se você é o Renato Cardoso que conheço, e conheço como um democrata, essa sua ameaça me causa perplexidade.
Bom dia!
Na biblioteca há mil sábios
A nosso inteiro dispor
Sem sequer mover os lábios
Cada livro é um professor
A.A.de Assis
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa
Silvio, que evita o sobrenome Barros, não foi ao debate da Arquidiocese, disse que debateu com Acim, participou de sabatina ,de entrevistas e os cambaus. O fato concreto é que fugiu do embate com seus adversários. Mais do que isso : trabalhou para que as TVs não promovessem debates , embora as respectivas redes promovessem e só as retransmissoras de Maringá ignoraram a imposição das grades de programação. Enfim, cagaram para o eleitor. Silvio, então, surfou na onda do bloco do “eu sou eu, o resto é bosta”.
Embalado por uma pesquisa que só vamos saber se tem credibilidade ou não no domingo à noitinha, ele continua mentindo nos programas de televisão, flertando com a ilha da fantasia e atacando, oura de Rolando Lero, ora de encantador de serpente. Vai vencer? Dificilmente deixará de ser o próximo prefeito, embora seja nesta eleição um café requentado que dá asia. Mas vamos lá: o jogo é jogado e só termina quando o juiz apita aponta o centro do gramado e encerra a partida.