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O PL abjeto no olho do furacão

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O tal “PL do estupro” será um dos temas mais quentes da campanha eleitoral desse ano, ainda que esteja engavetado até o fechamento das urnas. Candidatos do campo progressista consideram a proposta oportunista e sacana, na medida em que criminaliza a vítima de estupro que se fizer aborto poderá pegar pena bem maior que a do estuprador.

Mas as críticas não ficam circunscritas a esse debate conceitual que coloca frente a frente civilidade e  barbárie. Há quem, como o experiente político de esquerda Roberto Requião, que vê o projeto de lei de um tal Sóstenes Cavalcante  “como u‘divertimento’, do italiano ‘divertere’, ou seja, desviar do que realmente importa!”. E o que importa nesse momento são pautas como a regulamentação da reforma tributária, a melhoria da  saúde e da educação, que está sendo bombardeada no Paraná com a privatização encaminhada pelo governador Ratinho Júnior.

Requião na campanha do  “respire fundo”

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O ex-governador e ex-senador Roberto Requião saiu do PT e ingressou num partido que ninguém sabia da sua existência. O tal Mobiliza nem tem tempo de TV, mas Requião vai disputar a prefeitura de Curitiba, pelo que se deduz, só pelas redes sociais e na sola do sapato. Diz estar preparado para o corpo-a-corpo apesar dos seus mais de 80 anos de idade. O número do Mobiliza é o 33. Quando estiver conversando com os eleitores o experiente Requião se despedirá: “Respire fundo e diga 33”. Talvez adicione no até breve: “Nunca esqueça que 33 era a idade de Cristo quando o Messias foi crucificado”.

Tudo como dantes no quartel de Abrantes…

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O caso Ademar Troiano mostra que o Brasil é mesmo uma república das bananas. O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, acusado de corrupção, confessou ter recebido propina para beneficiar um empresário do setor de comunicação e até devolveu o dinheiro recebido, com a devida correção. Mas o crime foi cometido e mesmo que tenha havido ressarcimento, isso não apaga o delito. Mas no caso de Troiano apagou. Tanto que ele continua presidente da Alep, como se nada tivesse acontecido.

“O mundo gira, girou, as provas vieram e hoje eu digo com provas porque o próprio presidente da Casa assinou e confessou um crime de corrupção. Pois bem, corrupto é”, disse da tribuna da Casa o deputado petista Renato Freitas, que se pudessem os aliados de Traiano já teriam cassado.

A hora é agora

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A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) está abrindo consulta pública para que os paranaenses deem sugestões para uma nova política tarifária da Sanepar. Este é o momento dos consumidores questionarem, por exemplo, o critério de 80% sobre a conta de água aplicados na tarifa de esgoto. Considerando que saneamento básico é vital para a qualidade de vida e saúde da população, tarifas tão elevadas como a da coleta de esgoto, fazem  um mal danado à saúde financeira das famílias pobres.

Não me venham com essa história de tarifa social, porque cada governo adota um critério para enquadrar as famílias necessitadas. Quando Jaime Lerner assumiu o governo do Paraná ele alterou os critérios estabelecidos nas gestões Requião e com uma canetada , excluiu milhares de consumidores do benefício.

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Não tem como esquecer

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O grande jornalista e poeta maringaense A.A. de Assis, guru de toda uma geração de escribas, chegou dia desses no Jornal do Povo e ao me cumprimentar disse: “Quero te dar um presente que sempre que você manuseá-lo vai se lembrar de mim”. Dias depois me levou o presente, mas como o elevador da Galeria Metrópole estava em manutenção ele entregou a encomenda ao porteiro, que foi pela escada levar pra mim. Era um livro autobiográfico do Barack Obama, Comecei a ler este final de semana, tem quase 800 páginas e fui lendo sem vontade de parar. Estou encantado, com a história do casal Barack-Michele e imensamente grato pelo presente, sem dúvida um dos melhores que ganhei. Com certeza  lembrarei do arquiteto das letras A.A. de Assis cada vez que passar a mão no best seller. Assim como nunca esqueci do meu amigo Samuel Veríssimo, hoje professor de Biologia da UEM, quando  trabalhava comigo na TV Cultura e me deu de presente de amigo secreto o livro “Confesso que Vivi”, de Pablo Neruda. 

Coisa de analfabeto informático

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Um probleminha de ordem operacional , talvez decorrente do analfabetismo informático do blogueiro , tem me impedido de entrar regularmente na página de postagens. Consequentemente, também não estou conseguindo ver e nem liberar os comentários. Obrigado aos leitores que me seguem, pela compreensão e sobretudo, paciência. Com a ajuda do meu filho Alexandre tento manter o blog atualizado, sempre, como diria o Baianinho Engraxate, “com aquela deficiência peculiar”. Mas, repetindo o sábio baiano de Jacobina, que Deus o tenha : “Vamo que vamo”.

O rato roeu a roda…o Ratinho rói o ensino público do PR

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Há vários tipos de crime que o político com mandato comete, mas chama a atenção das pessoas de bem e às vezes provoca repulsa, somente o furto direto do dinheiro público por meio de superfaturamento, licitações fraudulentas e a popularmente conhecida propina. Existem outros tipos de ações delituosas, os chamados crimes de lesa pátria, que pouco impacto causa, mas que são tão ou mais danosos para a sociedade como um todo.

Como chamar esse projeto do governo do Paraná, de privatizar escolas públicas, que o governador Ratinho Júnior enfiou goela abaixo do setor educacional , sem qualquer debate, sem qualquer consulta ? Não tem outro nome, é crime de lesa pátria mesmo, que precisa ser investigado. Afinal, o que está por trás de tudo isso? Preocupação com a qualidade do ensino publico certamente não é, porque se preocupação houvesse por parte do governador, ele já teria lançado mão de programas de melhoria, tanto da estrutura das escolas quanto da qualificação e melhor remuneração dos professores.

O desleixo, pelo que fica muito claro, é proposital. Primeiro sucateia tudo, joga o nível que já não era bom lá pra baixo, para justificar a entrega ao capital privado de um setor vital ao desenvolvimento do estado e do país. Incompetência para gerenciar a educação, que é um dever constitucional do Executivo, nas três escalas de poder? O que se esconde por trás desse projeto nefasto? Acho que a oposição na Assembleia Legislativa precisa cutucar essa onça, usando a vara comprida que a Constituição Cidadã de 1988 conferiu ao Ministério Público. Simples assim.

Quais dos pré serão mesmo candidatos?

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Candidaturas a prefeito de Maringá, em condições de pelo menos receber uma boa bafejada do eleitorado só tem três por enquanto. A do Silvio, a do Humberto Henrique e a do Scabora, que mesmo não sendo aquela brastemp, terá com certeza, boa estrutura financeira. Pode ser que a do Homero Marchesi também se consolide, o mesmo acontecendo com a do deputado estadual Do Carmo, embora este,  no frigir dos ovos, possa  desaparecer do cenário como ocorreu com a do Jacovós. O xadrez político de Maringá ainda não está posto e as pedras continuam bagunçadas no tabuleiro. De qualquer forma, estamos caminhando para as convenções,  quando o cenário será realmente montado.

Cadeia para a vítima

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Minha perplexidade com relação ao “PL do estupro” aumenta quando vejo que a CNBB fecha com os evangélicos fundamentalistas em torno da criminalização da vítima de estupro. O projeto de lei que visa introduzir no Código Penal uma pena maior para a mulher engravidada em estupro do que para o estuprador é uma coisa abjeta. A maioria das vítimas de estupro é de jovens e adolescentes, que podem ser violentadas e por causa disso ir parar na cadeia. Nem o Talibã agiria de forma tão perversa.