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Em nome da verdade histórica

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No momento em que Silvio Barros II diz na propaganda política do seu partido que o Novo Centro é obra do PP, necessário se faz colocar a locomotiva da história nos trilhos.  E a partir daí, “dar a Cesar o que é de Cesar”, lembrando a propósito que a retirada do pátio de manobras da área central da cidade foi obra de vários prefeitos, mas reconheça-se, principalmente de Said Ferreira, autor e executor do Projeto Ágora. Justiça se faça: tudo começou com Silvio Barros I, o primeiro a amarrar o guiso no pescoço do gato, com a viabilização do que se convencionou chamar de Transbordo de Itaipu, na saída de Maringá para Umuarama.

Said deu ao projeto de criação do Novo Centro o nome de Ágora (praça das antigas cidades gregas) e contratou ninguém menos do que Oscar Niemayer para fazer o projeto, que previa originalmente três torres espelhadas entre a Avenida Herval e a Duque de Caxias, circundadas por um belo jardim de Burle Marx. Mas essa belezura de projeto foi descaracterizada pelo prefeito que veio a seguir, dando origem ao amontoado de prédios que esse modesto escriba chamou um dia de “favela hi tech”.

Said voltou para suceder seu antecessor Ricardo Barros mas aí já era tarde, não teve como retomar o projeto do grande arquiteto, que junto com Lúcio Costa concebeu Brasília. Ricardo retirou do local a colônia de casas onde moravam funcionários da Rede Ferroviária e começou a venda dos terrenos, levando lá pra  cima o sarrafo da especulação imobiliária. Mas a obra de transformação da área central não parou. Seguiu seu curso com a volta de Said à Prefeitura. Na gestão Jairo Gianoto ganhou aquele calipígio sobre a passagem de nível da Avenida Paraná, batizado à época de “Viaduto Carla Peres”.  Veio Zé Claudio e depois João Ivo Caleffi e a avenida que viria a ser batizada de Horácio Racanello, por  indicação do saudoso Zé, teve início. Silvio concluiu a importante avenida, que rasga o centro de Maringá e vai morrer na Av. Tuiuti. Quanto ao Contorno Norte, obra recheada de senões, técnicos, éticos e estéticos, esta é outra história, que outra hora eu conto.

Anotem aí

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É bom os professores de Maringá guardarem bem o nome dos deputados estaduais daqui , que votaram a favor da privatização das escolas públicas do Estado. São eles: Delegado Jacovós, Do Carmo, Maria Vitória e Soldado Adriano José.

Tiro no pé

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A OAB defende a tese de que advogados devem andar armados. Pra que?  A arma do advogado não é a sua qualificação, seu conhecimento profundo dos Códigos Civil, Penal e da Constituição? Chega de espírito belicoso no Brasil. “Enquanto Ministério Público e juízes tiverem porte, advogados também devem ter”, defende o presidente da Ordem, Beto Simonetti. Ao invés disso, por que ele não defende o desarmamento de juízes e promotores, que devem se proteger sim, mas não com uma pistola na cinta.

É um escárnio!

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Engana-se quem imagina que o Projeto “Parceiros da Escola” visa a privatização de apenas 200 escolas públicas do Paraná. Segundo a APP Sindicato, o Projeto de Lei 345/24 abre caminho para entregar todas as escolas regulares da rede estadual à iniciativa privada. Prevê ainda, o que é extremamente grave, a ingerência das empresas na parte pedagógica.

O desabafo do grande Tadeu

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 “O pai desse governador estava desempregado em Jandaia do Sul. O governador era José Richa e eu, deputado estadual, quando o pai dele chegou humildemente ao meu gabinete. Ouvi o rosário de sofrimentos. Sensibilizei-me e pedi ao governador um cargo comissionado via Palácio para que o desvalido pai pudesse transferir-se para Curitiba em busca do pão de cada dia para ele e família.

Deferida a solicitação pelo governador, foi assim que aconteceu o início da escalada do sr. Ratinho… hoje opressor de minhas irmãs e irmãos professores que respondem pela educação pública paranaense dentro das piores condições de abandono, deprimentes salários e toda sorte de humilhações, buscando- lhes eliminar qualquer perspectiva de profissionalismo e valorização”.

. Tadeu França (professor aposentado e ex-deputado estadual e federal)

Lula socorre Milei, apesar dos pesares

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O presidente Javier Milei, um expoente da extrema direita sul-americana tem sido deseducado e grosseiro com o presidente Lula. Mas nem por isso Lula negou ajuda emergencial solicitada polo governo argentino, cujo povo sofre com falta de gás natural , o que é terrível nesse tempo de temperadoras baixíssimas, sobretudo em Buenos Aires. O presidente brasileiro determinou que a Petrobrás mandasse gás para a Argentina, porque apesar de eleger um Milei, o povo não deixa de ser merecedor da solidariedade continental. O auxílio emergencial prestado  pelo Brasil vai salvar inclusive a atividade industrial  argentina, que depende muito do gás natural para produzir. Agora, já imaginou qual seria a reação dos bolsonaristas se  tal ajuda fosse enviado para a Venezuela?

A pergunta que não quer calar

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Quem é que vai parar o carniceiro de Tel Aviv?

Essa é pacabá

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A PEC é de 2022 , tinha sido aprovada pela Câmara dos Deputados e agora está na CCJ do Senado,  tendo ninguém menos do que o senador Flávio Bolsonaro como relator. Prevê a transferência de terrenos da orla, em toda a costa brasileira,  da Marinha para a iniciativa privada. Na prática, significa a privatização do bem público chamado praia para a iniciativa privada. Ou seja, se a “Praça Castro Alves é do Povo”, a praia pode não ser mais. Tomara que também não queiram tomar o céu do Condor.

E sabe quem é que está de olho na aprovação dessa PEC? O jogador, que ultimamente não tem jogado, Neymar. Pelo que denunciou a atriz Luana Piovan, Neymar está de olho no negócio e atua praticamente como lobista da Due, que pretende transformar a costa nordestina  em “Caribe Brasileira”.

Bastava seguir conselhos dos holandeses

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Os holandeses são os maiores especialistas do mundo em controle de águas. Foi lá que surgiu a “cidade esponja” e é dos holandeses a tecnologia usada por engenheiros alemães para construir nos anos 70 aquele muro de contenção, com 60 quilômetros, que protegeria Porto Alegre das cheias do Rio Guaíba. Só que desta vez não protegeu, simplesmente por falta de manutenção. É o que se poderia chamar de desleixo criminoso dos gestores públicos, no caso o prefeito da capital gaúcha e o próprio governador.

Eu e a poesia…dos poetas que consumo

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O humorista e poeta piauiense João Cláudio Moreno costuma dizer que a poesia não é do poeta é de quem precisa dela. Neste caso, eu me sirvo da poesia  de Mário Quintana, de Vinícius de Moraes e do nosso A.A. de Assis.