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Se é o que lhe parece?

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As dúvidas  que pairam sobre o comportamento ético do governo Ratinho Júnior são tão grandes, que andam dizendo no Centro  Cívico de Curitiba o seguinte:  “Todo projeto do governo enviado à Assembleia Legislativa em regime de urgência deveria receber o seguinte carimbo logo na entrada: Aí tem!”

Fonte:  Blog do Zé Beto

O negócio é o seguinte:

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O jornalista e analista político Jamil Chade, que mora na Suíça, mas é cidadão do  mundo, adverte os líderes do campo progressista brasileiro que os sinais emitidos pelo eleitorado americano têm que ter efeito pedagógico na nossa democracia. Primeiro, os verdadeiros democratas precisam saber que o que move o eleitorado em qualquer parte do mundo  não é o patriotismo ,  mas também não é a retórica  progressista. É isto sim,  a capacidade concreta que a política precisa ter de melhorar a vida das pessoas, na educação, na saúde, na moradia e sobretudo no bolso. O governo Biden foi muito mal nesse quesito e Kamala Harris , sua vice, pagou o pato, enquanto à sólida democracia americana caberá pagar o preço.

A volta do ambiente tóxico

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Ao enfrentar Jimmy Carter em 1980 , o ator canastrão Ronald Reagan começou a virar o jogo com a pergunta direta ao eleitorado americano:  “Are you better off than four years ago?” (Você está melhor do que há quatro anos?).  Não estava, porque a inflação fugiu do controle à época e as finanças pessoais do cidadão médio iam de mal a pior. O eleitorado, então, votou com o bolso, acreditando que os quatro anos seguintes seriam melhores. A partir desse ponto de vista  Reagan colocou o trem da economia nos trilhos. Porém, aumentou de maneira absurda o déficit público ao mesmo tempo em que ao lado da primeira ministra da Inglaterra Margareth Thacher, inicou o desmonte do Estado de Bem-Estar Social,  construído no pós-guerra.

Os dois fizeram um combate sem trégua contra os sindicatos obreiros, preservando os ricos dos impostos e enfiando goela abaixo dos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, uma cartilha de redução do Estado, tirando de vez o pobre do orçamento público. E o que se vê agora com a ascensão da direita no Ocidente e sobretudo com a volta de Donald Trump à Casa Branca é a exibição desse velho  filme de horror. Com o agravante de que Trump, conforme demonstrado  na  sua primeira passagem pela Casa Branca, vai colocar toda a sua egolatria a serviço de ambientes tóxicos, lá, aqui e acolá. A nós brasileiros, a alegria incontida de Jair Bolsonaro com a vitória de Trump diz muito. E se os americanos cantarolavam já na primeira metade do século XX a canção “Deus salve a América”, do lado de cá, vamos orar: Deus salve o Brasil.

      

Assim é que é

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O bolsonarismo está exultante com a vitória de Donal Trump, soltando foguetes como se o presidente americano fosse facilitar a anistia de Jair Messias Bolsonaro para que ele dispute as eleições de 2026. A bancada direitista no Congresso Nacional via certamente articular isso, mas qualquer que seja o projeto votado pela Câmara e Senado nesse sentido será inconstitucional e não passará pelo crivo do Supremo. Mas  a pressão será muito grande.

O momento de euforia deve passar, quando os bolsonaristas perceberem que Trump não fará tanto empenho assim pela volta de Bolsonaro à disputa eleitoral, porque apesar do projeto global de expansão da direita que ele representa, as demandas dos americanos que o reconduziram à Casa Branca , lhe ocuparão todo o seu tempo. A preocupação maior de Trump atende pelo nome de China. E desde já, os Estados Unidos devem ficar de orelha em pé, porque Xi Jinping não brinca em serviço.

O governo chinês deve fortalecer ainda mais os Brics e a China, aumentar sua influência no mundo, hoje na condição de segunda maior potência do planeta, com perspectiva de chegar a desbancar Tio Sam. Quanto ao Brasil, Lula não terá moleza com Trump e por isso, também investirá tudo e mais um pouco nos Brics, tentando fortalecer o Mercosul, porque o enfrentamento do poderio da direita global terá que ser feito, não com o fígado, mas com a inteligência. Assim é que é.

God Bless America

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Kamala x Trump. A disputa é a mais acirrada dos últimos tempos. Há quem diga que é de todos os tempos. Uma coisa é certa: nunca uma eleição na maior potência do mundo causou tanta apreensão no Planeta como esta. Os verdadeiros democratas, aqueles que têm apreço pela civilidade, podem não ter nenhuma simpatia por Kamala, mas certamente temem o bravateiro Trump, que já começa assustar pela sua própria biografia. No Brasil, onde recentemente tivemos um protótipo de Donald Trump no Palácio do Planalto, a extrema-direita se assanha, achando que uma vitória do republicano injetaria gás no dirigível bolsonarista.

A preocupação é legítima e a prudência, sobretudo do presidente da república, é mais do que necessária nessa hora. Lula deitou falação sobre Trump e expressou publicamente sua simpatia pela democrata. Se o Partido Republicano voltar à Casa Branca com o atrabiliário de Queens, a democracia nos países periféricos estará ameaçada. Lá mesmo nos EUA, há milhões de americanos cantarolando “God Bless America” (Deus Salve a América). E claro, fazendo figa.

Dino barra livro homofóbico

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Quem detectou a existência de homofobia e  discriminação contra grupos minoritários no livro sobre Direito  foram acadêmicos da Universidade Estadual de Londrina. Eles denunciaram o fato ao Ministério Público Federal  e o MPF acionou o TRF-4, que recusou o pedido de retirada do livro de circulação. Os promotores recorreram ao STF e o ministro Flávio Dino acolheu a denúncia.

Todo cuidado é pouco

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As instituições brasileiras, principalmente o Supremo Tribunal Federal,  precisam ficar em alerta porque uma vitória de Donald Trump nos Estados Unidos injeta comichão no bolsonarismo, que pode reacender a chama do golpismo apagada temporariamente pela caneta do Alexandre de Moraes.

Deus salve a América

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 Donald Trump disse hoje em comício na Pensilvânia que “não deveria ter deixado a Casa Branca após a eleição de 2020”  e que até hoje não reconhece a vitória de Biden. Isso deixa claro que ele comandou a invasão do Capitólio, tão claro quanto a mão de Bolsonaro na destruição das sedes dos três podres no Brasil em 8 de janeiro de 2023.

Sobre a saudade

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Esta saudade no chão tem folha, flor e raiz

E essa saudade da gente  não deixa a gente feliz

Pior é pra quem é mudo que tem saudade e não diz

. Leonardo Bastião (repentista do sertão pernambucano)

Que a indiferença do eleitor sirva de lição

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Impressionante, mas o povo anda muito arredio com os políticos. Isso se expressa nos índices de abstenção, votos brancos e nulos nas eleições desse ano, sobretudo no segundo turno. Praticamente um terço dos eleitores ignorou o pleito, não votando em absolutamente ninguém. A título de ilustração e comprovação desse fato, eis alguns números:

Brancos, nulos e abstenção:

São Paulo: 38,67%, Londrina: 36,15%, Curitiba: 35,29%, Porto Alegre: 39,76%.