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Como era e como passou a ser…

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Por duas décadas pelo menos PT e PSDB  rivalizaram e se alternaram no poder. De um lado e de outro era oposição ácida, embates duros. Mas nunca, em nenhum momento, o debate deixou de ser republicano. Com a chegada de Bolsonaro ao topo da política nacional, não houve mais debate político, o Brasil passou a viver uma era de baixaria e da delinquência intelectual.

10 anos sem esse mentiroso genial

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Este mês faz 10 anos que Gabriel Garcia Marquez desencarnou, foi para sua Macondo. Eric Nepomuceno, um dos grandes amigos do autor de Cem Anos de Solidão, diz que Garcia mentia muito e fazia todo mundo acreditar nas suas mentiras. Mas que fique claro: as mentiras tinham a ver com o seu realismo fantástico , com a montagem de cenários imaginários , ou como diria Zeca de Tataínha , “as tar rialiidade empírica de um tar universo onírico”. Quer saber ? Quem dera o mundo estivesse cheio de mentirosos feito Gabo.

Simples assim

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Ora, se a falta de regulamentação das redes sociais prejudica a democracia brasileira, facilitando  ataques constantes  às instituições, principalmente ao STF, é fácil entender o encantamento de Arthur Lira e Jair Bolsonaro por Elon Musk.

Bandido bom é bandido preso, né deputado?

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Justiça seja feita: os dois representantes de Maringá atualmente na Câmara Federal (Sargento Fahur e Luiz Nishimori) votaram pela manutenção de Chiquinho Brasão na cadeia. Chega  quase à metade os parlamentares que votaram pela soltura do mandante do assassinato de Mariele Franco. Esses, na interpretação do colunista Josias de Souza, do UOL, abraçaram o crime organizado. Pelo menos nesse caso, o do bigode, considerou o fato de que bandido bom tem que ficar na prisão e não no cemitério.

O sábio da floresta

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“Um povo sem cultura não tem o que dizer.” “Predar uns aos outros é uma vocação primitiva do [Homo] sapiens, de querer levar vantagem, ganhar tempo, ganhar alguma coisa.” “O sapiens predador não é um dinossauro. Ele é um sujeito simpático, gentil, que vai à praia, gosta de sorvete, de açaí com granola. Mas não pode disfarçar sua vocação predatória.”

. Ailton Krenak , primeiro índio na história a fazer parte da Academia Brasileira de Letras

A lei do 30

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Reza a lenda política no Paraná que, filiado à Arena, Horácio Vargas quase se deu mal ao apoiar o candidato do MDB à prefeitura de Ponta Grossa, em 1976. O partido se reuniu para expulsá-lo, mas na hora agá ele nem sequer foi admoestado. “Você tinha muito apoio?”, quis saber um repórter, intrigado. O político respondeu secamente: “38.” O repórter: “Votos?” Ele esclareceu: “38 cano longo, carga dupla…

. Claudio Humberto (Poder sem Poder)

Apenas um “até breve”

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A ação contra o PL pelo descumprimento da cota feminina nas eleições proporcionais de 2020 não logrou êxito na primeira e nem na segunda instância da Justiça Eleitoral. Isso deixou o vereador Manoel Sobrinho tranquilo, relaxado. Mas quando o processo foi analisado monocraticamente no TSE pela ministra Carmem Lúcia, o PL perdeu a sua cadeira na Câmara Municipal de Maringá e já no último ano da atual legislatura , Sobrinho perdeu seu mandato. Agora no PSDB, o potiguara vai pra disputa em outubro, com chances reais de voltar ao poder legislativo maringaense em 2025, beneficiado pela popularidade que sempre teve e pelo aumento para 23 do número de cadeiras. “Me despedi da Câmara na sessão de hoje, mas não disse adeus, apenas um até breve” , comentou, quando o encontrei pontem à tarde caminhando pela Rua Néo Martins.

O cagadaço continua

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O TRE do Paraná manteve o mandato do senador Sérgio Moro, por 5 a 2, mas tanto a coligação de partidos de esquerda que entrou com uma das ações quanto o Ministério Público Eleitoral irão recorrer da sentença junto ao TSE. Moro saiu sorridente do Tribunal Regional Eleitoral, o que é absolutamente natural. Mas com certeza está preocupado, porque basta lembrar que por motivos correlatos, o mesmo tribunal absolveu o ex-deputado federal Deltan Dallgnol por 7 a 0 e o pleno do TSE cassou o mandado dele por unanimidade. Como diria o Gaúcho da Fronteira: “O cagadaço vem de Brasília”.

Imunidade ou impunidade ?

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A Câmara dos Deputados pode, centro das quatro linhas, anular a ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre Moraes contra Toninho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Mariele Franco. De acordo com o portal UOL, PP e União  Brasil  vão liberar suas bancadas para votar pela liberdade do deputado, o que significa abrir caminho para a nivelar imunidade parlamentar a impunidade do parlamentar. O mais grave de tudo isso é que a maioria direitista do Congresso Nacional segue sua marcha para enfraquecer a suprema corte, que bem ou mal, é um dos pilares da democracia.

Alho é alho, bugalho é bugalho

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Elon Musk continua vociferando contra as decisões do ministro Alexandre de Moraes e desafiando o Supremo Tribunal Federal , com promessa de não obedecer as ordens de suspensão de perfis  criminosos de sua plataforma, o X, antigo twitter. É uma clara afronta à soberania nacional do Brasil, que a ultradireita bolsonarista comemora como se Musk tivesse marcado um golaço para o time. Se há um culpado nessa história é o parlamento que há cinco anos engaveta o projeto do marco regulatório da Internet. Sem uma lei que regulamente as redes sociais, o Brasil continua permitindo que criminosos contumazes confundam liberdade de expressão com delinquência. E dessa forma, leva milhões de pessoas a confundirem alho com bugalho