O Senado aprovou com folga em dois turnos a PEC da transição, que dará ao novo governo folga orçamentária para cumprir os compromissos sociais mais urgentes assumidos por Lula na campanha, caso específico do Bolsa Família. Na Câmara Federal o centrão ameaça trabalhar pela rejeição caso o STF declare inconstitucional o orçamento secreto. E desde já, tenta chantagear o novo governo para incluir as imorais emendas do relator na Proposta de Emenda Constitucional, que ainda precisa passar pelo crivo dos deputados.
Um dos artífices da resistência, que também pode ser chamada de chantagem, atende pelo nome de Ricardo José Magalhães Barros, autodenominado político de resultados. Concordo que temos um presidencialismo de coalizão e isso e salutar. Mas o presidencialismo que o centrão tenta impor ao país é uma espécie de presidencialismo de extorsão.
A propósito, centrão e coalizão são palavras que podem dar rima rica. Mas no caso em questão, o que temos é uma trova com rima suja.