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Messias

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Na lógica da pedagogia do caos

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“O mercado está cada vez menos interessado no diploma, a graduação tem cada vez menos relevância, pois a competência é que o mercado realmente considera relevante. O que o mercado quer saber é quais são suas habilidades, se o bom funcionário se comunica bem, em Português e em outras línguas, se ele sabe interagir bem com o público alvo da empresa. E esse o profissional que o mercado quer e não está nem aí para o diploma superior”.

Tal conceito, emitido em palestra do  governador de São Paulo e presidenciável Tarcísio de Freitas, que viralizou na internet, é manifestação grave de um gestor público de grande relevância contra o ensino superior.  Ele é um dos defensores da militarização da escola pública de nível médio. Faz parceria com Ratinho Júnior, do Paraná, outro presidenciável, que demonstra total desapreço pela escola pública.

Para o governador do Paraná, a privatização é a solução mágica para a melhora do ensino no país. Isso revela, de pronto, a insensibilidade e a incompetência do governador para melhorar o ensino público estadual, que é sua atribuição. O pano de fundo desse discurso hipócrita é a educação como mercadoria e com objetivo claro, do lucro. Tal projeto  que jogaria no chão o nível do ensino no estado, barrando o acesso de crianças e adolescente pobres a uma educação de qualidade , tem o objetivo claro e cristalino de segregar e estratificar o sistema educacional, tudo dentro da lógica da pedagogia do caos.

Ele quer por azeitona na empada das Orcrins

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O porta-voz da direita tarcisista na Câmara Federal, que o presidente Hugo Marmota indicou como relator do PL das facções, quer tirar poder da Polícia Federal investigar organizações criminosas. Desde quando a PF precisou pedir autorização de governadores para trabalhar nos estados? Ninguém, com um mínimo de bom senso, deixa de reconhecer a eficácia e a seriedade da PF, que está cada vez mais estruturada e preparada para combater o narcotráfico no Brasil. A tentativa de desfiguração do Projeto de Lei costurado pelo ex-ministro do STF e agora ministro da Justiça, Ricardo Lewandovsk, é um acinte. E a leitura que vários juristas sérios vem fazendo é que o deputado Guilherme Derritte, ex-braço direito do governador paulista Tarcísio de Freitas, quer na verdade é dar um presente às Orcrins. Paralelamente a isso, pretende implementar um sistema de proteção a lideranças políticas envolvidas com ilícitos, até como forma de reativar a PEC da bandidagem enterrada pelo Senado.

Acredite se quiser

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Minha nossa senhora ! O que negacionistas disseram sobre o tornado que destruiu Rio Bonito do Iguaçu, matou 7 pessoas e feriu mais de 700, chega a ser criminoso. O Brasil inteiro ficou chocado com a destruição da pequena cidade paranaense, mas ultradireitistas  e negacionistas passaram de todos os limites de ignorância possíveis. Nas redes sociais chegaram ao desplante de afirmar: “Para cobrir o fracasso da COP, o Nine mandou seus lacaios criarem vídeos de IA para produzir uma catástrofe no Paraná. Ninguém acredita mais em vocês, idiotas!!!”.

 Acha pouco? Então leia mais heresias:  “Videozinho de AI muito dos mal feitos!!! Não adianta mesmo né, a MENTIRA está no DNA de vocês. Vocês são doentes (…) Essa historinha de aquecimento global é papinho de regimes socialistas + comunistas para continuarem tirando dinheiro do povo, para encherem os próprios bolsos, viverem na riqueza enquanto o povo ignorante intelectual (assim como você) continuam sustentando esses corruptos e bandidos”.

Para essas figuras abjetas,catástrofes pouco importam, mortes  como as de agora em Rio Bonito não lhes comovem e muito menos preocupa o futuro do  país, do continente e do planeta. Para eles, afinal, a terra é plana e a dor alheia é problema de cada um. Êta gente pavorosa , sô!

Moro ainda na mira do TSE

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A Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) continua acreditando na cassação do mandato de Sérgio Moro, do Uniao Brasil que, ao se fundir com o PP virou UP. O processo segue no Tribunal Superior Eleitoral, em fase de embargos de declaração. A acusação é de abuso do poder econômico no pleto de 2022, quando o ex-juiz se elegeu senador.

Palanque regado a sangue

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São Judas Tadeu, primo de Cristo e um dos doze apóstolos, santo das causas impossíveis, é celebrado no final de outubro, com missas e quermesses de bolos. Este ano, no Rio, o início dos festejos, em 28 de outubro, coincidiu com preces para que o santo contemplasse o desespero da cidade, testemunha de um espetáculo de sangue anticristão, ofensivo a São Judas e às romarias para Nossa Senhora da Penha. “Botei o Lula na lona”, saltitou depois o governado Cláudio Castro, com seus índices de aprovação. Em missa na Barra, fariseus o aplaudiram.

    . Muniz Sodré, na Folha de São Paulo

Gratidão à moda Ratinho

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O jornalista Ney Inácio, com quem trabalhei na TV Cultura de Maringá, foi durante anos, repórter especial do Ratinho no SBT. Fez grandes matérias, dando uma certa grife ao programa que era (e continua sendo) pura baixaria. Não faz muito tempo, Ney descobriu que estava com câncer. Foi conversar com patrão, que dizia gostar bastante dele, para comunicar o seu drama pessoal, esperando solidariedade. Recebeu, mas a demissão sumária, sem direito a nada. Isso, não sem antes ser zombado pelo apresentador.

O macaco tá certo

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E o meme do dia: a foto do Bolsonaro com os quatro filhos. “Cada filho do Bolsonaro é um pedaço da personalidade dele: Flávio, a malandragem. Dudu Bananina, a arrogância. Carluxo, a loucura. E Jair Renan, a burrice!”. (José ‘Macaco’ Simão)

Privatização na mira do STF

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A lei  22.188/2024, aprovada pela Assembleia Legislativa , desrespeita o direito fundamental do cidadão paranaense ao sigilo de seus dados pessoais. Isso porque, ao privatizar a Celepar ((Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) o governo Ratinho Júnior pretende entrega a empresas privadas, que podem inclusive ser multinacionais, informações sigilosas de milhões de paranaenses. O ministro do STF, Flávio Dino, acolheu uma ação direta de inconstitucionalidade da lei da privatização, que ele deve remeter a apreciação do plenário da mais alta corte de justiça do país.

Lei antiterrorismo? Pára, ô!!!

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 Não sou jurista, não navego nas águas do direito e portanto , sou  leigo na matéria. Mas como interessado em questões relevantes do país, ouço, leio e pesquiso sobre o combate ao crime organizado, que só poderá ser eficaz, segundo especialistas, se for feito com inteligência, sufocando as facções pela via financeira e, claro, pela prisão dos cabeças, porém sem a carnificina registrada nos morros do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

Lendo um texto do ex-desembargador e analista Walter  Maierovitch, compreendi que, enquadrar o narcotráfico numa lei antiterrorismo é descabido, posto que o país fica na mira de interventores internacionais, caso dos Estados Unidos de Trump, que só espera uma brecha, por mínima que seja, para cantar de galo aqui dentro e usando o narcotráfico como pretexto, tomar de assalto nossos minerais críticos, principalmente o Terras Raras.

 A proposta do governo federal é o endurecimento da legislação e a unificação das forças de segurança do país, da Polícia Federal às guardes municipais, para combater as facções com mais eficácia. Sem ações coordenadas, com estratégia e não com truculência, a violência não para de crescer e as Orcrins, de se agigantar. Esse é um debate que precisa ser travado sem viés ideológico, porque o Brasil clama por paz e mais segurança. O que o governador Claudio Castro fez no Rio não foi ação de combate ao crime, foi institucionalizar a matança. Com que propósito? Até as lagartixas do Pão de Açúcar sabem.

Governadores celebram massacre

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A Operação Carbono Oculto da Polícia Federal prendeu muito mais indivíduos envolvidos com o tráfico, apreendeu maior  número de armas e impôs ao PCC prejuízo de bilhões. E tudo sem derramamento de sangue. No caso do Rio, morreram bandidos, policiais e alguns jovens inocentes, trabalhadores que, por serem pretos, estarem mal vestidos e correrem quando ouviram os pipocos, acabaram sendo fuzilados. O deputado e pastor Otoni de Paula, confessadamente de direita, denunciou a execução de quatro fiéis da sua igreja, “todos jovens de bem, trabalhadores e que jamais tiveram envolvimento com o crime”.

Mas o governador Claudio Castro celebrou o massacre, com o aplauso da extrema-direita na Câmara Federal e o apoio incondicional dos governadores de Goiás, Minas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e pasmem, São Paulo. O encontro entre eles, realizado no Palácio Guanabara foi uma celebração da violência praticada pelo Estado, declaradamente incapaz de garantir segurança a sua população.