E o meme do dia: a foto do Bolsonaro com os quatro filhos. “Cada filho do Bolsonaro é um pedaço da personalidade dele: Flávio, a malandragem. Dudu Bananina, a arrogância. Carluxo, a loucura. E Jair Renan, a burrice!”. (José ‘Macaco’ Simão)
Messias
Privatização na mira do STF
A lei 22.188/2024, aprovada pela Assembleia Legislativa , desrespeita o direito fundamental do cidadão paranaense ao sigilo de seus dados pessoais. Isso porque, ao privatizar a Celepar ((Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) o governo Ratinho Júnior pretende entrega a empresas privadas, que podem inclusive ser multinacionais, informações sigilosas de milhões de paranaenses. O ministro do STF, Flávio Dino, acolheu uma ação direta de inconstitucionalidade da lei da privatização, que ele deve remeter a apreciação do plenário da mais alta corte de justiça do país.

Lei antiterrorismo? Pára, ô!!!
Não sou jurista, não navego nas águas do direito e portanto , sou leigo na matéria. Mas como interessado em questões relevantes do país, ouço, leio e pesquiso sobre o combate ao crime organizado, que só poderá ser eficaz, segundo especialistas, se for feito com inteligência, sufocando as facções pela via financeira e, claro, pela prisão dos cabeças, porém sem a carnificina registrada nos morros do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
Lendo um texto do ex-desembargador e analista Walter Maierovitch, compreendi que, enquadrar o narcotráfico numa lei antiterrorismo é descabido, posto que o país fica na mira de interventores internacionais, caso dos Estados Unidos de Trump, que só espera uma brecha, por mínima que seja, para cantar de galo aqui dentro e usando o narcotráfico como pretexto, tomar de assalto nossos minerais críticos, principalmente o Terras Raras.
A proposta do governo federal é o endurecimento da legislação e a unificação das forças de segurança do país, da Polícia Federal às guardes municipais, para combater as facções com mais eficácia. Sem ações coordenadas, com estratégia e não com truculência, a violência não para de crescer e as Orcrins, de se agigantar. Esse é um debate que precisa ser travado sem viés ideológico, porque o Brasil clama por paz e mais segurança. O que o governador Claudio Castro fez no Rio não foi ação de combate ao crime, foi institucionalizar a matança. Com que propósito? Até as lagartixas do Pão de Açúcar sabem.
Governadores celebram massacre
A Operação Carbono Oculto da Polícia Federal prendeu muito mais indivíduos envolvidos com o tráfico, apreendeu maior número de armas e impôs ao PCC prejuízo de bilhões. E tudo sem derramamento de sangue. No caso do Rio, morreram bandidos, policiais e alguns jovens inocentes, trabalhadores que, por serem pretos, estarem mal vestidos e correrem quando ouviram os pipocos, acabaram sendo fuzilados. O deputado e pastor Otoni de Paula, confessadamente de direita, denunciou a execução de quatro fiéis da sua igreja, “todos jovens de bem, trabalhadores e que jamais tiveram envolvimento com o crime”.
Mas o governador Claudio Castro celebrou o massacre, com o aplauso da extrema-direita na Câmara Federal e o apoio incondicional dos governadores de Goiás, Minas, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e pasmem, São Paulo. O encontro entre eles, realizado no Palácio Guanabara foi uma celebração da violência praticada pelo Estado, declaradamente incapaz de garantir segurança a sua população.

Em nome da civilidade
A missa pelos 50 anos da morte do jornalista Vladmir Herzog na Catedral da Sé foi de uma simbologia muito forte. Deixou claro o recado da democracia aos que ela menosprezam. Lá estavam jornalistas, intelectuais, líderes religiosos, lideranças politicas e até o presidente da república em exercício, Geraldo Alckmin. Mas não apareceram o governador e o prefeito de São Paulo.
No caso específico de Tarcisio de Freitas, fica claro que temos um pré-candidato a presidência da república, que prefere se distanciar da luta democrática, saudosista que é do regime militar, período de trevas, de prisões ilegais, de tortura e assassinatos cometidos pelo estado.
Outro detalhe a ser considerado nesta cerimônio religiosa, conforme apontado pelo jornalista Juca Kfoury : “ Vlado, como se sabe, era judeu, mas nem a Conib nem a Federação Israelita de São Paulo mandaram representantes ao ato, assim como foram eloquentes as ausências do governador de São Paulo e do prefeito do capital, como se não coubessem em cerimônia contra a tortura, pela democracia e pela paz”.
Tarcísio de Freitas segue a cartilha de Jair Bolsonaro, devoto do coronal Carlos Alberto Brilhante Ustra, classificado por um cientista da Unicamp por ele torturado, de “verdadeira degeneração humana”.

Pelé eterno
Edson Arantes do Nascimento completaria 85 anos no último dia 23 e quando o assunto é futebol, Pelé dispensa qualquer comentário. Mas de tudo que li sobre a efeméride do rei, ninguém foi mais preciso do que o também grande craque da pelota Tostão, ao falar sobre o clichê de que que “a bola procura o craque”. Não necessariamente com essas palavras, Tostão se referiu a Pelé como o jogador que sempre sabia aonde a bola iria chegar e chagava antes, para dominá-la e tratá-la com o carinho que justificava a sua coroa de rei.

OS MELHORES
ECONOMISTA COLOCA GETÚLIO VARGAS COMO O MELHOR PRESIDENTE DO BRASIL. LULA É O SEGUNDO
O economista e escritor Paulo Nogueira Batista Júnior, uma das melhores cabeças que o Brasil tem quando o assunto é finanças públicas, fez recentemente uma espécie de ranking dos melhores presidentes da história do Brasil. Com argumentação convincente, coloca o general Ernesto Geisel em quarto lugar, atrás de Juscelino Kubitschek, o terceiro. Lula fica em segundo e Getúlio Vargas, o mais popular e querido do povo. Confesso que fiquei meio perplexo com a citação de Geisel, mas realmente temos que considerar que o penúltimo general a governar o país na ditadura militar, teve papel fundamental na abertura, sufocando duas rebeliões dentro do Exército, voltada para o endurecimento, nos moldes Emílio Garrastazu Médici. Geisel era enaltecido até pelo grande cineasta Glauber Rocha, que no programa Abertura, da TV Tupi, atribuía ao penúltimo general-presidente o passo inicial para o processo de redemocratização do país.
Batista coloca Getúlio Vargas como o maior e mais querido presidente brasileiro, a partir da constatação histórica dos avanços sociais que ele promoveu, nas duas fases em que esteve no poder, a primeira como ditador e a segunda como presidente eleito, quatro anos após ser apeado do poder por um golpe de estado. Quando retornou ao Palácio do Catete pelo voto, Getúlio deu seguimento a sua agenda social, inclusive com o fortalecimento dos sindicatos obreiros, o que a direita, liderada por Carlos Lacerda, não engolia de jeito nenhum. A pressão foi tão grande, que em 1954, Vargas se matou com um tiro no peito, deixando a carta testamento e eternizando a frase “Saio da vida para entrar na história”. Lula, conforme Nogueira Batista, promoveu avanços sociais significativos no Brasil, principalmente nos seus primeiros dois mandados (2003/2010). E se Getúlio deixou a hidrelétrica de Paulo Afonso como grande obra física e JK deixou Brasília, Lula teve a ousadia de tirar do papel a transposição do Rio São Francisco e o Pre-Sal, que tornou nosso país autossuficiente em petróleo.
Em síntese, o economista e escritor mineiro, lembra que “ a direita brasileira só conseguiu vencer eleições presidenciais quando apelou para figuras exóticas e destrambelhadas, porém carismáticas – Jânio Quadros em 1960, Fernando Collor em 1989 e Jair Bolsonaro em 2018”.

Pesquisa brochante para a direita
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, trabalha com a possibilidade (real, diga-se de passagem) de ser o Plano B da direita para as eleições presidenciais do ano que vem. Mas uma pesquisa do instituto Atlas Intel o coloca atrás do fanfarrão Ronaldo Caiado, governador de Goiás e na frente apenas do governador de Minas, Romeu Zema. O nome que melhor representa o neofascismo no atual momento é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que mesmo fazendo uma lambança atrás da outra, tem 30,4%, com os concorrentes internos Caiado, Rainho e Zema, nem aparecendo no retrovisor – 6%, 3% e 2,5% respectivamente. Nesse cenário , Lula vence no primeiro turno com 51,3%.

Pode ser ela…
Aumenta a pressão para que Lula indique uma mulher para a vaga de Barroso no STF. O candidato do presidente é o advogado geral da União Jorge Messias, mas se prevalecer a tese de que o momento é de uma ministra, a paranaense Gleisi Hoffmann estará bem na fita. Gleisi, que já foi senadora, deputada e atualmente ministra das Relações Institucionais, é advogada de formação e segundo quem a conhece bem, possui elevado saber jurídico.

Um juiz no olho do furacão
Uns acham que pode ser armada, outros acreditam ser verdadeira a cleptomania do juiz federal Eduardo Appio, suspeito de furtar duas garrafas de champanhe em um supermercado de Blumenau, Santa Catarina. O TRF4 abriu apuração, com base em boletim de ocorrência registrada pela direção do estabelecimento comercial. Seriam duas garrafas de Moet Chandon, que custa R$ 540,00 cada. Só pra lembrar, Appio substituiu Sérgio Moto na 13ª Vara Federal de Curitiba e ajudou a enterrar a Lava Jato. Moro , por óbvio, deve estar torcendo para que o furto seja verdadeiro.
