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Messias

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Um livro necessário

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Pode não ser regra mas é difícil acreditar que  a PM do Rio de Janeiro seja exceção. Em seu novo livro “Oficiais do Crime”, o jornalista Sérgio Ramalho coloca uma questão crucial, além de inquietante: a de que os novos policiais militares que ingressam na corporação, aprendem como lição número 1, cumprir as ordens dos seus superiores e não a lei.  Um militar que o autor entrevistou disse que “a perversão começa na formação do policial” e para este oficial, identificado como Sargento Silva, “ser desonesto é um grande negócio”.

O livro não deve ser objeto de repulsa das cúpulas da PM em todos os estados, mas de reflexão, para que a respeitável e indispensável instituição encare  com serenidade o desafio de corrigir rumos, invertendo a lógica dos pequenos obedecer os grandes sem atentar para as leis vigentes.

Com a palavra, o senhor da razão…

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Nada contra Fernando Brambilla, que foi prefeito por três vezes de Santa Fé, mas ao que se sabe, nunca exerceu o magistério e nem possui qualquer tipo de especialização na área educacional. Não se trata aqui de questionar a competência do filho de Pedro, por quem, aliás, tenho grande estima, mas de saber que a Educação é uma área mais complexa e sensível da administração pública municipal e que, portanto, exige em seu comando, alguém que conheça do riscado. Fernando é advogado de formação, deve ter sido um bom prefeito, porque não fosse assim, não teria sido eleito três vezes. Mas esse portfólio não é credencial para a pasta que ocupará por nomeação do prefeito eleito de Maringá, Silvio Magalhães Barros II. Silvio,  vê em Fernando uma “Experiência Inovadora”. Com toda sinceridade: torço para estar enganado e não terei nenhuma dificuldade de reconhecer lá na frente que me equivoquei. O tempo, já dizia outro Fernando, o Collor, é senhor da razão.

Não confundir SUSP com SUP

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A antropóloga Jacqueline Muniz, especialista em segurança pública, adverte: é preciso cuidado para que a PEC proposta pelo presidente Lula, de unificação das forças de segurança do país, não deixe de criar o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) para criar o SUP (Sistema Único Policial). O SUP, segundo Muniz, “aumenta a já grave ingovernabilidade dos meios de força, ampliando o poder de polícia e sua autonomização”. Ou seja, aumentar o poder de polícia no país não é o mesmo que melhorar as condições de combate ao crime, que tem que ter, ao fim e ao cabo, mais investimento na inteligência nas policias Federal, Rodoviária, Civil, Militar e Guardas Civis Municipais, de tal forma que o  SUSP ( e não SUP)  atue na desmontagem das Orcrins, prevenindo ações criminosas e inibindo a cooptação de jovens pelo tráfico, por exemplo.

 Resumo da ópera: “ Em democracias, não se amplia âmbitos e alcances de mandatos policiais sem a delimitação de seus contornos políticos-normativos e procedimentais de atuação e sem o consentimento da sociedade policiada. É a sociedade a proprietária do poder de polícia cuja administração é concedida ao Estado”.  Portanto, ao elaborar a PEC, o governo federal e os governadores precisam atentar para esse detalhe.

Arthur, o gênio genioso

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Arthur Moreira Lima era um gênio do piano, instrumento que começou a tocar aos 8 anos de idade. Como todo gênio, ele era genioso e tinha tolerância zero com barulhos extras , sobretudo quando executava obras dificílimas como  “Estudo transcendental n. 10” de Franz Liszt. Dando certa feita um concerto em Maringá ele se levantou e saiu do palco quando uma criança começou a chorar no colo da mãe. O menino queria mamar e a mãe, percebendo e irritação do pianista, saiu pra fora com o bebê. O silêncio sepulcral trouxe Lima de volta ao parco e o espetáculo continuou, com a criança já amamentada e calada, só escutando. Viva rei Arthur, que agora deve estar no céu mandando ver na Sinfonia número 5, de Beethoven.

Então é assim que se preocupa com a segurança, governador?

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A segurança pública, todo mundo sabe, é responsabilidade dos estados e com a criação das guardas civis municipais, passou a ser também dos municípios. Mas a violência está só que cresce, o crime organizado toma conta do país, se imiscuindo até no setor empresarial, como em empresas de ônibus e postos de combustíveis. O problema é sério e o avanço  das Orcrins precisa ser contido. Por isso o presidente Lula convocou uma reunião com os governadores para propor a consolidação de um sistema único de segurança pública, que passaria a operar de forma compartilhada pelos ente federativos.  

Gostem ou não do Lula, tenham os governadores divergências políticas e ideológicas com Lula ou não, o fato é que a iniciativa foi brilhante e a proposta mais do que oportuna. Porém, alguns governadores de direita, e dois de extrema-direita, como o de Minas e o de Santa Catarina, cagaram para o convite do Palácio do Planalto para a reunião, desrespeitando não o presidente, mas o povo de seus estados. Entre os ausentes está Ratinho Júnior, do Paraná. É assim que pretende  resolver o problema da segurança  no estado que governa, mister Ratinho? Que posição mais vergonhosa, né não, senhor de todos os queijos?

Terá espaço?

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Um leitor comenta em pitaco aqui no blog que “nessas eleições surgiu uma menina de grande futuro político, que vai longe”.  Ele se refere à advogada Palomara Silva, que foi vice do Humberto Henrique na disputa pela prefeitura de Maringá. Ele parece sentir-se incomodado com as evidências de que o presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri, trabalha pera a campanha do irmão Mario para deputado estadual.  A questão é: o PT maringaense não sai do domínio dos irmãos Verri assim como o PP é manobrado pelos Barros, Ricardo sempre à frente.

100 anos da Coluna Prestes

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Não, a Coluna Prestes não foi um movimento militarista, apesar de que seus principais líderes, como o próprio Luís Carlos Prestes, serem militares de baixa patente.  Tudo começou com a insatisfação com o governo oligárquico de Artur Bernardes na década de 20. A grande marcha, a maior da história da humanidade, teve início em 1924 e foi até 1927. Em dois anos e meio de caminhada, a coluna composta por 1.500 homens percorreu 25 mil quilômetros, atravessando 13 estados brasileiros. No percurso, os comandados de prestes e Miguel Costa  iam conquistando simpatia e adesões, inclusive de mulheres, que chegaram a combater ao lado dos revoltosos. A raiz da coluna, claro, está no movimento tenentista, cujo ponto de partida foi o Levante do Forte de Copacabana, em 1922.

A nova esquerda

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A eleição presidencial no Uruguai não foi decidida no último domingo. Ficou para 24 de novembro. Mas o candidato de Pepe Mujica saiu disparado na frente, com 43,9% contra 26,7% do direitista Álvaro Delgado, apoiado pelo atual presidente Luís Lacalle. O professor de história Yamandú Orsi está com a mão na taça. Se eleito, será um dos líderes da nova esquerda sul-americana.

É bem isso

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“Por que uma pessoa pega o dinheiro do Bolsa Família e aposta nas bets? Porque é pobre e não quer mais ser. E não há uma forma racional de conseguir isso. Então vai para a magia. Foi o que restou para ela. Pablo Marçal, bets, é a mesma coisa”. (Jessé Souza, sociólogo e escritor)

Cagado de arara

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Que azar teve o Vinícius Jr. Os especialistas indicados para escolher o melhor jogador do ano não viram os jogos dele no Real Madrid, apenas os da Seleção Brasileira.