Pode não ser regra mas é difícil acreditar que a PM do Rio de Janeiro seja exceção. Em seu novo livro “Oficiais do Crime”, o jornalista Sérgio Ramalho coloca uma questão crucial, além de inquietante: a de que os novos policiais militares que ingressam na corporação, aprendem como lição número 1, cumprir as ordens dos seus superiores e não a lei. Um militar que o autor entrevistou disse que “a perversão começa na formação do policial” e para este oficial, identificado como Sargento Silva, “ser desonesto é um grande negócio”.
O livro não deve ser objeto de repulsa das cúpulas da PM em todos os estados, mas de reflexão, para que a respeitável e indispensável instituição encare com serenidade o desafio de corrigir rumos, invertendo a lógica dos pequenos obedecer os grandes sem atentar para as leis vigentes.