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Messias

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Privatização. Eis aí o busílis

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“O tempo total de reparo de quedas de energia em São Paulo aumentou 125,6% desde que a Enel assumiu a distribuição de eletricidade na capital, em 2018 até 2023” . É o que aponta matéria do portal UOL (Folha de São Paulo). A questão é essa: privatização de estatais que são estratégicas para o desenvolvimento e a soberania de um município, de um estado e do país. Essa realidade já começou a ser sentida no Paraná onde a outrora eficaz Copel, também aumentou o tempo de reparo de sua rede de distribuição de energia em casos de apagão.

Lembrando Tim Maia

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“No Brasil prostituta goza, cafetão sente ciúmes, traficante cheira e pobre vota na direita”

Darcy, mais atual do que nunca

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O Brasil tem uma classe dominante infecunda que não produz nada de bom para o país, a não ser concentração de renda perversa e criação de mecanismos que impeçam o nosso desenvolvimento social e cultural.. Neste sentido, temos que considerar que os militares brasileiros, que tem uma função constitucional muito importante,, serviram de instrumento para jogar o país em um túnel escuro que durou 21 anos.

. Darci Ribeiro, em um programa Roda Viva de 1988

Passados 36 anos dessa reflexão , constata-se que a coisa piorou. Nossas elites estão mais infecundas, e infecunda também está a classe média e o espectro político. Lembrando, a propósito do espectro político, que nesse século XXI já tivemos um Bolsonaro e flertamos com o tubo de ensaio de um Pablo Marçal.

Lula fala à Bahia

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Vi a entrevista do presidente Lula no programa de rádio do Mário Kertz, ex-prefeito de Salvador. Na verdade, um bate-papo, em que o presidente conta sua história e fala da sua obsessão em erradicar a fome no Brasil, que é absolutamente sincera. Relembrou perrengues da infância e da juventude , quando chegou a morar numa casa que em dia de chuva molhava mais dentro do que fora. Quem viveu situações semelhantes sabe do que Lula estava falando. Foi o meu caso, tempos difíceis que relato no meu livro de memórias Orelha de Jegue. Livro que aliás, chegou às mãos do presidente.

O feitiço vira contra o feiticeiro

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A revelação de que o Ministério Público Federal criou na Lava Jato um sistema clandestino de compartilhamento de informações sigilosas apressa a ida da operação comandada por Deltan Dallagnol e Sérgio Moro para o lixo da história. O resultado prático das revelações será o possível cancelamento das delações premiadas, como por exemplo, a do empreiteiro Leo Pinheiro, que serviu de base para que Lula fosse tragado por um triplex e mantido inelegível apesar da inconsistência das provas. Sérgio Moro, o todo poderoso da operação, tirou Lula da disputa em 2018 e depois foi ser ministro de Bolsonaro. Lawfare puro.

Para Boulos, sem luz no fim do túnel

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O apagão que deixou São Paulo vários dias sem energia elétrica é atribuído à inoperância do prefeito Ricardo Nunes, principalmente no que diz respeito à poda de árvores. Mas esse fato não parece ter interferido na campanha de segundo turno onde Nunes ultrapassa a barreira dos 50% contra Guilherme Boulos que tem 33% das intenções de voto. Vá entender a cabeça do eleitor!

Disputa acirrada em Camaçari

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A disputa entre o candidato do Uniao Brasil e do PT em Camaçari, não região metropolitana de Salvador está mais apertada do que gogó de ema.  Pesquisa divulgada terça-feira mostra Flávio Matos  (União Brasil) com 50,8 % e Luiz Caetano (PT) com 49,2%.  Lula e o governador Jerônimo estarão hoje em Camaçari, de onde ACM Neto e as principais lideranças da direita baiana não arredam pé. O jogo é duro e é jogado e num quadro como esse, nenhuma pessoa, por mais neutra que seja, jogaria suas fichas em A ou em B. Eu, cá a distância, sendo de esquerda porém não petista, tenho o lado afetivo para além da questão ideológica em relação a esse pleito. Flávio é casado com minha sobrinha e afilhada Salma, por quem eu tenho um carinho enorme, do tamanho de Pintadas. Eu torcer por Flávio não faz a menor diferença , a não ser as críticas da patrulha ideológica, que sinceramente, não me incomoda nem um pouco.

A direita se estapeia no Paraná

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Ney Leprevost aceitou engoliu  Rosângela Moro como sua vice, ancorado na ilusão de que o senador e ex-juiz Sérgio Moro turbinaria sua camoanha a prefeito de Curitiba. Teve no primeiro turno uma votação ridícula . Ora 6,5% pra quem achava que iria bombar é nada. Hoje , Leprevost está convencido que Moro não agrega, só atrapalha. A  direita paranaense está de cara com o conge e a conja.

Aliás, Leprevost e Sérgio Moro antam se arranhando em praça pública na capital paranaense. Em resposta a um ataque de Moro, Ney Leprevost emitiu nota, detonando o ex-aliado:

“Em resposta aos ataques rasteiros e injustificados proferidos contra mim, e sem o menor cabimento também a familiar meu, pelo senhor Sérgio Moro , tenho a declarar, após buscar informações com diversas fontes jornalísticas e rememorar fatos, conclui que:

– Este senhor é um traidor contumaz.
– ⁠Traiu a magistratura utilizando-se dela para se promover pessoalmente com objetivo de conquistar cargo político.
– ⁠Traiu as Leis que jurou cumprir ao realizar tortura psicológica em réus e escutas telefônicas de legalidade questionável.
– ⁠Traiu as milhares de pessoas que saíram às ruas para apoiar a operação Lava Jato, abandonando sua função de juiz para ser ministro.

 ⁠Traiu o partido Podemos que o sustentou financeiramente.
– ⁠Traiu o povo do Paraná ao tentar ser candidato a senador pelo estado de São Paulo, onde foi rejeitado pelo Tribunal Eleitoral.
– ⁠Traiu seu padrinho político, o senador Álvaro Dias, lançando- se candidato de última hora contra ele.

Diferenças fundamentais

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Em geral, um esquerdista vê o pobre, favelado ou morador de rua, de maneira mais humana, mais solidária. Não tem como ele resolver o problema daqueles excluídos do capital, mas ele sente a dor do seu semelhante e luta, com a arma que possui,  que é sua concepção de vida, para melhorar o conjunto da sociedade, sobretudo no espaço geográfico onde  habita.  Ele até presta o socorro  emergencial a uma pessoa que esteja em dificuldade extrema mas a sua bandeira é a da partilha,  da distribuição de renda, da qualificação profissional, do combate a exclusão.

Quanto ao direitista, ele pensa exatamente o contrário. Acha, a grosso modo que, quem está vivendo na rua é porque não tem coragem de trabalhar, ou se tem, não procurou se qualificar para o mercado de trabalho. Numa visão que considera generosa, mas é turbinada pela hipocrisia, costuma chamar os miseráveis de abandonados pela sorte. Prefiro ficar com a definição do Papa Francisco, que diz: “A pobreza não é fruto do destino, é consequência do egoísmo”.  Para o egoísta,   se reconciliar com sua consciência é  dar esmola. Partilha, distribuição de renda e governar para os pobres, é coisa de comunista, é algo que lhe provoca urticária.

Conselho de pai

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“Meu pai dizia que a máquina do estado é pra moer pros graúdos e a gente tinha o dever de mudar essa lógica, fazer com que nosso trabalho é botar essa máquina pra moer todo dia para o pequenininho, pra quem realmente precisa”.

. João Campos, prefeito do Recife, reeleito com 78%