PIÁ é a sigla da Paraná Inteligência Artificial , ferramenta oficial de comunicação do governo estadual. Denúncias que já estão sendo investigadas pelo Ministério Público Eleitoral apontam que a ferramenta estaria sendo usada para disparar mensagens de texto em favor da candidatura Bolsonaro para presidente. Mas as mensagens não se limitam a elogiar o presidente mas também ataca o STF, segundo matéria do portal G1. O governador Ratinho Júnior pode ter problemas com isso, apesar de jogar a culpa na terceirizada Algar Telecom e de ter dito que a Celepar já notificou os responsáveis.
Ratinho é um patife e corrupto( e quem apoia ele também é), e Bolsonaro pode contar com a adesão fanática de um pequeno grupo(milicianos, traficantes, evangelicos pentecostais de satanás, milicos corruptos), mas seu poder de mando como chefe de Estado dilui-se a olhos vistos. Não administra e até a distribuição de verbas públicas, afora o “pacote de bondades” que não produziu quase nada dos efeitos esperados, toda a capacidade de distribuir verbas foi terceirizada ao Centrão.
Resume-se a motociatas e cultos eleitoreiros, com bravatas dizendo que vencerá no primeiro turno e defendendo o impopular “povo armado jamais será escravizado”, que só a seus fiéis impressionam.
A campanha de Lula, antes esquálida nas ruas, parece ter tomado impulso no final de campanha.
É o sopro da vitória atraindo os candidatos a “pegarem onda” na escolha presidencial, o inverso do que acontece com Bolsonaro.
Eleitores receberam mensagens solicitando votos para Jair Bolsonaro, aliado de Ratinho, e incitando a invasão do Superior Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional caso o atual presidente não seja reeleito.
A mensagem diz:
“Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!!”.
Foi solicitada a abertura de inquérito policial por crime eleitoral e contra a ordem democrática por parte do Estado do Paraná. Foi encaminhada também cópia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com denúncia de prática de abuso de poder em favor do candidato Jair Bolsonaro e violação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), por uso de dados pessoais de eleitores para benefício eleitoral e a prática de crimes.
Isso está sendo disparado pelo PIÁ – Paraná Inteligência Artificial, comandando pelo CELEPAR, cujo presidente é José Eduardo Bekin e responde ao governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Jr. O terrorista Ratinho incentivando a invasão do STF e do congresso caso Bolsonaro não vença no primeiro turno.
Terrorismo desvairado produzido nas internas na cara dura…
“Cadê o Brasil que estava aqui?”, perguntamo-nos nos últimos anos, enquanto o país era destruído, de alto a baixo, em todas as latitudes, por uma horda de sociopatas ressentidos, que odeiam a felicidade dos outros, a versão miliciana da “schadenfreude” (em alemão castiço, o prazer perverso de alegrar-se com a tristeza dos outros). Pois agora falta muito pouco para esse pesadelo acabar: no próximo domingo, temos um reencontro marcado com o Brasil que nos roubaram, literalmente votando Lula 13.
É o que imagino que vá acontecer por aqui, quando for anunciado o resultado da eleição presidencial na noite do próximo domingo, a não ser que surja, no meio do caminho, alguma catástrofe imprevisível de dimensões bíblicas. Milhões de gritos parados no ar vão se soltar ao mesmo tempo para um carnaval fora de época, como o Brasil nunca viu antes, sem dia para acabar. Se, em 1984, o país inteiro saiu às ruas na luta para reconquistar a democracia na Campanha das Diretas Já, agora vamos comemorar a vitória sobre os que queriam nos afundar novamente na ditadura. Mais do que uma eleição, teremos no domingo um verdadeiro plebiscito para escolher entre a civilização e a barbárie, o passado e o futuro, a defesa ou o fim da Amazônia, a fome e a fartura, a esperança e o medo, a louvação da vida ou da morte. A essa altura, diante de todos os fatos e evidências desta grande tragédia brasileira do século 21, não há mais espaço para a indiferença, a isenção, a neutralidade, o muro, a terceira via, o veja bem, a covardia, o medo. Há certos momentos na vida das pessoas e dos países em que a escolha não é tão difícil. Apesar de todo meu otimismo, sei que ainda há riscos no caminho.
Estes últimos dias de campanha serão, como já estão sendo, uma guerra de baixarias, fake news, ameaças, provocações, denúncias e gestos desesperados de quem sabe que vai perder, mas não quer largar o osso. Osso que muitos brasileiros hoje disputam na caçamba do caminhão de lixo, diga-se. Por isso mesmo, é necessário que cada cidadão/eleitor assuma a sua responsabilidade, não deixando de votar, e ajudando a mostrar aos parentes, amigos e vizinhos o que está em jogo na eleição mais importante das nossas vidas. A essa altura, deixar a decisão para o segundo turno é uma temeridade. É ignorar os riscos que o Estado Democrático de Direito estará correndo, já que não vivemos num clima de normalidade institucional, e ninguém sabe até que ponto as Forças Armadas se tornaram reféns e aliadas do bolsonarismo em marcha nos ataques diários ao Poder Judiciário. Estamos neste momento na encruzilhada entre a festa e o velório da democracia brasileira. Todo cuidado é pouco para garantir que a vontade da maioria expressa nas urnas seja respeitada. Entre a eleição, caso a projeção das pesquisas seja confirmada neste domingo, e a posse, ainda teremos três longos meses pela frente, uma eternidade para quem já não aguenta mais esse clima de beligerância permanente. O que Bolsonaro ainda poderá fazer neste intervalo, se já não adiantará mais nada participar de motociatas e cultos evangélicos? Na dúvida, vou fazer como meus vizinhos, que já estão comemorando por conta. Vou abrir uma cerveja. Bom domingo. Vida que segue.
TEXTO DO KOTSCHO