O governo é o acionista majoritário da Eletrobrás, recém-privatizada com base em uma lei draconiana que só beneficia os acionistas privados. Lula está indignado com essa privatização e tenta revertê-la, sem sucesso e atraindo a ira do mercado e do neoliberalismo de pé quebrado. Ocorre que mesmo tendo quase 50% das ações ordinárias, o direito a voto do governo se nivela a quem tem 10%, por exemplo. É por isso que a esquerda classifica a venda da companhia pelo governo Bolsonaro como crime de lesa pátria. E podem esperar: com base no mesmo modelo, vem aí a privatização da Copel. Que os consumidores preparem o bolso.