Lula põe o guizo no pescoço do gato

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O sindicalismo brasileiro estava atordoado com a reforma trabalhista de Temer, se viu num beco sem saída com Bolsonaro e com o retorno de Lula à presidência, voltou a sonhar com a com o realinhamento das relações de trabalho. Logo depois de assumir em 2023, Lula se reuniu com as centrais sindicais e recomendou “muita calma nessa hora”, considerando que depois de um longo período de inanição a reposição de nutrientes,  por via oral, tem que ser lenta e gradual. Agora, Lula volta a se encontrar com os sindicalistas e propor a eles um amplo debate sobre a nova realidade do mundo do trabalho e como a representação classista pode se fortalecer e voltar a ser protagonista nas relações capital-trabalho.  

O fortalecimento da negociação coletiva e da representação sindical requer a criação de um fórum tripartite, que envolva sindicatos, governo e empresariado. O resultado desse fórum será transformado em projeto de lei, a ser aprovado pelo Congresso Nacional. Importante destacar que Lula  pretende evitar o chamado “sindicalismo chapa branca”. E como líder sindicalista que foi, ele sabe do que está falando. Na verdade, é mais do que adequado (e necessário)  que o presidente da república lidere o processo de transformação das relações de trabalho, propondo formas que evitem confrontos desnecessários e que empregados e patrões convivam em harmonia, um respeitando os direitos do outro e ambos tendo a plena consciência dos deveres inerentes ao processo produtivo do país. Enfim, o presidente da república se mostra determinado a colocar o guizo no pescoço do gato, porque só aí o nosso país  organizará o seu processo produtivo e dará, como os tigres asiáticos deram recentemente, um grande e definitivo salto de qualidade. Bora lá, Brasil!

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