A Câmara Municipal de Maringá tem uma sala de imprensa que recebe o nome do saudoso Verdelírio Barbosa e é destinada a jornalistas que vão lá para acompanhar as sessões, principalmente quando na pauta de votação está algum projeto de relevância para a cidade. O que não se compreende é como aquele espaço tem se tornado terra de ninguém, sem que se exija do frequentador uma identificação, uma prova mínima de que a pessoa seja da área. Isso explica em certa medida o surgimento repentino de uma exaltada senhora que, se dizendo empresária e revoltada com o que considera perseguição às vereadoras Giselli Bianchini e Cris Lauer (recém-cassada) atacou os comunicadores Clécio Silva, Ligiane Ciola e José Carlos Leonel, aduzindo que “a maioria dos jornalistas são covardes”.
Foi mesmo um caso de polícia, que a presidência do Legislativo Municipal não pode permitir, sob pena de tornar a Casa do Povo numa espécie de casa da mãe joana. O Sindicato dos Jornalistas profissionais do Norte do Paraná e a Federação Nacional dos Jornalistas emitiram nota conjunta repudiando as agressões. Vai aqui o meu protesto, não a essa senhora e às vereadoras pra ela incriticáveis , mas a um padrão de comportamento, que extremistas de direita parecem ter orgulho de cultuar. E o que é pior, sem nenhum constrangimento.
A cidadã de bem, defensora da moral e do bons costumes, patriota(que tem bandeira dos EUA e do estado assassino de Israel em casa) foi encaminhada devidamente e corretamente para a Delegacia de Policia para prestar esclarecimentos e onde foi instaurado um BO contra ela e agora vai responder um belo de um processo criminal e civil e sem falar que vai ter que pagar uma bela de uma indenização por danos morais aos três jornalistas.