Um amigo meu disse que o Jair Bolsonao é do tipo macho, que tem sangue nos olhos. Outro observa: “sangue nos olhos atrapalha a visão das coisas e deixa o sujeito sem capacidade de pensar”.
A política como ela é
Tem certas coisas na política que a gente nunca deve esquecer. E se recordar é viver, vamos nos lembrar e nos divertir com essa prosaica pendenga, envolvendo o então senador pelo Paraná , Alvaro Dias, e o premiadíssimo escritor Paulo Coelho, letrista do grande Raul Seixas:

O Centrão e sua fome ance$tral e multi$ecular
O Congresso Nacional pilotado pelo Centrão caminha para inviabilizar o governo Lula, implantando um parlamentarismo orçamentário torpe e sacana. Olha só o absurdo: existem atualmente R$ 37 bilhões de emendas impositivas, que o Executivo é obrigado a repassar para parlamentares , que usam essa excrescência para alimentar suas bases eleitorais. Como se isto não bastasse, o relator da LDO, deputado Danilo Forte (União-CE), está propondo (e quase impondo) mais R$ 11 bilhões em emendas de comissão. Assim, o orçamento da União para 2024 já fica com R$ 50 bilhões comprometidos com o nefasto instituto das emendas parlamentares. É uma vergooonha!!!
Cachorro morto late e morde
Os argentinos sabiam quem era Javier Milei. Sabiam o perigo que representa a extrema direita para a paz social. Só não sabiam que o maluco que conversa com cachorro morto iria botar as mangas de fora tão cedo. Nós brasileiros, que tivemos a desventura de conviver com os anos Bolsonaro, sabemos quão ameaçador é sentir o bafo da besta fascista quando ela entra no cio. Ainda não estamos livres da ameaça, mas já sabemos que nossas instituições estão sólidas, o suficiente para aguentar trancos como o do 8 de janeiro.
Cabe ao STF corrigir essa aberração jurídica
O Congresso Nacional merece respeito e reverência por ser um dos pilares da democracia que tanto prezamos. Mas infelizmente sua composição atual é formada por um grande número de parlamentares picaretas , que não têm nenhum compromisso com o passado , com o presente e muito menos com o futuro do país. A manutenção do marco temporal é mais um golpe nos povos originários e por conseguinte nos biomas brasileiros, Amazônia à frente. Mantendo a marcha da destruição do meio ambiente, que teve seu ápice no governo Bolsonaro, os deputados e senadores que derrubaram o veto ao marco temporal, deram um salvo conduto aos grileiros e exploradores dos garimpos ilegais e contrabandistas de madeira de lei nas terras indígenas. Terras cuja extensão ficarão restritas ao já demarcado até 1988, ano de promulgação da Constituição Cidadã. A esperança de que esta aberração jurídica não se concretize, está no Supremo, o guardião da Carta Magna.
Hitler e Netanyahu. Há diferença?
São aterrorizantes as imagens divulgadas nas redes sociais sobre o conflito Israel x Hamas. Elas mostram palestinos presos por estarem em lugar errado e na hora errada, sendo submetidos a sofrimentos que nos remetem imediatamente aos horrores promovidos por Hitler contra os judeus na II Guerra. O alvo é o Hamas, mas poucos são os terroristas do grupo que são capturados no meio de tantos inocentes. Isso leva o mundo civilizado a refletir sobre o massacre que Tel Aviv promove na Faixa de Gaza.
Israel, isso é muito claro, veste a capa sinistra da supremacia racial e, ignorando os horrores do holocausto de que foram vítimas mais de 6 milhões de judeus, parte para a eliminação física do povo palestino. E pasmem, tudo com as bênçãos de Tio Sam. Meu Deus, que falta faz ao mundo, lideranças como Arafat, Anwar Sadat e Jimi Carter.
O construtor e o destruidor de pontes
Há uma diferença fundamental de método entre Lula e Bolsonaro, aqui abstraindo, claro, a questão ideológica: enquanto Lula constrói pontes para pacificar a sociedade brasileira, quebrando a polarização estúpida, Bolsonaro faz o contrário, tenciona e coloca todas as suas energias a serviço da cultura do ódio, da qual é caudatário.
Noboru, de novo na área
A colônia japonesa não é monolítica como foi no passado quando o assunto era política local. Porém, os idosos ainda tem alguma ascendência sobre os mais jovens, sobretudo na hora de decidir quem apoiar nas eleições municipais, principalmente para a Câmara. Em 2024 nisseis, sanseis e gakusseis influenciarão e serão influenciados, em pequena medida é bem verdade, pela colônia, cujas tradições continuam ancoradas na Acema.
Faço esse preambulo para tentar entender a determinação de descendentes tradicionais, que já estiveram no topo da pirâmide político-partidária de Maringá e que pensam em voltar no próximo ano. Entre eles, o mais conhecido é Noboru Yamamoto, que foi presidente da Câmara Municipal e vice-prefeito, tendo assumido interinamente por algumas vezes na primeira gestão Said Ferreira. Ontem, tomei um café com o Noboru, por quem tenho grande apreço. Ele está entusiasmado com a possibilidade de voltar a ocupar uma cadeira no Poder Legislativo. Pediu minha opinião. Fui objetivo e principalmente sincero: “Vá a luta, você tem lastro na colônia japonesa e sabe, como poucos, garimpar votos”.

Sta Catarina nega título a Jair Messias
Bolsonaro recebeu ontem o título de cidadão honorário do Paraná, mas em Santa Catarina o mais bolsonarista dos estados , a Assembleia Legislativa recuou na concessão da honraria. Isso porque lá inelegível não pode ser agraciado. Entre os critérios exigidos estão: “elevado espírito público”, “virtudes éticas” e “atuação destacada em benefício da sociedade catarinense”. O novo cidadão honorário do Paraná não se encaixa em nenhum.
Alep vai homenagear o “pacifista”
O título de cidadão honorário do Paraná concedido a Jair Bolsonaro vai ser entregue hoje na Assembleia Legislativa. O autor da proposta é o bolsonarista Ricardo Arruda, representante máximo da extrema-direita no Estado. A entrega está sendo feita agora porque o plano de Bolsonaro é transferir o domicílio eleitoral da mulher Michele para Curitiba, com foco na eleição suplementar para o Senado, ante a iminente cassação de Sérgio Moro. Oportunismo pouco é bobagem.
PS: O blogueiro Zé Beo observa : ” Um sábio do Centro Cívico garante que os políticos que sairão na foto ao lado de Jair Bolsonaro hoje, na Alep, só pensam “naquilo”. O quê? Votos. Isso é política!”




