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ABC do mentiroso

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As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades (Millor Fernandes). Por isso que quando sinto que meu estoque de verdade se esgotou fecho a boca

Como Pintadas se defende da seca

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Estou aqui em Pintadas, surpreso com o desenvolvimento da cidade. Conversei muito hoje com tio Daniel Mendes sobre o Projeto Pintadas que, orientado pum um agrônomo alemão desenvolveu silagem para o gado e construiu mais de 30 represas e ensinou os pequenos proprietários rurais a usar técnicas de manejo e irrigação, que garante boas produções agrícolas e evita que a seca mate o gado. Assim os proprietários rurais conseguem vencer os longos períodos de seca e garantir produção suficiente para garantir padrão de vida decente para a maioria da população
Viva Pintadas.

Ataque especulativo

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Não digam que Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) é de esquerda. Mas digam que é, reconhecidamente, um craque na área das finanças públicas. O londrinense engrossa o coro dos descontentes com o mercado, que com sua intransigência criminosa prejudica a economia popular brasileira e empurra os pobre cada vez mais para o buraco de tragédia social. Com mais de 50 anos de atuação pública e reconhecido como uma das maiores autoridades em matéria tributária no país, Hauly sustenta que o mercado comete crime contra a ordem econômica. Em pronunciamento na Câmara Federal ele falou  subiu o tom contra os banqueiros e especuladores. Criticou com dureza a especulação e o aumento das taxas de juros do Banco Central, medidas que prejudicam os empregos, a renda das famílias, as finanças públicas da União, Estados e Municípios. “Isso é crime”, acentua.

A volta do manda chuva

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A pedido, o governador Ratinho Júnior exonerou o secretário Ricardo Barros . O CEO do PP e a partir de janeiro, da Prefeitura de Maringá, deve voltar às lidas na Câmara Federal. Certamente precisará de mais tempo para cumprir seu papel de manda chuva na cidade canção .

Caymmi foi pra Maracangalha, eu vou pra Pintadas

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Semana que vem estarei postando de Pintadas (Bahia), minha terra natal, para onde estou indo lançar o meu livro Orelha de Jegue. A última vez que estive lá foi há 14 anos. Assim como Drummond de Andrade gostava de falar de sua Itabira; Ziraldo se orgulhava de descrever as belezas de Caratinga e o grande e internacionalmente conhecido geógrafo Milon Santos, a sua Brotas de Macaúbas , também na Bahia, me orgulho de falar de Pintadas.

O choro é livre

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Bolsonaro insiste no impedimento de Alexandre de Moraes para julgar os casos da tentativa de golpe, nos quais o capitão está envolvido até a medula. Mas o Supremo não dá nenhuma indicação de que poderá acatar o pedido, que não tem o menor cabimento. Significa que o STF não vai tirar o Xandão da nuca de Bolsonaro, que certamente anda tendo pesadelo com a Papuda.

Devolveu tá limpo. Pode isso, Arnaldo?

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O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná por muito tempo, Ademar Troiano , é réu confesso. Foi acusado de receber propina de empresários, e tanto recebeu que fez um acordo de leniência para devolver dinheiro ao erário. Não foi ameaçado de cassação em nenhum momento e agora chega à presidência da Comissão de Justiça da Alep a  mais importante da casa. A impunidade é a principal causa  da corrupção.

A trágica normalização da tragédia

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É uma cena maringaense, é uma cena curitibana, paulista, londrinense, carioca, brasileira. A população de rua é uma chaga que nos inquieta e envergonha a quem vergonha tem. O que fazer para minimizar esse drama? É questão de governo? Não só, a sociedade também precisa assumir sua parte e parar de achar que políticas sociais são gastos e não investimentos. Enquanto a mídia tradicional atuar como vassala do mercado, normalizando tragédias sociais como a da população de rua, o Brasil continuará marchando para aquela definição trágica de Josué de Castro: “O Brasil se divide entre os que não comem e os que não dormem, com medo dos que não comem”.

A volta do cipó de aroeira…

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O então presidente Jair Bolsonaro queria endurecer o jogo do poder com jornalistas, ativistas e opositores, que o incomodava e o deixava furioso nos desabafos que fazia permanentemente no “Cercadinho”. Lembram disso? Se você não lembra, o jurista Lenio Streck refresca sua memória: “Havia já na metade do seu governo uma ameaça iminente de golpe de Estado. Vocês se lembram quando Bolsonaro tentou interpretar, entre aspas, o artigo 142 da Constituição para justificar uma intervenção nos poderes ? Pois é, ”trabalhou pela aprovação da Lei 14.197 de 2021, que substituiu a antiga Lei de Segurança Nacional e a sancionou com a certeza de que disporia de um mecanismo jurídico para punir duramente seus opositores. Ocorre, porém que é esta mesma lei que poderá levar Bolsonaro à cadeia”. Só lembrando que a Lei 14.197 inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito. E foi exatamente por tal crime que o ex-presidente foi indiciado e pode, já a partir do ano que vem, passar a caneca nas grades da Papuda.

Antecipação da diplomação desidrata o golpe

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Um livro recém lançado pelo jornalista Luís Costa Pinto revela que Bolsonaro pretendia dar o golpe , decretando estado de sítio e uma GLO antes da diplomação de Lula e Alckmin no dia 19 de dezembro. Isso porque  “na cabeça dos bolsonaristas a combinação de Estado de Sítio e GLO cancelaria a solenidade formal no TSE, uma vez que a diplomação de um presidente eleito —então prevista para 19 de dezembro—decreta o fim do processo eleitoral e determina a inexorabilidade da troca de comando no país”. A leitura de Bolsonaro então era de que precisava agir antes da diplomação. Informado sobre esse plano, o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes decidiu antecipar a diplomação para o dia 12.  

Pego de surpresa, Bolsonaro se viu atrapalhado e alguns cabeças do bolsonarismo, então, decidiram partir para o tudo ou nada. Criaram um ambiente de caos em Brasília, incendiando carros nas ruas e invadindo a sede da Polícia Federal. Era a senha para a decretação do Estado de Sítio e de uma Garantia da Lei e da Ordem. Feito isso, pronto, Lula  não assumiria e o ocupante do Palácio do Planalto continuaria lá, mandando, fazendo e acontecendo.

O jornalista revela bastidores interessantes, que mostra que o golpe começou a ser abortado na antecipação de 19 para 12 de dezembro da diplomação do presidente e vice eleitos. As tentativas continuaram com o episódio da bomba em um  caminhão tanque com 60 mil litros de querosene de aviação que explodiria dentro do terminal  de abastecimento das aeronaves no Aeroporto de Brasília. A bomba instalada embaixo do caminhão foi descoberta a tempo pelo motorista. Além disso, os acampamentos na frente dos quarteis do Exército continuavam em todo o país, culminando na vergonhosa invasão e depredação das sedes dos três poderes. Costa Pinto acaba resgatando no livro, a imagem do então Procurador Geral da República, Augusto Aras, que sabedor dos fatos, agiu com o ministro Dias Toffoli e o próprio Xandão, para jogar água no chopp de Jair Messias, cujo plano B, pelo que explicitou a Polícia Federal em seu relatório de quase 800 páginas, era matar Lula, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes .