Lembremos que em 2020 o governo Bolsonaro promoveu um verdadeiro teatro para resgatar 34 brasileiros na China, por conta da Covid que começava a assustar o mundo. Mandaram até cinegrafista para registrar o feito. Agora, o insuspeito Elio Gaspari, que nunca foi simpático a Lula, reconhece o sucesso da operação de resgate de brasileiros em Israel: “Os diplomatas que organizaram o resgate dos brasileiros que estavam em Israel e os tripulantes dos aviões fizeram seus serviços sem teatro. A operação superou inúmeras dificuldades logísticas e seu sucesso não teve exibicionismos”.
E lá vai o trem
O trem apita na curva, toca o sino da estação e o betecumbum do meu coração volta no tempo para atravessar o túnel da Serra dos Corvos. Por um momento saí dos trilhos, tontiei, zonziei e, dormente, descarrilei porque, o trem sim, mas eu não sou de ferro.
Sua majestade Tião Carreiro
Neste 15 de outubro faz 30 anos que morreu Tião Carreiro. Não há sobre ele nenhuma obra de peso, nenhum filme, seriado, programa especial de TV, nada. Não só no mundo sertanejo, mas na música brasileira de um modo geral, muitos bebem na fonte inesgotável de sucesso que o mineiro de Monte Azul, José Dias Nunes, deixou. Temos expoentes da MPB que foram para outra dimensão , merecidamente reverenciados como ídolos eternos. Tião Carreiro foi o maior do gênero musical genuinamente brasileiro e não pode ser ignorado pela intelectualidade e por nenhum meio de comunicação de massa digno de respeito
Menino ainda, trabalhando, como boy da Transpress , que durante muito tempo funcionou nos fundos da Rádio Cultura, vi, ao vivo e a cores, Tião Carreiro e Pardinho ensaiando, para depois curtir o show da dupla no palco dos programas Tarde Sertaneja e Maringá se Diverte, o primeiro apresentado pelo Coronel do Rancho (Orlando Manin) e o segundo, por Nhô Juca (Antônio Mário Manicardi). Desde então, me tornei fã de Tião Carreiro e Pardinho e tantas outras duplas famosas que marcaram época no rádio, caso de Jacó e Jacozinho, Zico e Zeca , Pedro Bento e Zé da Estrada, e claro, Tonico e Tinoco.
Nesse domingo, quando o Brasil deveria lembrar com reverência o talento de Tião Carreiro, faço esse registro com muito orgulho, pra dizer que os duetos e o som da viola, fazem parte da minha e da memória afetiva de milhões de brasileiros.
Só parcial por aqui
Em poucos estados brasileiros, e o Paraná foi um deles, foi possível ver o eclipse solar na tarde desse sábado em sua plenitude. Onde o fenômeno celestial só pode ser visto parcialmente, a sobreposição da Lua sobre o Sol não se traduziu no espetáculo bonito que muitos esperavam. A faixa de anularidade que tornou o eclipse um colírio para os olhos, passou pelo Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. E só.
Presidente de Israel conversa com Lula em português
O presidente Lula conversou por telefone com o presidente de Israel Isac Herzog sobre a retirada de brasileiros da zona conflagrada, inclusive da faixa de Gaza. Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, “ Herzog disse que ele e a esposa, Michal, são fãs de Lula. Além disso, o presidente israelense se declarou socialista”. Herzog fala português e disse ao presidente Lula que morou no Brasil entre 1972 e 1975. Seu pai era funcionário diplomático militar da embaixada de Israel.
Hipocrisia em estado puro
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que a Organização das Nações Unidas deveria agradecer ao governo israelense pelo alerta sobe a evacuação da parte norte da Faixa de Gaza. Puta que os pariu, seu Gilad, como é possível, alguém agradecer por um massacre de civis, inclusive mulheres e crianças?
É, pois é…
Aponta sondagem da “insuspeita” Paraná Pesquisas que se a eleição presidencial fosse hoje o governador Ratinho Júnior estaria no segundo turno, com chances de vencer o presidente Lula. Só rindo, porque o choro é livre mas o crocodilo há muito deixou de dar lágrimas de graça a carpideiras.
Agradável surpresa
O Kaltoé esteve no lançamento do livro no CAC mas preferiu não entrar na fila do autógrafo. Hoje de manhã eu tomava café com uns amigos na Açukapê quando o Kal apareceu com um exemplar pare eu autografar. Que surpresa boa, grande Kal, aliás o autor da maravilhosa capa do ORELHA DE JEGUE.
Mais do que reagiu, Israel partiu foi para o massacre
A eclosão de um novo conflito entre judeus e palestinos leva a um questionamento inevitável: por que e qual dos lados rompeu os Acordos de Oslo firmados em 1993 entre o líder palestino Yasser Arafat e o então primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, com mediação do presidente Bil Clinton, dos Estados Unidos? E os acordos anteriores, os de Camp David, celebrados em 1978 entre o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e o presidente egípcio Anwar Sadat, com mediação de Jimi Carter?
O senso comum atribui o rompimento dos acordos de Oslo, por exemplo, à disputa de palestinos e judeus por Jerusalém, que os israelenses sempre quiseram como capital. Mas não é só isso, o ódio recíproco vem de longe, não vem de décadas, nem de séculos, vem de milênios. A ONU criou o estado de Israel após a II Guerra, no calor da comoção gerada pelo massacre de mais de 6 milhões de judeus pelas tropas de Hitler. Mas faltou à Organização das Nações Unidas, então dirigida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, olhar também para o lado dos palestinos, originários da região e igualmente sem uma pátria para chamar de sua.
De 1967 pra cá, quando vários conflitos incendiaram o mundo árabe, inclusive com duas intifadas, o que se teve naquela região foram curtos períodos de paz, costurados por hábeis negociadores dos dois lados e com a intermediação de presidentes americanos menos comprometidos com a guerra. Hoje, ao invés da pacificação, o que emerge da Casa Branca é um discurso belicista, do decrepito Joe Biden, que em matéria de diplomacia está se revelando pior do que Donald Trump.
Claro que não dá pra relativizar as atrocidades cometidas pelo Hamas no último sábado, mas o mundo precisa também criminalizar a reação desproporcional e desproposital do governo israelense, nas mãos sujas de sangue do carniceiro Benjamin Netanyahu. A mídia ocidental cumpre um papel triste de transformar o “Bibi” em mocinho e de potencializar fake news como o de decapitação de crianças israelenses.
Que Deus e Alá tenham piedade daquele povo que vive espremido num território de 47 quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, massacrado pelo próprio grupo terrorista que o domina desde 2007 e por Israel, que nunca lhe deu sossego. Oremos também, pois, pelos palestinos da Cisjordânia e das Colinas de Golan, rogando ao Senhor que evite a entrada em cena do Hezbollah , porque o aí a catástrofe terá fatalmente dimensões inimagináveis.
Folclore político
Conta a lenda paranaense, transferindo para Jacy Scanagata uma história do Sebastião Nery sobre Benedito Valadares, governador de Minas, que um repórter da Veja entrevistava o prefeito de Cascavel e perguntou pra ele:
– Ouvi que o senhor é analfabeto, mas que escreveu um livro. Qual é o título desse livro?
– Como eu se fiz na política






