Sou eternamente grato aos amigos e leitores que compareceram ao lançamento do meu livro Orelha de Jegue, sexta-feira no CAC, antiga Biblioeca Municipal. O amigo Angelo Rigon , que tem me dado a maior força, lembra, a propósito, que essas duas fotos foram tiradas na Sala de Exposição Lukas, o grande cartunista maringaense que partiu para o andar de cima há 12 anos. Eu e o Moscardi, que juntos editamos a POIS É tivemos a honra de contar com o talento do Lukas na revista que marcou época em Maringá. Na primeira foto estou com o Moscardi e na segunda com minha família – mulher, filhos e nora.
Nova versão do hino
O Secretário de Educação de São Paulo, que foi importado do Paraná, distribuiu material didático para as escolas públicas do Estado governado por Tarcísio de Freitas, informando que a Lei Áurea foi assinada por dom Pedro II. Há quem diga que logo os alunos estarão cantando o Samba do Crioulo Doido, do Stanislaw Ponte Preta, como se fosse o Hino Nacional.
Emoção pra mais de metro
O grande jornalista e poeta A.A. de Assis balançou o meu pobre coração com uma crônica que me deixou muito emocionado. A crônica foi publicada no Jornal do Povo e na página do poetinha no facebook. Assis , que me deu a honra de prestigiar o lançamento do meu segundo livro, fala do ORELHA DE JEGUE e resga elogios, que sei que não mereço, e por isso é fruto da sua infinita generosidade. Muito obrigado, meu grande guru, pela bela e comovente homenagem,
A crônica:
“Messias, um vencedor.
A população de Maringá é formada basicamente por self-made men e self-made women – homens e mulheres que melhoraram seu padrão de vida por esforço próprio.
Pouquíssimos já eram ricos quando chegaram. A grande maioria veio movida pelo sonho de formar um pé-de-meia. Eram empregados, colonos ou pequenos proprietários em outros lugares. Ouviram falar das maravilhas do norte do Paraná e decidiram participar da arrojada aventura.
Com o pouco que tinham, e graças às facilidades oferecidas pela companhia colonizadora, compraram pequenos sítios para formar lavouras ou terrenos urbanos onde construiriam suas moradias, lojas, oficinas, armazéns etc. Em geral progrediram rápido, uns mais, outros menos.
Igualmente bem-sucedidos foram os que chegaram trazendo um diploma de curso superior ou tinham profissão definida – mecânicos, eletricistas, encanadores, motoristas, corretores, e outros mais que, conforme seu grau de escolaridade, facilmente conseguiram emprego.
Difícil mesmo foi a dura situação enfrentada pelos que vieram sem nada. Dembarcavam do trem, da jardineira, do caminhão sem sequer saber onde poderiam dormir e comer alguma coisa. Ficavam numa pensão ou no albergue esperando aparecer alguém que os contratasse como boias-frias para trabalhar em alguma lavoura da região.
Alguns encontravam patrões honestos, que pagavam pouco, mas pagavam, e ofereciam condições razoáveis de trabalho. Porém outros caíam nas mãos de proprietários perversos, que cruelmente exploravam sua mão de obra em regime de quase-escravidão.
O jornalista Messias Mendes, em seu livro recém-lançado “Orelha de jegue”, retrata fielmente o drama das famílias que vieram de longe sem nenhum recurso, na esperança de achar aqui um “eldorado”. Ele próprio, Messias, veio do interior da Bahia ainda bem menino, em companhia dos pais e irmãos. Passou por todo um árduo enredo de sofrimento e luta. Seus pais penaram para sobreviver. Padeceram privações de todo tipo.
Ele, porém, jamais perdeu a garra. Na roça carpiu mato, peneirou café, carregou lenha nas costas. Ao mudar para a cidade, aqui em Maringá, foi engraxate, jornaleiro, vendeu vassouras nas ruas. Até que um dia apareceu pedindo emprego na “Folha do Norte”. Tinha então uns 14 ou 15 anos de idade. Graças à sua simpatia e à firmeza como falava, foi contratado como office-boy da redação. Era o recomeço da sua biografia.
Com apoio da moçada da “Folha”, aprendeu logo a datilografar e aos poucos foi pegando jeito para escrever. Não demorou muito a ser promovido a repórter esportivo, depois repórter de assuntos gerais, e daí por diante nunca mais parou de progredir. Fez dois cursos superiores na UEM, já publicou dois livros e é um dos profissionais mais queridos e respeitados da mídia maringaense. Chegou sem nada. Construiu, por esforço e méritos próprios, uma bela história, ao lado da linda família que aqui formou. Partiu do zero, alcançou alto nível de merecido sucesso. Manoel Messias Mendes, um vencedor. Um legítimo self-made man “.
Delação do coronel bota o capitão na cadeia
Ninguém, nem Michele, sabe mais dos segredos do Bolsonaro nos seus quatro anos de governo do que o coronel Mauro Cid. À beira de um ataque de nervos e orientado por um novo advogado Cid está próximo de uma delação premiada. Isso acontecendo pode fechar a tampa do caixão.
A chapa esquentou
Delegado Jacovós x Arilson Chiorato. Os dois quebraram o pau nesta terça-feira na Assembeia Legislativa do Paraná, onde a Comissão de Constituição e Justiça aprovou o título de cidadania honorária do Paraná para Jair Bosonarol. Hove bate-boca e Jacovós chamou o atual presidente de ex-presidiário, ao que o petista retrucou, chamando Bolsonaro de “o inelegível e futuro hóspede da Papuda”.
Salles, o RÉULATOR
A CPI do MST foi criada para criminalizar o movimento e deixar o presidente Lula em saia justa. Mas parece que o tiro saiu pela culatra porque o deputado Ricardo Salles, escolhido como relator, acaba de virar réu, no caso do contrabando de madeiras que ele facilitou quando era ministro do meio ambiente. Conclui-se então que um RÉULATOR não pode produzir um relatório minimamente sério.
Não sou super rico. Você é?
Tem muita gente de cara e malhando o presidente Lula pela criação do chamado imposto dos super ricos. A MP prevê que a tributação seja realizada duas vezes por ano e que incida sobre investimentos feitos no exterior. Eu, e creio que você que me lê também, não haveremos de nos preocupar. Não sou super pobre e sequer me enquadro na categoria classe média. Portanto, a Medida Provisória não me atinge e me leva a acreditar que justiça tributária tem que começar exatamente por aí.
27/11 pode ser o dia D
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná agendou para 27 de novembro o julgamento de Sérgio Moro. O que não falta é gente esfregando as mãos para que o ex-juiz da Lava Jato tenha seu mandato de senador cassado. O relator do processo é o desembargador Datagnan Serpa Sá, cujo mandato termina em 14 de dezembro e, como diz o Zé das Candongas, não vai perder a oportunidade de fazer história, para azar do “marreco de Maringá”.
Já que o STF não forde e nem sai de sinca…
Em voto monocrático da ministra Carmem Lúcia, o STF decidiu em novembro passado manter a inconstitucionalidade da pensão de ex-governadores. Mas seu colega Gilmar Mendes pediu vistas e assim, a questão está está em aberto. Crentes na constitucionalidade do benefício dois ex-governadores do Paraná insistem no restabelecimento desse direito. Um deles é João Elísio Ferraz de Campos, que assumiu mandato tampão e o outro é Roberto Requião, que governou o Estado por três mandatos.
Haja óleo de peroba
Até o Louro José sabia que o Véio da Havan moveria céus e terras para ter Bolsonaro se eternizando no poder. E certamente, Topogigio apostaria que Luciano Hang bateu bumbo para os loucos dançarem na Praça dos Três poderes em 8 de janeiro. Logo, não é exagero dizer que ele só tem um jeito de tirar o foco de deputados e senadores de sua postura golpista e até de financiador do golpe: é partindo para a galhofa. Por isso, deverá ir depor na CPI do Golpe vestido de vermelho e com a estrelinha do PT no peito. Relembrando a postura de Hang desde que Bolsonaro ascendeu ao poder , fica fácil entender porque os estoques de óleo de peroba desapareceram das prateleiras.





