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Briga pela sucessão

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Tarcísio de Freitas normalizou a chacina do Guarujá para ganhar aplausos da ultra-direita bolsonarista, embora se esforce para se apresentar como líder da direita civilizada. Já o governador de Minas, Romeu Zema, sequer tenta disfarçar o seu preconceito contra o Norte e o Nordeste. Os dois estão a ponto de entrar num octógono, para decidir na porrada quem ficará com a suástica que Bolsonaro ostentou durante quatro anos.

Ao mestre, com carinho

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Emocionante a homenagem que a Câmara de Vereadores de Maringá prestou neste sábado ao jornalista, professor e poeta A.A.de Assis, por quem eu tenho uma profunda admiração. Assis continua escrevendo trovas e crônicas divinamente, do alto dos seus 90 anos. Há quem diga, e eu concordo, que esse extraordinário guru é como vinho: quanto mais velho melhor na arte de esgrimir as palavras.

A honraria entregue hoje foi a comenda Dom Jayme Luiz Coelho, de quem A.A.de Assis foi um grande amigo. Ele tinha o primeiro bispo de Maringá como inspirador mas embora sua modéstia não lhe permita dizer, ele sabe que também foi uma fonte de inspiração para Dom Jayme, que chegou aqui em 1957, estruturou a Diocese que, muitos anos depois, conseguiu elevar à condição de Arquidiocese, sendo portanto, o seu primeiro arcebispo. Por coincidência, exatamente hoje, 5 de agosto de 2023, fez 10 anos que Dom Jayme partiu para outra dimensão. Assis se emocionou muito durante a sessão solene e em seu discurso, que foi uma deliciosa prosa, ele rendeu justas homenagens ao grande amigo e guia espiritual.

Em tempo: o prefeito Ulisses Maia assinou antes do início da sessão solene o decreto de tombamento para o patrimônio histórico do município, de  ROBSON, o primeiro livro editado em Maringá, não por coincidência, de autoria do grande A.A. de Assis, com quem tive a honra de trabalhar na Folha do Norte do Paraná, lá no apagar das luzes da década de 1960.

O cerco vai se fechando

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O cerco contra os agressores de mulheres está se fechando. A violência doméstica não cessa, sabe-se lá se apenas devido a cultura machista, mas  a tendência é que os governos estaduais, em parceria com o federal, acionem cada vez mais a Lei Maria da Penha, prestes a completar 17 anos.

No Paraná, a Assembleia Legislativa começa a votar nesta segunda-feira um projeto de lei que prevê salas especiais nas delegacias, de acolhimento de mulheres ameaçadas e agredidas. Para isso, o Estado terá que contratar pessoas preparadas para transformar os espaços das Delegacias, onde as vítimas vão buscar socorro, menos assustadores e incômodos. O projeto de lei, que já tem apoio da maioria dos deputados estaduais, é de autoria dos petistas Luciana Rafagnin e Arilson Chiorato e do pedetista Goura.

Ênio surpreende

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Os prefeitos do Médio Paranapanema estão com sorriso de orelha a orelha, porque a Itaipu Binacional , sob o comando do maringaense Ênio Verri, vai bancar projetos de preservação ambiental nas cidades paranaenses, sobretudo as de pequeno e médio porte. Verri está surpreendendo muitos prefeitos que torceram o nariz com a indicação dele para o cargo. “Mordemos a língua” , disse um prefeito bolsonarista, mas já nem tanto.

Proteção para quem proteção não tem

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Lula vai levar para a ONU, onde discursará no dia 19 de setembro, uma questão trabalhista que não é brasileira, é universal. O Brasil pode sair na frente com uma legislação específica para os trabalhadores do sistema delivery, que se arriscam com suas motos pelas ruas das cidades em todo o mundo e sem nenhuma legislação que os ampare. No caso brasileiro especificamente, aqui os donos de aplicativos ganham os tubos nas costas dos seus entregadores e não dão a eles qualquer proteção. Em seu discurso, o presidente brasileiro vai fazer um apelo global pelo trabalho digno. Isso inclui também os motoristas de aplicativo.

Isso é história

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Quando se elegeu prefeito de Maringá pela primeira vez, Said Ferreira foi instado pelos vereadores do seu partido, o MDB, para que indicasse emedebistas para os cargos de chefia nos órgãos do governo estadual, porque o então governador José Richa não se oporia a nenhuma indicação do chefe do executivo municipal. Said achou o pleito legítimo, mas disse que não faria nenhuma indicação, porque esse não era seu papel. Irritados , alguns vereadores ameaçaram jogar duro com o prefeito recém-empossado daí por diante. Said, que não era de mandar recado, foi direto ao ponto: “Não vou fazer nada, não é papel do prefeito. Os senhores mesmos podem articular isso, mas não contem comigo”. Ouviu como resposta: “Então se prepare, Turco, você vai ter uma Câmara Municipal hostil”. Saidão não se avexou, bateu as mãos na mesa, levantou e já tomando o rumo da porta de saída da sala, foi claro: “Façam como quiserem…e vão todos à merda!”.

Efeito bumerangue

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O deputado estadual Ricardo Arruda quer taxar com multa pesada os colegas que mentirem no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná. O parlamentar que está mais à direita do que a própria direita, quis na verdade mandar um recado para a bancada petista. Arilson Chiorato, do Partido dos Trabalhadores, não deixou por menos: “Se a sua sugestão é punir quem mente, Vossa Excelência vai logo à falência , já que todo mundo sabe que é um mentiroso compulsivo”. E emendou: ““O deputado Arruda usou o parlamento por 10 minutos – 600 segundos. Se a gente cobrar R$ 10 o segundo mentido pelo Arruda, ele deveria hoje para essa Casa R$ 6 mil”.

Injustiças do futebol

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A Marta se despediu da seleção brasileira feminina sem um título mundial. Injustiça. Injustiçados também foram Zico, Falcão e o Dr. Sócrates, entre tantos outros. Isso é esporte bretão.

Boa idéia

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Tem muita gente sugerindo a mudança de nome da Gazeta do Povo, o jornal que cheira a mofo, para Gazeta do Bozzo. O garoto propaganda de uma nova e agressiva campanha de marketing do “guardião da naftalina” seria o decrépito Alexandre Garcia.

A tuberculose ainda atormenta

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A doença não é nova e já foi um dos maiores tormentos  da humanidade.  Está enganado quem pensa que a tuberculose é coisa do passado. Não é, ela continua presente e deixando infectologistas de cabelo em pé. Vivemos uma eterna epidemia, que no Brasil se agravou nos últimos três anos, como consequência da descontinuidade do tratamento das pessoas infectadas no Sistema Único de Saúde. Aqui na Região Metropolitana de Maringá a situação é particularmente grave na cadeia pública de Sarandi, onde muitos presos estão infectados e, evidentemente, transmitindo a bactéria.