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Dou-lhe uma, dou-lhe duas…vendida!

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Uma comissão de líderes do movimento contra a privatização da Copel saiu frustrada ontem do marco das Três Fronteiras,  por não ter conseguido entregar uma carta a Lula sobre o tema. Alegaram que os assessores blindaram o presidente, que pode barrar a privatização porque a União, através do BNDES, possui 24% do capital social da Companhia Paranaense de Energia Elétrica e é a única capaz de brecar o pregão de venda, marcado para 25 desse mês na Bolsa de Valores de São Paulo. O desespero dos líderes do movimento está no fato de que o voto do BNDES no Conselho de Administração da Copel semana passada foi favorável à privatização, o que convenhamos, é muito esquisito.

A privatização da Copel preocupa não só os paranaenses mas também os mineiros e catarinenses, porque na esteira dessa entrega da empresa pública mais lucrativa do país ao capital privado, virá a privatização da Cemig e da Celesc. O efeito dominó pode ser devastador para a segurança energética do país. De acordo com Leandro Grasssmann, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná a posição do Banco Nacional de Desenvolvimento Social favorece a privatização da Copel já este mês. “Que os copelianos comecem desde já a buscar novo emprego, porque a privatização provocará dispensas em massa”, previu.

Olha só: privatização rima com demissão e se ela é em massa, tem tudo a ver com o Carlos Ratinho, que é Massa.

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Igualdade desde 1943

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A lei aprovada pelo Congresso e sancionada agora pelo presidente Lula foi uma vitória de Simone Tebet, que defendeu a equiparação com muita ênfase na campanha, embora o candidato vencedor também o fizesse. De hora em diante, mulher e homem terão salários iguais desde que exerçam funções iguais na mesma empresa. Nada mais justo, mas nunca é demais lembrar que não há nisso nenhuma novidade. O Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 que aprovou a CLT, já previa a equiparação. Tá no artigo 5º.  : “ A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo”.

O que eu não sei, e por isso recorro aos amigos advogados trabalhistas, é se este artigo não havia sido revogado quando o governo Temer assassinou a Consolidação das Leis do Trabalho, com uma tal reforma trabalhista que puxou a escada e deixou o trabalhador pendurado na brocha.

A caminho do cadafalso

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Tony Garcia será ouvido por um juiz auxiliar do ministro Dias Toffoli. Toffoli quer apurar as denúncias que o empresário (ex-genro de Ney Braga) fez à juíza Gabriela Hardt em 2021 e que não deram em nada. Garcia, que atuou como agente infiltrado da Operação Lava Jato fez acusações  gravíssimas contra o juiz Sérgio Moro  e integrantes do Ministério Público, como Carlos Fernando dos Santos e Januário Paludo. Será um depoimento explosivo que pode celar definitivamente a carreira do agora senador pelo Paraná, já na berlinda por conta de abusos de poder econômico na campanha. Lideranças políticas do Paraná estão convictos de que Moro será cassado. Tanto é que alguns, caso de  Ricardo Barros , Paulo Martins e Roberto Requião, já estão em campanha para ocupar a terceira vaga do Paraná no Senado da República. Enfim, Moro vislumbra o cadafalso

Quaquaraquaquá…

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Se não for de direita é comunista. Com essa cantilena o bruxo Olavo de Carvalho deu corda ao ventríloquo Jair e o ventríloquo reproduziu, tonitruou e potencializou a imbecilidade que tomou conta do Brasil e que agora aparece, assustadora, na pesquisa Datafolha. Brasileiros e brasileiras, metade do eleitorado do país acredita no perigo vermelho. É pra rir ou pra chorar? Prefiro lembrar Elis Regina: “Quaquaraquaquá, (quem riu?) (Quaquaraquaquá, fui eu)”

Operação “salva Bolsonaro”

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Entre os 65 deputados federais que assinaram um projeto de lei para anistiar políticos que cometeram ilícitos eleitorais a partir de 2016 está o maringaense sargento Fahur. Só lembrando que o ex-PM é um bolsonarista de quatro costados, como são os demais 64. Portanto, o objetivo é um só: anistiar Jair Messias Bolsonaro, dando um cartão vermelho ao TSE. Dificilmente esse projeto vai prosperar, porque já deve morrer de cara no fundo da gaveta do presidente Arthur Lira, que é esperto demais para passar por tamanho vexame. Se por um aborto da natureza for aprovada na Câmara, a proposta morre no Senado.

E pertencia mesmo

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Sepúlvida Pertence, que faleceu neste final de semana,foi um dos mais brilhantes ministros do STF nos últimos tempos, segundo reconhecem destacados operadores do Direito. Quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello estava para ser julgado na Suprema Corte, em um processo cujo relator era o mineiro de Diamantina, um jornal manchetou: “O destino de Collor a Sepúlveda pertence”. Collor foi absolvido.

Vem aí o ORELHA…

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Está no forno o meu segundo livro. ORELHA DE JEGUE é uma autobiografia, onde amarro minha história pessoal com a diáspora nordestina dos anos 50/60 e faço uma ligeira incursão  pela história política de Maringá, como testemunha ocular dos fatos que narro. O título do livro pode parecer estranho, mas tem tudo a ver com as relações de trabalho nas lavouras de café do Norte/Noroeste do Paraná.

Esclarecimento

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Não sei bem como me livrar disso, mas está surgindo uma profusão de pitacos aqui no blog, tudo em inglês. É tanto que não dou mais conta de deletar. No meio, de forma muito espaçada, vem comentários de leitores, aos quais peço desculpa por não ter encontrado ainda uma solução para o problema e por isso não os estou liberando.

A oxigenação da ignorância

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Uma recente pesquisa do Datafolha mostrou o tamanho do estrago que a polarização política dos últimos quatro anos fez na cabeça dos brasileiros. Metade do eleitorado acredita  no fantasma comunista, difundido de maneira criminosa e irresponsável pela extrema direita e potencializado sobretudo nos púlpitos de inúmeras  igrejas evangélicas. O “perigo vermelho”  foi difundido  à exaustão pelo ex-presidente Bolsonaro, caudatário de um discurso torpe e desconectado da realidade.

O medo do comunismo, que jamais ameaçou o Brasil, justificou o golpe do Estado Novo nos anos 30 e alavancou o golpe militar de 1964. A quem serve  a difusão dessa farsa ? Ao Brasil é que não. Serve apenas para alimentar o discurso de ódio, urdido com o objetivo claro de oxigenar a cultura do atraso.

O jornalismo perde Gil Rocha

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Leio agora no blog Paçoca com Cebola, do colega Cláudio Osti, sobre a morte prematura do jornalista Gil Rocha, por anos, repórter esportivo da RPC e comentarista de uma pá de emissoras de rádio. Ultimamente exercia a função de editor-chefe do departamento esportivo da CBN/Curitiba. Gil, de 64 anos, teve um mal estar dias atrás e ontem faria a  desobstrução de uma artéria. Houve complicações durante a cirurgia e ele morreu. Meus sentimentos  e solidariedade à família, particularmente à esposa Ana Zimermann, repórter da RPC.