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Show de horrores na Câmara dos Deputados

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O que aconteceu hoje na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados foi uma vergonha, literalmente um show de horrores. O Ministro da Justiça Flávio Dino, que na semana passada havia respondido com habilidade e boa dose de ironia as provocações dos parlamentares bolsonaristas na Comissão de Justiça , não teve a mesma paciência na tarde dessa terça-feira, convidado que foi para falar sobre a tentativa de  golpe de 8 de janeiro.

Ele perdeu a calma ante verdadeiros insultos feitos por parlamentares bolsonaristas como Carla Zambelli que se valeu de palavrões para agredi-lo. O deputado sargento Fahur, que é de Maringá, também apelou feio, insultando o ministro da Justiça quando este fez, como sempre faz, uma defesa enfática da tese do desarmamento.

Ratinho já coça o coldre

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Ratinho Júnior tem duas obsessões hoje: no mínimo se eleger Senador pelo Paraná em 2026 e emplacar alguém do seu meio para sucedê-lo no governo do Estado . Com vistas a esse objetivo, que  o saudoso Renato Teylor Negrinho chamava de desiderato, ele articula alianças desde já. O pontapé inicial é a formação de um grupo político, naturalmente liderado pelo próprio , e que tem nomes como os de Rafael Greca, Beto Preto e Alexandre Curi. Segundo assessores  próximos, Júnior acha que o principal adversário que terá mais à frente atende pelo nome de Sérgio Moro. Porém,  há no time do atual governador, alguém que acredita que o ex-juiz da Lava Jato tende a ficar tão encalacrado que acabará vendo sua popularidade virar pó. Ainda que seja somente pó de tapataio.

Complexo de Cassandra

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Editorial da Gazeta do Povo, que tem entre seus colunistas Rodrigo Constantino (só por isso não merece respeito) , projeta o pior dos mundos para o governo Lula. Ao analisar os 100 dias do presidente eleito em outubro,  o porta-voz da direita paranaense  diz que “foram 100 dias perdidos”.  Com base nessa profecia de Casandra, o “jornal naftalina”,  projeta  um cenário de terra arrasada para o  ano de 2026.

O poder que o PODER tem de transformar as pessoas

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Num momento em que a sociedade intensifica o combate ao machismo, que leva à prática da misoginia, a Câmara Municipal de Maringá decide mudar o nome de um espaço público para homenagear um ex-vereador, que segundo  o Fórum Maringaense de Mulheres, cultivava esses valores que hoje são repudiados. O homenageado pelo projeto de lei é o ex-vereador Luizinho Gari, que faleceu em  2021. Ele chegou a ser preso e sofreu pedido de cassação do seu mandato por agressão à sua ex-companheira.

Três vereadores querem homenagear Gari, dando o nome dele no Parque Linear Rio Samambaia.  O projeto já foi aprovado com o voto contra dos vereadores Mário Verri, Sidnei Telles e Ana Lúcia Rodrigues, que agora lutam para que o prefeito Ulisses Maia não o sancione. Só lembrando, até por questão de justiça, que Luizinho Gari se elegeu vereador em uma campanha feita literalmente na sola do sapato e com o apoio dos seus colegas coletores de lixo, em 2012.

Uma vez eleito, virou autoridade e segundo alguns amigos, ficou meio de nariz empinado e começou a fugir da sua origem humilde, inclusive se indispondo com ex-colegas de trabalho . Luizinho rodava a cidade com um serviço de som na sua moto, onde tocava o seu jingle de campanha, que compus pra ele, a pedido de um amigo comum, que arregaçou as mangas para ajudar a elegê-lo  primeiro vereador gari da história da Câmara Municipal de Maringá. Quando li a notícia da agressão por ele cometida contra a ex-esposa  me solidarizei com ela e lamentei profundamente  a distorção que o poder tinha provocado na cabeça daquele jovem batalhador, que antes de sair vitorioso das urnas, ganhava a vida correndo atrás de um caminhão coletor de lixo.

PF parte pra cima do neonazismo

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A Polícia Federal põe seu bloco na rua para investigar e  desmontar células neonazistas, que pipocaram no Brasil a partir de 2019. A determinação partiu diretamente do ministro da Justiça Flávio Dino com base na Lei 7.716/89, que pune crimes resultantes de discriminação e preconceitos de raça, cor, religião , etnia , etc. Segundo um professor da UEM, existiria duas células em Maringá.

 No contexto da atuação  dos grupos neonazistas estão, sem nenhuma dúvida, a onda de violência nas escolas. Já foi detectado, por exemplo, que o massacre de uma escola de Suzano (SP) ocorrido há quatro anos e o recente assassinato de uma professora  dentro da sala de aula na capital paulista, teriam ligação direta com a atuação desses grupos. A tragédia de Blumenau, onde quatro crianças foram mortas a golpes de machadinha, pode  não  ter tido essa influência direta, mas é certo que alguma influência sobre o jovem que cometeu as atrocidades na Creche Bom Pastor as ideias nazistas exerceram.

De acordo com investigações já em andamento,  os autores da maioria dos crimes ocorridos em escolas brasileiras de 2019 para cá, eram ativos em fóruns da internet, onde predominam discursos de ódio de conotação claramente nazista. O Ministério da Justiça está de posse de um estudo que aponta para 16 ataques em escolas brasileira de 2000 para cá, dos quais, 4 ocorreram no ano passado , com mais de 30 mortes.

“O tempo não para…”

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Vendo o marketing da Gazeta do Povo na RPC, feito por figuras asquerosas como Rodrigo Constantino, chego  à conclusão de que o outrora porta-voz da elite curitibana deixou de disfarçar a sua postura ultradireitista e assumiu de vez a bandeira mofada do anticomunismo. Como diria  Cazuza, “sua piscina está cheia de rato, suas ideias não correspondem aos fatos…o tempo não pára”.

Em política tudo é possível

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A indicação do ex-deputado  e secretário da saúde do governo Beto Richa , Michele Caputo, para o Conselho Administrativo da Itaipu Binacional aproxima petistas e tucanos no Paraná. No que isso vai dar, ninguém é capaz de prever. Mas uma coisa é certa: PSDB e PT podem estar juntos ano que vem em alguns estados brasileiros, inclusive o Paraná, para desespero do governador do Rio Grande do Sul . Eduardo Leite sonha na volta da polarização PSDB-PT para 2026, quando ele pretende ser candidato a presidente da república.

Vereadora denuncia Programa Pinga Fogo

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A professora e vereadora Ana Lúcia Rodrigues  fez hoje nas suas redes sociais, um desabafo e ao mesmo tempo uma denúncia contra o programa Pinga Fogo.  No vídeo ela diz: “  Passo por um momento que considero muito grave. Estou me sentindo ameaçada a partir da veiculação através de várias mentiras ditas no programa Pinga Fogo com os apresentadores Márcio Gomes e Juliano Pinga. Quero dizer que eu defendo a segurança dos alunos nas escolas, concordo com a punição exemplar desse psicopata que assassinou as crianças lá em Blumenau, que eu estou e sempre estarei ao lado da comunidade escolar, de todas as mães e professoras, sempre em defesa da cultura da paz e contra discursos de ódio. O fato é o seguinte:  as mentiras veiculadas nesta sexta-feira no programa Pinga Fogo me coloca em risco e vítima de ameaça”.

A honraria que vai dar o que falar

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Um grupo de deputados, entre eles o maringaense delegado Jacovós, apresentou na Alep, projeto de lei propondo o título de cidadão honorário do Paraná para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares dizem que a honraria se justifica pela carreira militar de Bolsonaro e por seu mandato presidencial. Sugiro que os deputados pesquisem melhor a carreira do capitão, que saiu do Exército pelas portas dos fundos, depois de liderar um plano para  explodir bombas em quartéis e num  sistema de abastecimento de água do Rio de Janeiro, em protesto por melhores salários no Exército. O ex-senador e ministro do governo Geisel, Jarbas Passarinho (+) dizia que o general-presidente se referia a Jair Messias Bolsonaro como “soldado bunda suja”. De qualquer forma, é boa a intenção dos deputados, porque esta sim, será uma homenagem joia.

Dos 530, dois seriam em Maringá ?

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Da leitora, professora Ana Lúcia:

“O nazismo prega a destruição de todos os povos e indivíduos que possam contaminar a presumida pureza da raça ariana. Essa ideologia foi posta em prática por Adolf Hitler nas décadas de 1930 e 1940, como política de Estado, na Alemanha e nos países invadidos pelo ditador.

De 1941 a 1945, seis milhões de judeus foram executados nos campos de extermínio nazistas. O genocídio do povo judeu ficou conhecido como Holocausto e é reconhecido como um dos episódios mais traumáticos da história da humanidade. Entre as vítimas dos nazistas, estiveram judeus, negros, gays, pessoas com deficiência física ou mental, ciganos, comunistas e testemunhas de Jeová.
CUIDADO:
Destes 530 núcleos nazistas do Brasil pelo menos 5 estão em Maringá segundo um professor da UEM”.