O morador de Sarandi Márcio Roberto está indignado com a terceirização da gestão do Hospital Universitário de Maringá, onde disse que trabalha. Em pitaco no blog , desabafou: “O HU está sucateado, a terceirização está acabando com tudo o que é público. Por favor ajudem, estamos desesperados”.
Ainda no modo limão: azedo
Ele voltou. Depois de sete meses na moita Ciro Gomes está de volta ao noticiário político e sempre com a mesma acidez e virulência. Ao desembarcar em Cumbica, procedente de Lisboa, ele cascou a borduna em Bolsonaro e falou o que sempre fala de Lula, embora seu partido atual, o PDT, esteja no governo. Candidato derrotado por quatro vezes, “Cirão da Massa” se assanha novamente, para tentar pela quinta vez chegar ao Palácio do Planalto. Ciro Gomes é às vezes chamado de louco. Mas ele, que era fã de Raul Seixas, prefere se autodefinir como “maluco beleza”.
Beto vai tentar o 3o. mandato
Eleito deputado federal depois de sair em baixa e até enxovalhado do Palácio Iguaçu, Beto Richa está de volta à cena política do Estado. Ontem em Cascavel ele foi perguntado e admitiu que pretende voltar ao governo do Paraná. Não disse com todas as letras, mas até o guiso da serpente sabe que ele é pré-candidato para 2024. Só lembrando: Ratinho Júnior foi reeleito em 2022 e portanto não poderá pleitear nova reeleição. O quadro de candidatos a governador que teremos ano que vem é indefinido, mas pelos nomes disponíveis no mercado, é certo que a safra será das piores. Como em terra de cego quem tem um olho é rei, Beto deve ir pra disputa com chances reais.
Progresso e contradições da metrópole Maringá
A Zona 2 era tida até alguns anos atrás como o bairro mais sofisticado de Maringá. A parte à direita da Av. Cerro Azul para quem vai em direção ao centro, é onde morava o PIB da Cidade Canção. Ali estavam as casas mais sofisticadas e o glamour pedia passagem. Hoje, quem transita pelo bairro percebe logo que a Zona 2 perdeu a pose, virou um aglomerado de casarios abandonados, que nem podem ser tombados pelo patrimônio histórico posto que os imóveis outrora luxuosos são de arquitetura comum.
O que aconteceu com a Zona 2? Ocorre que os seus moradores tradicionais envelheceram, muitos já se foram para o andar de cima e os filhos e netos preferem morar em prédios de apartamentos, por comodidade e mais ainda por medida de segurança. Há uma lei municipal incorporada ao Código de Postura do Município que proíbe a construção de prédios naquela região. Nem mesmo na Cerro Azul são permitidas edificações com mais de seis pavimentos. O máximo que um proprietário consegue é reformar sua casa, porque se demolir, não pode erguer nada no terreno. Isso devido à luta histórica (e aguerrida) da associação de moradores, que ainda existe e salvo engano, continua sob o comando da ex-colunista social Irma de Oliveira.
Diante desse quadro de abandono dos casarões, a dedução lógica é que o mercado imobiliário aguarda o fim das limitações legais ali existentes para entrar de sola naquele filão com novos empreendimentos. Um morador antigo me disse um dia desses, que muitas daquelas mansões atualmente abandonadas, já foram adquiridas por grandes imobiliaristas , que vislumbram nuvens de $ifrões sobrevoando, sobretudo a região do Maringá Clube.
Passado e futuro temperam o embate
A briga etá chegando no seguinte ponto: Bolsonaro e seus aliados só chamam Lula de ex-presidiário. E Lula, por outro lado, junto com seus aliados, não deixam de se referir a Bolsonaro como futuro presidiário.
Um petista descontente com Lula
O deputado estadual Requião Filho está pessimista com relação ao novo pedágio , ainda que seja controlado pelo governo federal através da ANTT. O parlamentar acha que o contrato com as concessionárias seguirá o mesmo modelo dos anteriores e que não haverá redução de tarifas coisa nenhuma. Ele, tal qual o pai Roberto, está no PT, mas não poupa Lula por entender que o presidente está preso numa teia de aranha armada pelo conservadorismo e sem força, ou sem vontade, de romper a bolha.
Requião Filho esteve ontem em Maringá para participar da sessão itinerante da Alep e em visita ao Jornal do Povo conversou comigo e com a colega jornalista Dayani Barbosa.
Acho que nem Kafka entenderia
Dia desses o síndico atribuiu à era Lula o roubo de duas bicicletas na garagem do prédio onde moro. Indignado pelo fato do ladrão ter sido preso e solto em seguida, desabafou: “Isso é culpa do presidente do Brasil , que é a favor dos bandidos. Daqui pra frente vai ser cada vez pior”. Ontem, tentaram arrombar de madrugada o portão de um condomínio vizinho e o morador que estava na janela do seu apartamento de madrugada e espantou os dois suspeitos com um grito, contava no quarteirão: “Vê se pode ! Bastou o ladrão de nove dedos assumir que a bandidagem já começou a se sentir protegida e a tomar conta do pedaço”.
Esse tipo de comentário tem sido recorrente aqui na nossa conservadora e bolsonarista Maringá. Tão absurdos e tão descabidos eles são, que nem vale a pena querer entender a cabeça das pessoas que assim pensam. Eu apenas me pergunto: será que Kafka entenderia?
Escândalo no futebol bola murcha
A manipulação de apostas no futebol brasileiro que virou motivo de CPI no Congresso Nacional é apenas mais um ato no escandaloso teatro do absurdo em que se tornou o esporte bretão em nosso país. Nunca é demais lembrar que isso ocorre atualmente porque lá atrás, mais precisamente no inicio dos anos 80, a revista Placar denunciou (e desmontou) um esquema de manipulação de resultados através da Loteria Esportiva. O problema é que a impunidade imperou e o uso do cachimbo deixou a boca de cartolas e até de jogadores tão torta, que a podridão voltou com tudo no Campeonato Brasileiro, inclusive da Série A. Ontem, o ministro da Justiça Flávio Dino anunciou medidas duras a ser tomadas pelo governo federal contra a nova modalidade de corrupção no futebol brasileiro, já batizada de “máfia dos cartões”. Além disso, a CPI para apurar a “compra” de atletas , que recebem grana alta para provocarem advertências com cartões amarelos e expulsões será instalada já na próxima semana.

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Frases do dia
Estivesse ainda entre nós, o saudoso ministro do STF Teori Zavascki diria sobre as investigações das tentativas de golpe: “A cada pena que se pucha vem uma galinha”;
Gilmar Mendes sobre as visitas constantes de parlamentares bolsonaristas a Anderson Torres: “Descibriram o presídio”;
“Nunca fiz conluio com o Ministério Público e enquanto juiz federal nunca tive uma sentença minha anulada”.
Ministro Flávio Dino, olhando no olho de Sérgio Moro
A Eletrobras e o Trio Balacobaco
O que o governo quer com os questionamentos à privatização da Eletrobrás? Apenas ampliar o seu poder de voto, porque mesmo sendo acionista majoritário, o voto do estado vale tanto quanto o de qualquer acionista minoritário. Significa, então, que o modelo de privatização da companhia, implementado pelo ex-todo poderoso da economia Paulo Guedes, foi um golpe contra a União.
Mas aí o que acontece? O presidente da república esperneia, fala em rever isso e o mercado fica todo ofendido, naturalmente embalado por uma trilha sonora malandra, executada pela mídia corporativa. Se bobear, a Copel vai cair no mesmo golpe, embalado pelo falso discurso da eficiência gerencial da iniciativa privada. Ora, cacete, a Copel sempre foi referência como empresa eficiente e lucrativa nas mãos do governo paranaense e sendo assim, por que privatizá-la? O mesmo golpe está sendo preparado contra a Cesp, de São Paulo e a Cemig, de Minas Gerais. O trio Ratinho Jr, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema é mesmo do balacobaco.





