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Pra não dizer que não falei das flores…

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Alguns amigos me chamaram a atenção sobre o tanto de coisas que posto aqui sobre Sérgio Moro. Mas não dá pra ignorar fatos como o novo depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, que para azar do senador e ex-juiz da Lava Jato, deverá comparecer para um depoimento presencial na Câmara dos Deputados. Depois de denunciar um crime de extorsão contra ele envolvendo Moro,  Duran , que mora atualmente na Espanha, foi impedido de vir ao Brasil devido a uma ordem de prisão contra ele expedida por um desembargador do TRF4, que só por acaso,  tem ligações até familiares com  Moro.

Em novo depoimento remoto ao juiz Eduardo Appio, da 13ª. Vara Federal de Curitiba, Duran citou como chefe de um esquema de extorsão de réus da Lava Jato, o ex-procurador Carlos Fernandes dos Santos Lima, parceiro de Deltan Dallagnol na República de Curitiba. Ao se referir a Sérgio Moro e Deltan Dallganol, Tacla foi interrompido pelo magistrado que disse que remeteria a denúncia ao STF, uma vez que tanto Moro quanto Deltan tem fórum privilegiado, por serem parlamentares – um é senador e o outro deputado federal. Enfim, a chapa está esquentando.

E finalmente, pra não dizer que não falei das flores, que tal o confronto direto de Moro com o ministro Flavio Dino na Comissão de Justiça e Segurança do Senado?  Moro tentou defender o indigitado senador Marco Duval, que vive chamando Dino de lixo e de bandido, e levou uma invertida que o deixou mais vermelho do que a fachada do Santander. O ministro, que é convidado ou convocado dia sim e dia também pela bancada bolsonarista na Câmara e no Senado, disse olhando no olho de Sérgio Moro:  “ Eu fui juiz federal e nunca fiz conluio com o Ministério Público e nunca tive uma sentença minha anulada”. Precisa dizer mais o que?

Chapa quente

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Rodrigo Tacla Duran, ex-operador da Odebrecht, foi ouvido novamente esta semana pelo juiz Eduardo Appio, da 13ª. Vara Federal de Curitiba, sobre o caso por ele denunciado, de extorsão que envolve o atual senador e ex-juiz Sérgio Moro.  A chapa está esquentando.

Itaipu apoia

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O ex-jogador do Corinthias, do Santos e da Seleção Brasileira, Ricardinho, tem um projeto interessante de atendimento e encaminhamento de garotos em situação de vulnerabilidade social. É o “Maestro da Bola”, que deverá ter o apoio financeiro da Itaipu Binacional. Ricardinho, que atualmente atua como comentarista nas transmissões da Globo (TVs aberta e fechada), esteve com o diretor-geral da empresa, o maringaense Ênio Verri.

Espinafrado por Mendes e calado por Dino

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Ontem  Gilmar Mendes se referiu a Curitiba como uma cidade que tem o germe do fascismo. A declaração feita no programa Roda Viva provocou uma reação em cadeia na capital paranaense, que passou a considerar o ministro do STF como persona non grata. Hoje, Mendes tentou consertar o deslize por suas redes sociais dizendo que houve um mal entendido ao usar uma metonímia que merece explicação: “Me referia a autoproclamada República de Curitiba e os juízes da força tarefa da Lava Jato”. E mais uma vez, o decano da Suprema Corte detonou o ex-juiz e agora senador Sérgio Moro, não deixando fora da sua ácida crítica o  ex-procurador e deputado federal, Deltan Dallagnol.

Aliás,  Moro viveu nesta terça-feira uma manhã de grande constrangimento  na Comissão de Segurança Pública do Senado. Um senador  bolsonarista  chamou o ministro da Justiça Flávio Dino de lixo e disse que o mesmo deveria ser preso , mas  acabou levando uma invertida. Ao invés de se solidarizar com o ministro que fora atacado de forma vil,  Sérgio Moro decidiu  reforçar o coro da baixaria e da falta de decoro. Dino,  que também foi juiz federal (aliás entrou na magistratura no mesmo concurso em que Moro foi aprovado) , se revoltou com o ex-colega . O clima esquentou entre os dois e Moro teve que engolir seco a revolta do atual ocupante da pasta que foi dele no governo passado. Flávio Dino soltou seus marimbondos pra cima de Moro: “Vim aqui para ser respeitado. Se um senador acha que pode cercear a minha palavra, se um senador diz que eu tenho que ser preso. Isso é respeito? Sou uma pessoa honesta, sou ficha limpa, sou juiz, nunca fiz conluio com o Ministério Público, nunca tive sentença anulada. Portanto, eu repilo veementemente qualquer ofensa à minha honra, e ninguém vai me impedir de defender a minha honra, porque quem tem honra defende”.

Vai no vácuo da Eletrobrás

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O governo é o acionista majoritário da Eletrobrás, recém-privatizada  com base em uma lei draconiana que só beneficia os acionistas privados. Lula está indignado com essa privatização e tenta revertê-la, sem sucesso e atraindo a ira do mercado e do neoliberalismo de pé quebrado. Ocorre que mesmo tendo quase 50% das ações ordinárias, o direito a voto do governo se nivela a quem tem 10%, por exemplo.  É por isso que a esquerda classifica a venda da companhia pelo governo Bolsonaro como crime de lesa pátria. E podem esperar: com base no mesmo modelo, vem aí a privatização da Copel.  Que os consumidores preparem o bolso.

O ministro saiu da casinha

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Gilmar Mendes, valendo-se dos malefícios que diz ter a Lava Jato trazido para o país, atacou o que chama de “República de Curitiba”, mas acabou cometendo um ato falho que pode lhe custar muito caro. Para atingir Sérgio Moro, que o acusara de vender decisões judiciais, o decano do STF perdeu a linha ontem no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Disse sobre, a capital paranaense: “ Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo”. Isso é xenofobia explícita.

Tem que se virar nos 30

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Entre os muitos esqueletos que a ministra da Saúde Nísia Trindade encontrou no armário, está o reflexo do corte de verbas feito em maio passado pelo presidente Bolsonaro para a compra de marca-passos e respectivas baterias. A ministra sabe que se não correr contra o relógio, muita gente vai morrer devido a falta do equipamento no SUS.

Inscrições quase no fim

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O governo do Paraná  vai contratar 1.256 professores para a rede estadual de ensino. As vagas são para todos os núcleos regionais, inclusive o de Maringá. As inscrições podem ser feitas até às 23 horas dessa terça-feira no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação. Provas dia 18 de julho.

O falso moralismo

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O falso moralismo centrou praça hoje na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Paraná. O deputado Delegado Tito Barrichello (União Brasil)  exibiu no plenário um par de algemas com a promessa de prender a cantora funk MC Pipokinha, que fará dia 20 em Curitiba. “Se ela fizer apresentações picantes e ousadas, ocmo já fez em outras cidades brasileiras, vai ser presa”. Como desabafaria e minha sábia avó materna, Dindinha Alvina: “Eita porra!”

Sobrou para o velho

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A confusão era com o filho mas sobrou para o pai. O deputado Reinhold Stephanes Jr se meteu numa tremenda enrascada ao chamar de  “louca” a deputada Dandara, do PT mineiro. Isso porque a parlamentar criticava Bolsonaro no caso da falsificação de carteiras de vacinação contra a Covid. O troco foi imediato e deixou Júnior em maus lençóes. O fato foi noticiado na edição de hoje do jornal o Globo, que confundiu o filho com o pai, que é paranaense mas constou como sendo deputado federal por Roraima. A Secretaria da Mulher da Câmara Federal denunciou Stephanes Júnior (PSD-PR) por violência de gênero.

Sobre Reinhold Stephanes (pai) , lembro que ele foi presidente do INPS no período da ditadura  militar e em sua gestão, aposentado não tinha moleza. Uma vez, criticando o descaso com que o Instituto Nacional de Previdência Social tratava os aposentados e pensionistas, o irreverente Vicente Leporace, escrachou o presidente no programa Trabuco, da Rádio Bandeirantes de São Paulo. “Também pudera, invés da gente ter um presidente com nome brasileiro, tipo: José da Silva, João de Oliveira ou coisa que o valha, temos um Reinhold Sthephanes, que deve ser americano . E aí, coitado do pobre que depende da previdência e se quer sabe pronunciar o nome do presidente do INPS”.