Bolsonaro aceitou o convite de Valdemar Costa Neto para se tornar presidente de honra do PL. A árdua tarefa renderá ao ex-presidente um modesto salário de R$ 41,6 mil. Um amigo meu, muito bem humorado, protestou: “Ô Valdemar, por R$ 5 mil eu aceitaria a espinhosa missão!”. Esse salário somado aos R$ 11,9 mil que ele recebe como capitão reformado e aos Rs 30 mil de aposentadoria como deputado, Bolsonaro terá em sua conta a cada 30 dias,exatos R$ 83, 500,00. Já a ex-primeira dama Michele Bolsonaro terá um salário de R$ 33.700,00 só para exercer o cargo decorativo de presidente so PL Mulher. Total de R$ 117,200 para o casal curtir o ócio.
De volta pra casa
Bolsonaro já está em solo brasileiro. Embarcou ontem à noite em Orlando e desceu no aeroporto de Brasília hoje ao amanhecer, sem a sonhada apoteose. Ficou fulo com o esquema de segurança montado pelo governo do DF, que não permitiu a presença da multidão de fanáticos que estaria lá para gritar “mito, mito, mito”. O ex-presidente dirigiu-se direto para a sede do PL, onde foi recebido por Valdemar da Costa Neto e meia dúzia de gatos pingados. Se ele vai ter protagonismo como líder de oposição é o que ainda não se sabe. Uns preveem que sim, outros acham que a liderança de Jair Messias deve virar pó. É o caso do jornalista Moisés Mendes, que escreveu: “Só agora, a partir dessa quinta-feira, cai a ficha de Bolsonaro. Ele é um tio sem poder, sem militares, sem orçamento secreto, sem Arthur Lira, sem grileiros e garimpeiros, sem Paulo Guedes, sem cartão corporativo e sem joias. Saberá, em pouco tempo, que virou um traste”.
Tiraram-lhe o doce da boca
Conta a jornalista Thaís Oyama, do portal UOL, que Bolsonaro reagiu com uma cascata de palavrões à notícia sobre o esquema de segurança preparado para o seu desembarque em Brasília às 7h dessa quinta-feira. O ex-presidente esperava ser recepcionado por uma multidão de fanáticos apoiadores, gritando “mito,mito,mito”. Porém, o esquema de segurança montado pelo governo do Distrito Federal impedirá a aproximação de populares, exatamente pare evitar tumultos e risco de baderna. E aí o que Bolsonaro fez, após xingar bastante? Passou a culpar o ministro da Justiça, Flavio Dino e o PT.
Aí vem o Flamengo
Saiu ainda há pouco o sorteio da terceira fase da Copa do Brasil. O Maringá, vejam só, pega o Flamengo. O primeiro jogo será dia 12 no Willie Davids e o de volta, dia 26 de abril no Maracanã.
O cachimbo como metáfora
O Ministério Público quer o cumprimento da sentença transitada em julgado que cassou os mandatos dos vereadores Altamir dos Santos e Belino Bravin Filho. Os dois foram denunciados pelo então promotor Cruz, pela prática de nepotismo. Mesmo sentenciados pelo STJ , continuam exercendo mandato.
Pelo menos se espera que tal punição , que não é a primeira e nem será a última, tenha caráter pedagógico e desestimule de uma vez por todas o uso excessivo do cachimbo. Quem conheceu e conviveu com o saudoso diretor do poder legislativo municipal de Maringá José Pires de Andrade, sabe que no tempo dele, vereador não ficava com a boca torta, fosse quem fosse o presidente da Casa. Seu José, uma das maiores referências éticas do setor público que conheci, sabia como tratar os vereadores, o fazia com respeito, mas sem passar pano sobre qualquer mal feito.
Nitroglicerina pura
A mulher de Anderson Torres, Flávia Sampaio Torres, fez um périplo por gabinetes de ministros do STJ e do STF em Brasília e isso provocou calafrios em Bolsonaro, amigos e familiares. O que estaria Flávia tramando? Ainda mais depois de saber que até o ministro Alexandre de Moraes a teria recebido? Uma delação premiada do ex-ministro da Justiça , que continua preso em decorrência dos episódios de 8 de janeiro, pode provocar uma explosão de consequências imprevisíveis no bolsonarismo.
Silogismo de botequim
” Gaiato da Boca Maldita leu as manchetes da Gazetona hoje e agora tem uma certeza eleitoral: Lula elegeu Bolsonaro que elegeu Lula que se não fechar a matraca vai eleger Moro”.
. Zé Beto
Divirjo vetusto mestre: Moro é senador de um mandato só e o seu sonho de chegar ao Palácio do Planalto está sendo encaminhado para o arquivo morto da política brasileira por um certo Rodrigo Tacla Duran.
O dia em que Requião ajudou Deltan
Não era segredo, mas na época a mídia passou batida no caso da colaboração do ex-senador Roberto Requião com uma vaquinha virtual do ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. O atual deputado federal queria arrecadar no início do ano passado R$ 75 mil para pagar a Lula uma indenização por danos morais. Requião doou R$ 1,00 e com boa dose de ironia twittou: “Ajudo a pagar mas não faça mais canalhice!”
Pra não dar chabu
Ricardo Barros conseguiu arrastar o ex-vereador Odair Fogueteiro do PDT para o seu PP. Lendo essa notícia no blog do Rigon não resisti à tentação de um trocadilho: Barros queria Fogueteiro obstinadamente porque só ele para segurar o rojão.
A esquerda ficou a pé
Ênio Verri é a principal liderança do PT em Maringá, mas agora como diretor-geral da Itaipu, cargo executivo e totalmente desvinculado da política partidária, não tem como estar presente nos embates políticos da cidade. Algum nome viável para a Prefeitura no radar do setor progressista? Tem não. A menos que surja de última hora uma espécie de outsider da esquerda.