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O fantasma vermelho e o vampiro brasileiro

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Sou tomado por um misto de perplexidade e riso sempre que ouço alguém manifestar preocupação com uma hipotética e ridícula ameaça comunista no Brasil. Vem logo à lembrança o discurso tosco do ex-presidente Jair Bolsonaro, que  mesmo quando era deputado do baixíssimo clero nunca deixou  de repetir a velha cantilena. Uma vez na presidência, usou  o medo do comunismo, inoculado na alma brasileira  por  uma certa intentona, para justificar mais uma vez, a armação de um golpe de estado em nosso país. Deu certo com Getúlio Vargas  em 1937 e com os militares em 1964. Mas com Bolsonaro e a direita descompensada que ele liderou, deu chabu em 2022/2023.

Não nos surpreendamos, porém. Esse fantasma, com cara de Bento Carneiro, o vampiro brasileiro, ficará sobrevoando o Planalto Central ainda por muito tempo. E como dizia o personagem do impagável Chico Anísio, “se você não creu neu, azar o seu…se finou”.

Boa lembrança

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O leitor Marcos, lembra, a propósito da inundação daquela praça do Mercadão, que ali foi construída pelo então chefe do SAOP, Ivaldécio, um calçadão ecológico, que aliás, foi  prática comum na gestão petista do Zé Claudio e do João Ivo. Esse tipo de calçada facilitava a absorção da água da chuva pelo solo desimpermeabilizado. Mas nas gestões Silvio Barros II, o modelo de calçamento ecológico foi desmontado.  É claro que na área urbana  onde o solo é todo coberto por asfalto e cimento , o escoamento da água da chuva fica limitado às galerias, geralmente obstruídas pelo lixo jogado nas bocas de lobo. O resultado é sempre a inundação quando os índices de precipitação pluviométrica são muito elevados.

Olho no lance !!!

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Atenção, atenção: informa um atento leitor do blog que em Maringá existem postos vendendo gasolina a R$ 6,19, enquanto outros vendem a R$ 5,49.

Etimologicamente falando

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O que é ser progressista? Na definição de mestre Aurélio é ser favorável a transformações políticas, econômicas e sobretudo, sociais. O que essa definição tem a ver com o Partido Progressista? Se você achar uma explicação convincente para tal diatribe, dou-lhe uma cuia de sarapatel , uma porção de baião de dois e como sobremesa, mousse de quixaba.

Dois pesos e duas medidas

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O Ministério Público do Paraná quer a suspeição de Eduardo Appio, novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba. O magistrado fez críticas à sentença de Sérgio Moro contra Lula e teria, segundo a procuradora Carolina Bonfadini, até feito doação à campanha presidencial de Lula. Conforme notícia do jornal O Globo, a procuradora diz em seu pedido que Appio   “não está investido do necessário atributo da imparcialidade, o que inviabiliza a apreciação justa e prolação de decisão equânime pelo magistrado”.

A ser comprovada esta suspeita, está correta a procuradora. Não dá pra dizer o mesmo do MP quando não se atentou lá atrás para a parcialidade do então juiz da 13ª. Vara , quando ele  mandou o ex-presidente para a cadeia, tornando-o inelegível em  2018 e depois virando  ministro do candidato vencedor.

O preço da incivilidade

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O que justificaria um alagamento na região central de Maringá como o regitsrdado na tarde dessa quinta-feira? Talvez nem os 40mm que seria normal chover em um dia e caiu em apenas uma hora. O que aconteceu, por exemplo, no Mercadão, deve servir de alerta para que a Prefeitura faça uma checagem geral das condições das bocas de lobo. Como toda água da chuva que cai no centro escore  das galerias pluviais para o Túnel Liner, é bem provável que  há muito bueiro obstruído pelo lixo que as pessoas jogam a todo momento nessas válvulas de escape.

Dia desses eu passava por uma avenida do Novo Centro e uma senhora de idade estava retirando  de uma boca de lobo uma marmita de isopor e uma garrafa pete. Parei para ajudar e ouvir o desabafo  daquela zelosa senhora: “Quem faz um negócio desse é criminoso,  você não acha?”. Respondi:  “acho, mas o problema da falta de conscientização  é uma questão cultural , que  pode ser minimizado com campanhas educativas, coisa que não temos visto por aqui”.

Não dá pra tolerar o intolerável

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A fala do vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, de apoio ao trabalho escravo e de ofensa à Bahia, aos baianos e a todo o povo nordestino, é algo inaceitável. O mínimo que pode acontecer com o escroque é a cassação de seu mandato.

Little Big Man 

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“Ignorância é um terreno infértil, incapaz de germinar as sementes de que florescem os valores fundamentais da liberdade e da democracia”. A observação, quase em tom de desabafo , foi  da presidente do STF Rosa Weber durante solenidade de alusão aos 100 anos da morte de Ruy Barbosa, um dos fundadores da mais alta corte de justiça do país. O  busto do brasileiro ilustre foi brutalmente atacado pelos  vândalos nos episódios de 8 de janeiro, mas o máximo que eles conseguiram foi produzir um afundamento na testa do Águia de Haia. A parte danificada não será restaurada, porque segundo a ministra,  a obra de bronze deve permanecer  como está , pois servirá de lembrança de um dos momentos mais tristes da história do Brasil, que não deve ser esquecido. Até porque, tornou-se  prova cabal da fortaleza da nossa democracia .  Viva o pequeno grande homem (little big man) , símbolo maior da luta pelos direitos humanos, contra o racismo e todo tipo de intolerância.

Divaldo, Divaldo !!!

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O médium Divaldo Franco causou um tremendo mal estar na Bahia, sobretudo em Salvador, sua cidade natal,  ao explicitar seu apoio aos  golpistas do dia 8 de janeiro. Que espírito teria ele incorporado ao sair em defesa de criminosos? Responde o mendigo Batuta, de Itaberaba, que foi o espírito de porco.

A direita é sempre previsível

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Homero Marchesi passou dois anos na Câmara Municipal de Maringá liderando o “bloco do eu sozinho”. Não era o fato dele ser de extrema direita o que contava na sua condição de “espalha roda”. Ele fazia questão de estar sempre em confronto com os nobres pares, geralmente por picuinha ou no máximo, com um discurso falso-moralista. Homero se elegeu deputado estadual e se mudou para Curitiba. Não se reelegeu e está de volta a Maringá, trabalhando para se transformar numa espécie de  “outsider” nas eleições municipais do ano que vem.

Nessa missão, Homero não está sozinho. Até porque deixou uma substituta à altura no Legislativo Municipal. Cris Lauer, que sempre me faz lembrar  Carla Zambelli, age de acordo com uma cartilha que tem no neonazismo a sua grande referência. Não se surpreendam se ela e Marchesi fizerem uma dobradinha em 2024, com apoio incondicional do MBL do Kim Kataguiri. Nada mais previsível.