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História pro Kajuru não dormir

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O avião levantou voo no Aeroporto Afonso Pena rumo a Brasília. A bordo, dois aliados políticos e hoje, adversários. Um  deles está com o coração até aqui de mágoa e o outro, no modo “tô nem aí”. O magoado atende pelo nome de  Álvaro Dias, o arrogante recebeu na pia batismal o nome de  Sérgio Moro. O primeiro ficou fã do segundo, por conta da sua ação justiceira na Lava Jato e depois foi por este traído.  Na aeronave estavam separados por apenas uma fileira. Um percebeu o outro e o outro fez que nem viu o um. O  que atende pelo nome de Álvaro Dias não escondia seu desconforto e o  batizado de Sérgio, continuou a viagem toda se fazendo de  samambaia.

O senador desceu na capital federal, passou perto do ex, que ele derrotou em outubro, e fez de conta que não o conhecia. O silêncio de Álvaro Dias, que defendeu com unhas e dentes  a Lava Jato, ao ponto de colocar o juiz  Moro num pedestal era ensurdecedor. O de Moro, cortante. Calados os dois estavam, calados e indiferente um ao outro, ambos desceram . Após pegarem as respectivas malas, tomaram direções opostas, deixando em quem os observava à distancia, a certeza de que realmente, dois bicudos não se beijam.

Lendo essa história no blog do Esmael Morais, que procurei enfeitar aqui com uma certa dramaticidade tragicômica,  fiquei pensando:  o que diria de Moro o senador Jorge Kajuru ?

Abandono criminoso

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Uma reportagem da RPC , exibida hoje no telejornal da noite, mostrou a situação caótica das rodovias federais do Paraná. Longe de mim defender o pedágio, mas o fim do contrato com as concessionárias , que parece ter sido coisa encomendada, foi determinante para a degradação total da malha viária do Estado. Os buracos que tomam conta das rodovia são a causa maior de grandes tragédias que a PRF tem registrado de um ano pra cá. Quem deve pagar a conta desse abandono criminoso, o ex-presidente Bolsonaro ou o governador Ratinho Júnior?  Eis aí um debate necessário.

Politica do perde, perde

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É oficial:  59,3 milhões de brasileiros estão no Serasa, de acordo com estudo da própria Experian. O que cresceu não foi apenas o número de negativados, mas o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente, que em janeiro de 2018 devia R$ 3.926,40 passou a dever em janeiro de 2023, R$ 4.612,30.  O que isto significa? Significa em primeiro lugar, que o desemprego explodiu e a massa salarial encolheu. Isso é ruim pra todo mundo, inclusive pra quem paga, porque há uma crise de demanda e dessa crise não escapam também quem produz e quem vende, ou seja, a indústria e o comércio. Vivemos uma política do perde, perde.

O Paraná, mal na foto

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O Paraná sempre teve protagonismo no Senado Federal. Houve um tempo em que ocupavam as três cadeiras pertencentes ao nosso estado, políticos do quilate de um Zé Richa,  Aciolli Filho,  Requião, Leite Chaves e até, porque não, Enéas Faria. Hoje temos Flávio Arns , Oriovisto Guimarães e Sérgio Moro. Aí , segundo o Zé Beto, vem um filósofo do Centro Cívico e crava esse ironia: “O Paraná está muito bem servido no Senado. Ninguém fala com o mais novo representante, eleito em outubro – e os outros dois, quando falam, ninguém ouve”.

Quando o exemplo vem de cima

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Informam colunistas curitibanos que mesmo com doses completas, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Troiano, está com suspeita de Covid. Ele é uma prova cabal de que o coronavírus ainda habita nosso meio e todo o cuidado é pouco. Exatamente por isso, julgo de extrema importância a vacina bivalente, que já chegou a Maringá e começa a ser aplicada hoje nas unidades de saúde da cidade. Por enquanto, serão  imunizadas pessoas de 70 anos acima, população que mora ou trabalha em instituições de longa permanência para idosos , indígenas com mais de 12 anos e pessoas imunocomprometidas. Lembrando que a bivalente protege contra a cepa original do coronavírus e suas subvariantes. Para reforçar na população a crença no poder da vacina, o presidente Lula foi o primeiro a tomar a bivalente, dose que nele foi aplicada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.

Posse indefinida

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Continua sem data fixada a posse do maringaense Ênio Verri na diretoria geral da Itaipu, em princípio marcada para , salvo engano, 14 de março, uma terça-feira. A posse de Verri, claro, depende mais da agenda do presidente Lula do que da dele próprio. Lula pretende viajar com frequência para o exterior, a fim de refazer  relações diplomáticas  enfraquecidas no governo Bolsonaro,, principalmente com os maiores parceiros comerciais do Brasil, caso da China.

O PL não desiste

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O PL insiste na sua ação junto ao TRE-PR, de cassação do mandato do senador recém-empossado Sérgio Moro. A acusação é de abuso de poder econômico e de uso de caixa 2 na campanha que levou o ex-juiz da Lava Jato para o Senado. O que o PL quer, no fundo, é abocanhar a cadeira de Moro para o segundo colocado Paulo Martins.

Desembargador no banco dos réus

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Há pouca divulgação ainda sobre o fato, mas se não é inédito é pelo menos inusitado e deve ir parar nas manchetes do mundo. Trata-se do julgamento na Corte Especial do STJ na próxima quarta-feira de um desembargador do Paraná, por agressão à própria mãe e a uma irmã. A ação contra o desembargador Luís de Paula Espíndola tramita na Justiça desde 2014. O magistrado andou envolvido em outra confusão, sendo absolvido após agredir uma dona de casa com uma pá. No processo em questão, a irmã do desembargador, Maria Lúcia Espíndola, atua como assistente da acusação.

Os terabytes que inquietam

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O ex-procurador Deltan Dallagnol, que saiu  de pau pra cima do juiz Eduardo Appio, novo juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba, a da Lava Jato, deve ficar com a pulga atrás da orelha quando lembra  dos 4 terabytes da “Vaza Jato” que repousam em uma gaveta do STF. Segundo o jornalista Luís Nassif, no portal GGN, “lá, tem muito mais informações comprometedoras do que as que foram divulgadas pelo pool de veículos até agora”.

Pra não dizer que não falei de São Francisco de Assis

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A realidade dos números choca qualquer ser humano com um mínimo de sensibilidade social. A revelação não é de nenhum esquerdista, é do ex-banqueiro Eduardo Moreira. Diz ele que no Brasil, 0,1% das pessoas tem 90% do dinheiro depositado nos bancos e 1% detém metade das terras agricultáveis do país. O que mais espanta é o ódio que a elite e principalmente a classe média tem dos mais pobres, pouco se importando com o quadro de miséria que a gente vê nas ruas de manhã, de tarde e de noite.