Uma corte de justiça , conhecida como Tribunal da Concorrência , condenou os bancos que operam no país a pagarem multas astronômicas por prejudicarem consumidores. As multas totalizam 227 milhões de Euros, 1,4 bilhão de reais. Calma, isso não foi no Brasil, não. Foi em Portugal.
Nomes estranhos
Veja alguns nomes curiosos dessas eleições no Vale do Ivaí:
Língua Preta, Io e Parabólica (Jardim Alegre), Tchu Tchu (Marumbi), Oncinha (Marumbi), Cabeção e Zé Lomba (São Jorge do Ivaí)
Nenê da Dona Nadir (Rio Branco do Ivaí), Fabinho Bala Gato (Lidianópolis), Pé de Pano (São Pedro do Ivaí), Dominado (Borrazópolis), Matheus Porrão (Jandaia do Sul), Gaiolinha da Saúde (Marilandia do Sul) e Tocera (Ariranha do Ivaí)
E nem poderia ser diferente
Silvio Barros esteve ontem com Ulisses Maia no gabinete que ele ocupará a partir de primeiro de janeiro. Foi o primeiro passo para o processo de transição, que deve começar logo. Não há problema de relacionamento entre os dois, até porque Ulisses foi chefe de gabinete de Silvio, que exerceu dois mandados (2009 a 2016).
Assim é, assim que tem que ser, assim será. Democracia é isso. O que deixa o cargo facilita as coisas para quem vai assumir, independente de quem seja. O eleitor é soberano e a decisão dele deve sempre ser respeitada, o que não aconteceu com Bolsonaro quando perdeu a eleição para Lula em 2022. Tudo o que o maringaense deseja agora, seja qual for sua coloração ideológica, é que o vitorioso da eleição majoritária desse ano faça um bom governo, cumpra o que prometeu na campanha. À oposição cabe o papel de fiscalizar, com a competência e a seriedade que as circunstâncias exigem.
Feio na foto
Quase todos os candidatos apoiados por Sérgio Moro no Paraná foram derrotados nessas eleições. Quem diz isso é a bem informada Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. O Uniao Brasil do senador e ex-juiz da Lava Jato só venceu em colégios eleitorais expressivos na cidade de Apucarana . E está no segundo turno em Ponta Grossa. Sua principal derrota foi em Curitiba, onde a sua mulher, Rosângela Moro, foi vice de Ney Leprevost. Em Guarapuava o candidato de Moro ficou em último lugar. Só a título de curiosidade: Sérgio Moro foi o penúltimo colocado no concurso de juiz federal onde Flávio Dino foi o primeiro.
Fim de linha?
Pode ser que sim, pode ser que não. Está mais pra sim o ocaso do PT em Maringá. Definitivamente, Maringá se nivela a Santa Catarina na PTfobia. Na minha avaliação, Humberto era o melhor candidato a prefeito, dada a sua qualificação técnica em gestão. Não tinha rejeição, mas pagou o preço da rejeição do partido do qual tinha saído e depois voltou.
Ecologicamente falando
A formiga, com ódio da cigarra, votou no inseticida. Morreram todos, incluindo o grilo, que votou nulo.
. Zé Beto
Caymmi foi pra Maracangalha. Eu vou pra Camaçari
Walcyr Rios, do PT, se reelegeu prefeito de Pintadas, minha cidade natal, com mais de 60% dos votos. E Pintadas poderá ter a primeira dama de uma das mais importantes cidades da Bahia. Flávio Matos (União Brasil), marido de minha afilhada Salma, foi para o segundo turno em Camaçari, com o petista Caetano. Camaçari, aliás, foi o último município baiano a divulgar o resultado das eleições municipais. Terá segundo turno pela primeira vez, já que só nesse pleito atingiu 200 mil eleitores.
Camaçari fica a 50 quilômetros de Salvador e é conhecida como “Cidade Industrial”. É lá que está o polo petroquímico da Bahia e a BYD, fábrica chinesa de automóveis, que ocupa o mesmo espaço onde estava a Ford, fechada em 2021.
Este ano ainda pretendo ir à Bahia, para lançar meu livro Orelha de Jegue em Pintadas. E claro, vou passar na casa da minha afilhada e do provável prefeito Flávio Matos, por razões não políticas, mas afetivas. Conheci Flávio quando fui ao seu casamento com minha sobrinha e afilhada Salma, em Pintadas, há 14 anos. Conversando sobre política com ele, percebi logo que Flávio tinha futuro. Antes da eleição brinquei com Salma, em troca de mensagem: “Ainda vou te ver morando no Palácio de Ondina”.
Os 23 eleitos
Algumas caras conhecidas, outras nem tanto e algumas surpresas, como sempre ocorre em toda eleição de vereador. A Câmara de Maringá que já teve 9 vereadores, chegou a 21 e recuou para 15, agora terá 23.
Fina ironia
O Angelo Rigon disse há pouco na Jovem Pan que o Ricardo Barros vai para o seu quinto mandato. Concordo em gênero, número e grau.
Com a palavra sua Excelência, o eleitor
Quem fez, fez, quem não fez , agora só daqui 4 anos. Se vamos ter segundo turno em Maringá, só depois com a marcha das apurações par saber. Esta foi uma campanha que caminhou na escuridão, sem pesquisas confiáveis e sem debate na televisão. O resultado que se apregoa, a decisão já neste domingo, terá sido fruto de articulações nada republicanas. O quadro de pré-candidatos a prefeito indicava uma eleição disputada, com inevitável segundo turno. Mas Ricardo Barros achava que se o irmão não vencesse no primeiro, poderia ter problemas para voltar à Prefeitura pela terceira vez. Por isso, sua ação pela desistência de quatro candidaturas foi avassaladora, segundo a voz rouca dos bastidores. Quem seriam esses candidatos que tirariam votos de Silvio Magalhães Barros II e foram jogados pra fora da bacia, com água e tudo? A saber:
Wilson Quinteiro, Jacovós, Do Carmo e Homero Marchesi. Quinteiro ficou pelo meio do caminho, iludido com a possibilidade de ser o futuro vice-prefeito de Maringá. Deixou o PSB, onde estava há vários anos, e pulou na garupa do PL, percebendo só depois que o cavalo estava mal encilhado. O delegado Jacovós recolocou sua arma no coldre e saiu por cima, emplacando a esposa como vice de Silvio. Do Carmo insistiu com sua candidatura e Ricardo jogou Sérgio Moro na parada. Moro, que RB odiava ao longo da Lava Jato, enquadrou o deputado estadual Do Carmo, que desistiu. Do Carmo continuou no União Brasil e declarou apoio ao irmão do algoz. Marchesi seria candidato, e candidato forte, que na disputa provocaria o segundo turno com toda certeza.
O quadro que se desfez nas convenções, deu lugar à produção de espinafre , que em nenhum momento da campanha faltou ao Popeye SBII. Ficaram na disputa Scabora, Humberto Henrique e Evandro. O segundo turno, então, não se inviabilizou, mas ficou mais difícil. Se houver surpresa, e espero que haja, quem irá para o confronto direto com Silvio? A palavra é do eleitor, claro.