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Várias interrogações no caso PCC

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O competente jornalista investigativo Joaquim de Carvalho (ex-Veja) detalha, em live no portal 247, a trajetória de Sérgio Moro como juiz corregedor dos presídios federais no Paraná (antes da Lava Jato) e sua atuação nada hostil ao crime organizado, sobretudo quando atuava na Penitenciária de Catanduvas. E aí, Carvalho cita uma reportagem do José Maschio publicada pela Folha de São Paulo e que chegou a ser premiada. Na matéria do meu amigo Ganchão, fica clara a postura frouxa do então corregedor com relação, por exemplo, a Fernandinho Beira Mar. Os relatos de Carvalho, recheados de informações sobre fatos concretos, levam à conclusão de que não havia nenhuma razão para Sérgio Moro ser incluído na lista dos ameaçados pelo PCC. O jornalista elogia a atuação da Polícia Federal no caso, mas põe em dúvida a circunstância da expedição dos mandados de prisão por Gabriela Hardt, que acabara de assumir como juíza substituta. Carvalho sustenta que a mídia brasileira fez de Moro um falso herói e agora tenta transformá-lo em um falso mártir. Isso ainda vai dar muito pano pra manga.

O sábio conselho que Lula ignorou

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Em 2008  Lula foi a  Moçambique visitar o maior estadista do século XX Nelson Mandela, então com 90 anos. O ex-presidente da África do Sul relatou em tom de conselho: “Quando deixei a prisão, depois de 28 anos, saí do presídio de Victor Varster e não olhei para trás. Deixei lá dentro todas as minhas mágoas e ressentimentos. Se eu não fizesse isso continuaria aqui fora, prisioneiro de mim mesmo pelo resto da vida”. Lula ouviu, se comoveu e prometeu a si mesmo seguir o belo exemplo. Mas a julgar pela munição que deu esta semana a Sérgio Moro e seus demais detratores,  Lula mostrou que as sábias palavras do Madiba foram deletadas da sua mente e do seu coração.

O saudável duelo paranaense

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Maringá e Londrina sempre foram rivais no futebol. Houve tempo de bons jogos entre o Grêmio Esportivo, de Roderley e Zuring e o Londrina, de Gauchinho e Carlos Alberto Garcia. No clássico do café, o “pau caía a foia”. Em muitas ocasiões, a madeira cantava dentro e fora do campo. Mas a violência era a parte ruim que as duas cidades trataram logo de esquecer. Ficou porém, a lembrança dos grandes jogos, onde o futebol praticado enchia os olhos dos amantes do esporte bretão. Hoje, a briga boa se dá no campo do desenvolvimento social e econômico. Agora mesmo, os maringaenses podem estufar o peito para dizer que Maringá está na frente de Londrina no quesito saneamento básico. De acordo com pesquisa do Instituto Trata Brasil, Maringá e Londrina estão entre as 20 cidades brasileiras de melhores indicadores no tratamento de água e esgoto. Maringá é a 14ª. cidade e Londrina, a 19ª.

 

Por qué no te callas, prsidente?

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 Por maior que seja a mágoa de Lula em relação a Sérgio Moro, que o condenou sem provas; por mais que o cidadão Luís Inácio tenha razão de detestar o agora senador;  ainda que seja fato que Sérgio Moro  mente ao assumir a autoria da transferência do  alto comando do PCC para presídios federais de segurança máxima, nada justifica o presidente da república dizer que o plano diabólico descoberto pela Polícia Federal foi uma farsa. Lula deu sim um tiro no pé , colocando nas mãos dos seus adversários, Moro inclusive, armas e munição para  que eles o ataquem.

Sérgio Moro entrou na lista do PCC, segundo o promotor de justiça Linconl Gakiya , não pelas transferências , que ele não fez , mas pela portaria proibindo visitas íntimas que ele assinou quando era ministro  da Justiça. A fala de Lula chamando de farsa o tal plano macabro teve também o condão de favorecer Bolsonaro, tirando do foco  o escândalo das joias. Mais ainda:  alimentando a sandice da ligação dessa fala  desastrosa com os casos da facada e da morte de Celso Daniel. Enfim, tá na hora dos assessores mais próximos convencerem o presidente Lula, de que há hora de falar e hora de calar. Nesse momento, o seu silêncio sobre este assunto, seria de ouro.

Se assim é que lhe parece…

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O jornalista investigativo Joaquim de Carvalho diz que não há exagero em afirmar que o PCC não tem nenhum motivo para querer matar Sérgio Moro. O alvo dos criminosos é mesmo o promotor do Gaeco de São Paulo, Lincoln Kakiya, que desde 2004 é ameaçado pela facção criminosa. Foi ele o principal responsável pela transferência de Marcola, líder máximo do Primeiro Comando da Capital , de São Paulo para a penitenciária da Papuda, em Brasília e de lá para o presídio de segurança máxima em Rondônia.

São essas transferências que estariam na origem  do plano diabólico de sequestrar e matar agentes públicos , cujo esquema vinha sendo monitorado pela inteligência da PF há quase um ano. Carvalho concluiu , então , que a mídia tradicional fez do ex-juiz da lava jato um falso herói e agora trabalha para transformá-lo num falso mártir.

Pusilanimidade em estado bruto

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O que tem a ver o caso Celso Daniel com a facada e esta com as ameaças de agora a Sérgio Moro? Pois tal associação absurda e pusilânime foi o que tentou fazer hoje direto dos Estados Unidos o ex-presidente Bolsonaro ao se manifestar sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal contra o PCC. E aí vem o PL do “íntegro”  Valdemar Costa Neto e inicia uma movimentação no Congresso Nacional para propor o impeachment de Lula.

Lula, reconheça-se, disse uma frase infeliz sobre Sergio Moro numa entrevista à TV 247. Mas relacionar isso ao esquema criminoso desmontado  hoje pela Polícia Federal, é de uma vilania sem precedentes na história da república. Tem que ter estômago de avestruz para não sentir engulho.

Politização das ameaças contra Moro enfurece Dino

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Na entrevista que concedeu à TV 247, Lula disse exatamente isso: “Uma coisa que eu tenho muito orgulho é que o procurador entrava para ver se estava tudo bem, eu falava: ‘Não está tudo bem. Vai ficar quando eu f**** esse [ex-juiz e hoje senador Sergio] Moro. Estou aqui [na cadeia] para me vingar dessa gente, e se preparem que eu vou provar’.”.

Essa fala foi o suficiente para o bolsonarismo, liderado pelo próprio ex-juiz ameaçado pelo PCC e seu parceiro de lava jato, Deltan Dallganol, relacionar as palavras do presidente ao plano macabro do Primeiro Comando da Capital. O ministro da Justiça Flávio Dino acompanhava o monitoramento da PF há mais de 40 dias e junto com o presidente do Senado , Rodrigo Pacheco, providenciou um forte esquema de segurança para proteger o senador paranaense e sua família. Não por acaso, portanto, Dino se enfureceu com a politização do evento de extrema gravidade, chamando de mau caráter todo aquele que tentou no dia de ontem, atribuir as ameaças à vida de Moro ao presidente Lula.

PF desarticula plano criminoso que teria Moro como alvo

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A Polícia Federal desmontou um esquema criminoso, que planejava sequestrar um senador  e simultaneamente assassinar outros agentes públicos em pontos diferentes do Brasil. Hoje de manhã, dezenas de policiais estão nas ruas do Paraná, Rondônia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo, cumprindo 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. Os principais investigados foram presos logo ao amanhecer em São Paulo e Paraná, em cidades que só a PF e o ministro da Justiça Flávio Dino sabem quais são, por enquanto pelo menos.

O portal Metrópoles revelou há pouco que o principal alvo seria  Sérgio Moro e na mira dos criminosos estaria também o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco de São Paulo. O ministro da Justiça Flávio Dino cumprimentou a PF pela descoberta e desmontagem do esquema, que é atribuído ao crime organizado.

O senador paranaense disse que fará um pronunciamento hoje a tarde no Senado. Mas ao tomar conhecimento do plano no dia de ontem, insinuou que as críticas do presidente Lula contra ele estariam colocando a integridade dele e de sua família em risco. Isso não faz o menor sentido, mas pode escrever aí: o bolsonarismo e a mídia que atua como porta-voz da direita brasileira não deixarão por menos.

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O judiciário e o efeito sanfona

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O juiz Eduardo Appio prendeu, o desembargador Marcelo Malucelli mandou soltar. Appio prendeu de novo, Marcelo soltou de novo. E assim, em um só dia, o doleiro Alberto Youssef ouviu quatro vezes as expressões  “teje preso” e “teje solto”. O juiz é o magistrado que ocupa atualmente a 13a. Vara Federal de Curitiba, de onde Sérgio Moro saiu para virar ministro e depois senador da república. Malucelli é desembargador do TRF4, o Tibunal Regional Federal que, em confirmando a sentença de Moro, manteve Lula preso e inelegível em 2018. A terra é redonda, fosse plana, Moro estaria voando em céu de brigadeiro.

Olha ele aí de novo

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Alberto Youssef está de novo na área. Foi preso pelo novo juiz da Lava-Jato e deve estar coçando o coldre para partir para a terceira delação premiada. Há quem diga que os alvos do doleiro agora poderão ser alguns ex-procuradores da república.