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Qual será a relação custo benefício?

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Uma praça bonita, de encher os olhos, sem dúvida. A Geoffrey Wilde Diment , (ex-praça Ivaí) será inaugurada hoje pelo prefeito Ulisses Maia. Tudo muito bem, tudo muito ótimo, mas há um fato que inquieta: a dificuldade que as pessoas terão para acessar o local, visto que a praça é contornada por uma rotatória de transito absurdamente intenso e perigoso, como é a do Peladão e tantas outras revitalizadas, aí não incluindo, claro, a Napoleão Moreira da Silva.

É sim um ganho para a população e um belo cartão de visitas para a cidade. Resta saber se o novo espaço será ocupado de fato por moradores do entorno , se ficará só de enfeite ou se será, ao longo do tempo, transformado em cracolândia.

É aí que mora o perigo

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A antropóloga Adriana Dias, que faleceu no último dia 29 de janeiro,  foi fundo na pesquisa sobre o neonazismo no Brasil. E alertou a sociedade brasileira para a existência de  500 células  neonazistas no país e o perigo que isso representa. Semanas depois da morte dela, a vereadora Maria Tereza Capra, do PT, foi cassada durante a madrugada de um sábado pela Câmara Municipal de São Miguel do Oeste (Santa Catarina). Motivo da cassação: quebra de decoro por criticar  uma saudação nazista no município. Por conta desse posicionamento a vereadora vinha recebendo ameaças de que seria morta a pauladas.

Clima tenso na ALEP

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As relações da oposição e do governador do Paraná já não eram boas e agora azedaram de vez. Ratinho Júnior fez o discurso de praxe na abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa , justamente no dia  em que o petista Arilson Chiorato havia descoberto um plano arquitetado no Palácio Iguaçu para destitui-lo da coordenação da Frente Parlamentar sobre o Pedágio. Não deu outra: o parlamentar rebater com boa dose de ironia o pronunciamento do governador, que para Chiorato “foi um discurso cheio de nada e vazio de tudo”.  Cá pra nós: as falas de Jota Erre sempre tem a profundidade de um pires.

Lula em campo contra Campos

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O presidente Lula não tem dúvida, e eu tenho cá, modestamente, as minhas certezas, de que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tem nenhum interesse em baixar a taxa Selic. O governo pediu a ele que participasse do esforço para baixar os juros, como forma de abrir caminho para a volta do crescimento, e Neto respondeu com a manutenção dos 13,75 % e ameaça de revisar para cima na próxima reunião do Copom (Conselho de Política Monetária). Lula entendeu isso como provocação e apesar do presidente do BC ter seu mandato até 2024, decidiu entrar de sola contra a independência do banco, estabelecida no governo Temer e com aval do Congresso Nacional.

De certa força a independência tem lá suas vantagens, que Lula precisa reconhecer. Imagine o Banco Central  dependente durante a campanha de 2022. Bolsonaro teria, certamente, reduzido a zero na porrada, a taxa Selic , como um instrumento a mais para viabilizar sua reeleição. Teria sido um desastre. Por outro lado, essa resistência de Campos Neto em  trabalhar por  uma taxa de juro menos selvagem, não podia provocar no presidente recém empossado outra reação que não essa.

Mandato cassado e vida em perigo

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Passados quatro  meses da eleição e pouco mais de 30 dias da posse de Lula, o clima de ódio ainda persiste no país. E mesmo com toda a reprimenda aos acontecimentos de 8 de janeiro, a oxigenação do preconceito social e ideológico parece que só avança. Há exemplos recentes muito preocupantes.  O principal deles foi a cassação do mandato de uma vereadora do PT em São Miguel do Oeste (Santa Catarina) e a sequência de ameaças de morte que ela continua recebendo.

Maria Tereza entrou na mira de bolsonaristas em 2 de novembro, após Lula vencer as eleições presidenciais. Ameaçada , ela teve que sair da cidade e se refugiar em local incerto e não sabido do Rio Grande  do Sul. Voltou a São Miguel para a sessão de cassação do seu mandato escoltada pela Polícia Federal. Mesmo assim, recebeu mensagens assustadoras. Entre essas mensagens está a de um homem, já identificado pela PF, que dizia: “Cassar o seu mandato é o primeiro passo. Vou cassar sua vida depois. Você é tão feia que nem merece ser estuprada, tem que morrer de pancada, você e sua família de merda”.

O que há em comum entre essas duas

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O Brasil nunca teve uma primeira dama tão atuante quanto agora com Janja. Ela ocupa um gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde trabalha intensamente na defesa de políticas sociais. Não creio que Janja da Silva ambicione chegar à presidência como chegaram  Isabelita , terceira esposa de Domingos Peron e como  chegou Cristina Kirchner , mulher de Nestor. Mas tem tudo pra ser nesse terceiro mandado de Lula uma espécie da Evita, a primeira dama que se transformou em um mito na Argentina.

Os iguais e suas diferenças

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Arthur Duval não tem nada a ver com o Marco Duval. O primeiro é o conhecido Mamãe Falei e o segundo, o Mamãe Falhei.

Cada qual com sua ambição pessoal

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Cada estado brasileiro tem 3 senadores, não importa o tamanho da sua população. Na chamada câmara alta, o Amapá tem a mesma força de São Paulo, ao contrário da Câmara, onde o critério da proporcionalidade faz com que São Paulo tenha a maior bancada e o Amapá, claro, uma das menores, senão a menor. Os deputados representam a população como um todo e portanto , a Câmara  Federal é, pelo menos teoricamente, a casa do povo, enquanto o Senado, a casa dos ente federativos estados (27, incluindo o Distrito Federal).

Faço esse preâmbulo para constatar, com base em análise do bem informado jornalista político paranaense Ismael Moraes , que o governador do Paraná, Ratinho Júnior, não tem nenhuma ascendência sobre os senadores Flávio Arns, Oriovisto Guimarães e Sérgio Moro. Eles nem  se conversam, o que é muito estranho. Mas vamos e venhamos: Oriovisto, que surpreendeu na eleição de 2018, derrotando Requião, é um parlamentar amorfo; Arns,  confuso, contraditório e partidariamente se move feito biruta de aeroporto; Sérgio Moro, um poço de ódio e nem bem tomou posse já está em campanha para governador. Resumo da ópera: o Paraná nunca esteve tão mal representado no Senado da República como agora.

Um por todos, todos por um? Não, para esse quarteto não vale a lógica de Alexandre Dumas

O Brasil e seu histórico de golpes e tentativas

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“O senhor Getúlio Vargas não deve ser candidato [a presidente], se for candidato não deve ser eleito, se for eleito, não deve tomar posse, se tomar posse não pode governar” – disse o jornalista Carlos Lacerda no seu jornal Tribuna da Imprensa, em 1950. 

Quem nos refresca a memória sobre este fato histórico é o jornalista Ricardo Noblat, um veterano da cobertura política em Brasília. Ele esclarece ainda: “Vargas governou o país como ditador entre 1930 e 1945, quando foi derrubado pelos militares que o apoiavam. Em 1950, elegeu-se presidente pelo voto popular. Tomou posse. E governou até 1954. Suicidou-se para não ser derrubado outra vez”.

Bem, quanto a Lacerda, o ex-governador da Guanabara foi um dos mais ferrenhos adversários de Vargas. Líder da direita tupiniquim à época, a diferença fundamental entre ele e Jair Bolsonaro é que Carlos Lacerda foi um intelectual, um orador fora de série e, sobretudo, corajoso. Ele apoiou o golpe militar de 1964, sonhando em chegar a presidência da república no ano seguinte, porque o então presidente Castelo Branco prometera devolver o comando do país aos civis, por meio de eleições diretas um ano depois. Mas a ditadura militar durou 21 anos.

Só lembrando também, a propósito desse resgate histórico, que Juscelino Kubistchek, que encantara o país com a construção de Brasília, também seria candidato e estaria em campanha quando morreu num acidente mal explicado na Via Dutra. Lembrando também que a morte de Jango, no Uruguai, continua um mistério. Teria sido morte natural mas até hoje o filho dele, João Vicente, sustenta que o pai foi envenenado.

O substituto

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Elton Welter, de Toledo, é o suplente do PT que assume o mandato de deputado federal no lugar de Ênio Verri, nomeado diretor geral da Itaipu pelo presidente Lula, que aliás, estará na posse do maringaense dia 15 próximo, em Foz do Iguaçu. No lugar de Ricardo Barros, que se afastou para assumir a Secretaria de Indústria e Comércio do Paraná, assumiu o animador de auditório sertanejo Marco Brasil, de Londrina.